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Dogma y Doctrina / Dogma e Doutrina

Ultimo Aggiornamento: 06/12/2008 23:45
12/03/2006 22:36
 
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Dogma según el diccionario de la lengua española:
1. Proposición que se asienta por firme y cierta y como principio innegable de una ciencia.
2. Doctrina de Dios revelada por Jesucristo a los hombres y testificada por la Iglesia.
3. Fundamento o puntos capitales de todo sistema, ciencia, doctrina o religión.



Los dogmas son aquellas doctrinas que la Iglesia propone para ser creídas como formalmente reveladas por Dios. Los dogmas pertenecen al depósito de la fe de una manera irreversible.

Una doctrina se reconoce como dogma por una de las siguientes razones:

1- Ha sido solemnemente definida como tal por el Magisterio de la iglesia. Esto puede ocurrir en un Concilio Ecuménico o por un pronunciamiento ex cathedra del Papa. (Ejemplo: La Inmaculada Concepción de María)
2- Ha sido enseñada como tal por la Tradición invariable de la Iglesia y no requiere ser proclamada dogmáticamente. (Ejemplo: La condena al aborto)

Negar algún dogma significa negar la misma fe, pues supone negar la autoridad de Dios, que lo ha revelado.
12/03/2006 22:43
 
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DOCTRINA
(Etim. latín: doctrina, enseñanza)
Doctrina es toda verdad enseñada por la Iglesia como necesaria de creer. Satisface uno de los siguientes:

1-Fue formalmente revelada (Ej.: la Presencia Real Eucarística)
2-Es una conclusión teológica (Ej.: la canonización de un santo)
3-Es parte de la ley natural (Ej.: la pecaminosidad de los anticonceptivos).

En cada caso, lo que lo constituye doctrina es la autoridad de la Iglesia enseña que debe ser creído. Esta enseñanza puede darse:

1-solemnemente: pronunciamientos ex cathedra o,
2-por el magisterio ordinario: en el ejercicio de la Iglesia de su autoridad peremnia para enseñar.

Los dogmas son aquellas doctrinas que la Iglesia propone para ser creídas como formalmente reveladas por Dios.

12/03/2006 22:56
 
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Doutrina Católica
DESENVOLVIMENTO e EVOLUÇÃO DO DOGMA

___________________________________________________
" Desenvolvimento do Dogma "

___________________________________________________
A revelação divina , segundo o magistério eclesiástico , fechou-se com a morte e a ressurreição de Cristo , nada mais será revelado aos homens até a Parusia - a Segunda Vinda Gloriosa. A fonte da doutrina revelada são as Sagradas Escrituras em conjunto com a tradição viva do magistério eclesiástico , desde o tempo dos apóstolos. Toda verdade revelada por Deus , confirmada pela Igreja , em seu magistério solene , ou seja , o magistério papal " ex cathedra " ou por decisões conciliares , é considerada dogma de fé - verdade eterna , imutável , de crença e prática , obrigatórias , para todos os cristãos.

Nenhum dogma pode ser negado , nem mesmo pelo Papa ou por decisão conciliar . A negação de um dogma implica em heresia e excomunhão automática reservada à Sé Apostólica . Trata-se de ponto incontroverso da doutrina , porque é a expressão inequívoca da vontade divina.

A Igreja não cria dogmas , ela confirma a existência de dogmas , em decisão solene , infalível , assistida , de modo especial , pelo Espírito Santo. A confirmação de uma verdade como dogma pela Igreja , é , portanto , também , uma ação de Deus , que revelou originalmente aquela verdade aos homens .

Assim fala o Catecismo da Igreja sobre os dogmas de fé :

" D.39.1 Definição dos dogmas pela autoridade da Igreja -

§88 O Magistério da Igreja empenha plenamente a autoridade que recebeu de Cristo quando define dogmas, isto é, quando, utilizando uma forma que obriga o povo cristão a uma adesão irrevogável de fé, propõe verdades contidas na Revelação divina ou verdades que com estas têm uma conexão necessária."

A definição dogmática cobre uma área significativa de fatos ; contudo há um conjunto de fatos relacionados a dogmas sobre os quais pairam dúvidas e que podem receber uma definição dogmática , tempos depois de outras definições dogmáticas afins. Exige-se , nesta situação , alguma elaboração filosófica e doutrinária por parte do magistério eclesiástico.

A revelação divina não admite complementação e aperfeiçoamento objetivos . A Revelação é , para sempre , completa ; perfeita .

As verdades reveladas por Deus não são acrescentadas pela Igreja ao longo do tempo , apenas são tornadas plenamente conhecidas para o entendimento humano subjetivo , como dogmas ; em termos objetivos , nada é acrescentado !

Afirma-se para o entendimento humano , categoricamente , que aquela verdade é eterna e de crença obrigatória , e que sobre ela não poderá mais existir dúvidas e questionamentos.

Os dogmas em seu conteúdo , em sua essência , não mudam ; contudo , em determinadas circunstâncias , como nos milagres , por exemplo , a forma externa , tal como entendida pelos homens , parece ser contrariada , ou mesmo a própria verdade objetiva de uma lei universal , pontualmente , suspensa. A ação milagrosa de Deus é um mistério da fé . A possibilidade da intervenção divina extraordinária na realidade criada , é um dogma de fé da Igreja .

