Coisas acontecem para quem acontece
BR Press
Sandra Maia*/Especial para BR Press
(BR Press) - Tenho um grande amigo que sempre me falou sobre isso... Parece mentira – mas é verdade. As coisas realmente acontecem para quem acontece. Como assim!? Bem, vamos lá, vou tentar explicar.
Vocês já tiveram amigos que sempre se apaixonam e vivem relacionamentos complicados – um atrás do outro? E aqueles amigos que vivem todo o tempo choramingando? Viver para essas pessoas é sempre um drama! Parece mesmo que vieram para sofrer – vida ou morte... Tudo é um problema. Tudo é mais do que complexo.
Há ainda aqueles que são inatingíveis. Nada os toca. Entram e saem de relações como se trocassem de sapatos. Se relacionam com muitas pessoas ao mesmo tempo, mentem, manipulam, jogam... É, por mais incrível que possa parecer – parece mesmo que as pessoas não mudam. E, que estão, nesse contexto, condenadas a repetir e repetir situações parecidas por toda uma vida.
É como se mudassem os cenários, os personagens, mas a história continuasse a mesma! O mesmo tipo de relação com base no mesmo tipo de comportamento que gera: falta respeito, controle, amor distorcido, ser dissimulado.
Algo novo
E assim segue a vida. Tudo igual e complicado. Tudo acontecendo – quero dizer, se repetindo – para aqueles que acontecem, feliz ou infelizmente. E como quebrar o círculo? Sair do problema? Permitir-se experimentar algo novo, diferente, feliz?!
Só há uma maneira – e toda a base é o autoconhecimento. Precisamos mais do que nunca entender o que vai dentro, o que queremos, o que esperamos da vida. Quais as nossas metas? Como queremos nos relacionar? O que buscamos num relacionamento? Como queremos estar?
Querer
Talvez aí, possamos abrir mão de relações complicadas, de comportamentos doentios, de outros que qualquer dos nossos amigos mais saudáveis não se permitiriam. E isso não quer dizer, isolar-se. Quer apenas reforçar que podemos, sim, mudar. E para isso é preciso querer. É preciso ajuda psicológica. É preciso compreender-se.
Esta é a única forma de transformarmos a forma como nos relacionamos: mudando o que pode ser mudado em nós. O outro, para ficar ou partir, mudará simultaneamente. Talvez, nesse momento, possamos conquistar uma comunicação mais clara e honesta, um foco menos distorcido e alocar nossa energia onde esta deve estar: no nosso centro.
Viver relacionamentos complexos, complicados, relações não saudáveis é parte da nossa escolha de vida. Podemos, no entanto repensar a opção. Escolher relacionamentos mais saudáveis poderá nos ajudar a ser mais assertivos, a caminhar de cabeça erguida, com a auto-estima no lugar!
Nossa música
Caso não conseguirmos, paciência. Talvez tenhamos de repetir a dor e, sobreviver como aqueles que se arrastam, sofrem e choram indefinidamente por sentirem-se “injustiçados”. Mal sabem estes que a possibilidade de uma nova escolha vem de dentro. Somos nós que damos o tom. Somos nós que dançamos conforme nossa música. O que vamos tocar está em nós. No nosso desejo. Na nossa essência.
Por isso, vale conferir, qual o seu perfil – você anda mais alegre do que triste? Vale um olhar mais atento a si. Quem sabe, está precisando de um trabalho de resgate do self. Um trabalho que irá lhe permitir desiludir-se para então recomeçar... Escolher o novo!
(*) Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você - Histórias e relacionamentos co-dependentes e Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno, editados pela Celebris, e sua coluna é fornecida com exclusividade pela BR Press. Fale com ela pelo e-mail pauta@brpress.net .
[Modificato da @Nessuna@ 26/04/2006 3.40]