A realidade criada neste momento não fica privada de ordem , de regularidade e de leis , a vontade divina introduz-se substituindo , com a lei do amor infinito , aquele eventual hiato causal.

As leis naturais foram criadas por Deus e o seu desenvolvimento é a expressão permanente da vontade divina , sustentando a realidade criada . Elas têm como objetivo conduzir o mundo ao seu fim sobrenatural . Os milagres , de certa forma , antecipam , localizadamente , a realidade prometida por Deus para o Fim dos Tempos , quando haverá a ressurreição dos mortos , o Juízo Final , a transfiguração da terra com o fim do sofrimento , da morte , e com a derrota definitiva do mal. Portanto , os milagres também conduzem a realidade criada ao fim sobrenatural desejado por Deus .

É dogma , por exemplo , a transmissão universal do pecado original ; a Virgem Maria nasceu sem o pecado original . É dogma que os homens morrem e aguardam mortos até o Juízo ; Cristo , contudo , ressuscitou alguns mortos . Eles voltaram a morrer , certamente ; mas o dogma , nesses casos , parece , efetivamente , ter sido contrariado .

A coerência da misericórdia divina expressa-se na Sua onipotência . Deus aplica a lei do amor , lei que supera todas as outras leis , e preserva , no seu conteúdo , as verdades reveladas como dogma .

As verdades da doutrina revelada apresentam-se organizadas e subordinadas ; essa organização define , intrinsecamente , as possibilidades de reorganização dessas mesmas verdades ; somente por Deus - jamais por alguma força inferior a Deus ( Cfr. Catecismo da Igreja , n 39 - DOGMA - § 88 , § 491 )

As intervenções divinas possuem como objetivo , manifestar a infinita benignidade , a misericórdia e a justiça perfeitas de Deus . Confirmando a doutrina revelada.

O poder divino para atuar na realidade criada de forma extraordinária , é dogma da Igreja - verdade revelada e confirmada de modo infalível pelo magistério solene .

O 'deísmo' , por exemplo , corrente doutrinária que nega autenticidade à revelação judaico-cristã , admite a criação do mundo e da alma humana , e , portanto , a transcendência da existência . O que regula a conduta humana , na perspectiva 'deísta' , é a lei moral natural e não a lei divina revelada aos patriarcas e profetas .

O 'deísmo' afirma que é absurdo Deus interferir na realidade , contra as leis que criou para o governo do mundo . O 'deísmo' aceita , dessa forma , o poder de Deus de criar , de fazer leis naturais , mas não a intervenção extraordinária da providência divina . Nega , portanto , a Deus o poder desfrutado pelas próprias criaturas , que podem interromper o curso de eventos naturais . Deus , por acaso , é inferior à criação e às criaturas ?

Se Ele é onipotente para criar , sustentar e levar a ordem criada a seu fim sobrenatural ; por que não poderia interferir nessa mesma realidade afim de manifestar diretamente a Sua benignidade e a Sua Justiça infinitas ?

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"A Revelação divina ao longo da história "

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Ao longo do Antigo Testamento , nos sucessivos pactos estabelecidos entre Javé e Seu Povo , através dos patriarcas , como Noé , Abraão e Moisés , verdades de Deus foram reveladas aos homens . O Cristo trouxe uma revelação nova e definitiva ( uma Nova e Eterna Aliança ) . Levou à perfeição a Lei antiga e a incorporou a um novo conjunto de leis . As leis cerimoniais , as leis de preparação encontraram seu termo em Cristo !

Estas leis do Antigo Testamento eram absolutamente verdadeiras e obrigatórias , e consumaram-se em Jesus - a Palavra Viva , o Verbo Eterno , a Verdade de Deus - ; elas existiam em função Dele . Eram leis de Deus , e foram obedecidas pelo Cristo e por sua família . Jesus cumpriu toda a Lei antiga e apresentou a Lei evangélica - a lei do amor e da graça . E também mostrou aos homens a forma inspirada de ler a Lei , em oposição à forma distorcida , que fazia do cumprimento da lei - algo benigno - uma fonte de maldição. O próprio Cristo foi condenado por aqueles que faziam uma leitura errônea da lei de Deus . A lei moral ( o Decálogo ) manteve-se inalterada e incidindo sobre os cristãos - trata-se de Lei eterna , santa e perfeita ( Cfr. Concílio de Trento )

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O que são "hipóteses" , "verdades de fé" e "dogmas" ?

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Para melhor entendermos a questão do desenvolvimento do dogma , devemos explicar as etapas pelas quais uma determinada proposição de verdade atravessa , para ser considerada dogma de fé. Quando , portanto , uma certa definição da doutrina não estiver expressamente definida nas Sagradas Escrituras ou pela Tradição . São pontos da doutrina que suscitam dúvidas porque seus contornos não se encontram plenamente desenvolvidos .

Teses são proposições telógicas de verdade , ainda numa fase bastante incipiente de seu desenvolvimento ; não estando por conseguinte os cristãos obrigados a admiti-las como verdade de fé a serem reverenciadas . São objeto de discussão por parte de teólogos devidamente credenciados pela Santa Sé . As verdades próximas à fé , não obstante , são aquelas verdades mais sedimentadas , que estão a um passo de se tornarem verdades reverenciadas pelos cristãos . As verdades de fé , por sua vez , são objeto de crença e reverência por toda a Igreja , mesmo que ainda não tenham recebido o selo do dogma e possam sofrer alguma modificação . As únicas pessoas , de forma muito discreta , que podem debater essas questões , para não causar escândalo à fé , são teólogos e altas autoridades da Igreja . Os dogmas , finalmente , são aquelas verdades absolutamente seguras sobre as quais não pode pairar nenhuma dúvida . São eternas , imutáveis e obrigatórias para todos . Alguns dogmas marianos atravessaram essas etapas ao longo da história . Os dogmas sobre os sacramentos , também .

No caso dos sacramentos , havia dúvidas sobre o fato de Cristo ter instituído precisamente sete sacramentos , ou se alguns sacramentos eram partes de outros sacramentos ou ritos originários da tradição apostólica e não diretamente instituídos por Jesus . Havia dúvidas sobre quando o Cristo instituiu a forma e a matéria de alguns sacramentos. No Concílio de Trento , a Igreja confirmou dogmaticamente a existência de sete sacramentos , nem mais nem menos ; e a relação hierárquica entre eles.

Não poderia , portanto , haver mais dúvidas quanto ao fato de Cristo ter desejado , e , efetivamente , instituído , exatamente , sete sacramentos diferentes .

Importante destacar que não é a Igreja que vai mudando o estado dessas verdades a seu critério , mas sim , o Espírito Santo que permite ao entendimento humano alcançar com plena clareza , alguma verdade ainda obscura . A Igreja não cria estas verdades , não as acrescenta à revelação . Elas são rigorosamente objetivas , apenas o entendimento subjetivo do homem vai aprofundando o seu conhecimento sobre estas verdades que sempre estiveram ali.

Diz o Catecismo da Igreja :

" O crescimento na inteligência da fé :

94 Graças à assistência do Espírito Santo , a inteligência tanto das realidades como das palavras do depósito da fé pode crescer na vida da Igreja: – "Quando os fiéis as contemplam e estudam repassando-as em seu coração" (DV 8); é em particular a investigação teológica que deve " aprofundar no conhecimento da verdade revelada" (GS 62,7; cfr. 44,2; DV 23; 24; UR 4). – Quando os fiéis "compreendem internamente os mistérios que vivem" (DV 8); "Divina eloquia cum legente crescunt" (S.Gregorio Magno, Homilía sobre Ez 1,7,8: PL 76, 843 D). – "Quando as proclamam os bispos , sucessores dos apóstolos no carisma da verdade" (DV 8)."

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" Diferenciando dois conceitos"

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A assistência especial do Espírito Santo que o Papa e os bispos da Igreja , em magistério solene , desfrutam , não deve ser confundida com ' revelação ' , isto porque não é feita , neste momento , uma revelação privada às autoridades eclesiásticas. Deus , na ação do Espírito Santo , auxilia o entendimento humano em suas investigações doutrinárias , quando o Papa e os bispos erguem suas mentes a Deus solicitando a graça da infalibilidade para as deliberações de seu magistério. Este fenômeno assegura a infalibilidade eclesiástica , na definição das verdades dogmáticas em matéria que versa sobre fé e moral . A infalibilidade é necessária para que a Igreja cumpra a sua missão de manter íntegro o depósito da fé .

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" Revelação Pública e Privada "

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As chamadas revelações privadas existem no âmbito católico . A Igreja reconhece como autênticas diversas revelações privadas , não obstante afirma que elas não servem para complementar ou aperfeiçoar , objetivamente , a doutrina sobrenatural revelada . Elas não alteram a essência da doutrina revelada .

Coerentemente com a doutrina geral , essas revelações não podem trazer informação contrária ao ensinamento tradicional da Igreja . Tudo aquilo que é revelado à Igreja e confirmado por ela , é de acesso público , não há verdades reveladas a uns e mantidas ocultas de outros na Igreja . As revelações privadas não afetam a nossa justificação e a integridade da doutrina geral ; só podem ser reverenciadas após minuciuoso estudo da autoridade eclesiástica. As revelações privadas podem , sim , enriqucer a nossa vida espiritual , assim como diversas outras experiências de fé ( ver texto abaixo do Cardeal Ratzinger )

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" Evolução do Dogma "

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O que é a evolução do dogma ?

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Trata-se de doutrina modernista que afirma a mudança essencial , ao longo do tempo , de verdades definidas como dogma pela Igreja . Seja porque não se admite a infalibilidade da Igreja ( considerando o dogma uma definição , apenas , humana ) ; seja porque Deus , segundo essa doutrina , modificaria essencialmente seus dogmas . Seriam modificações objetivas e gerais , tendentes a perdurar no tempo , até nova modificação ou nova revelação vinda de Deus.

A doutrina católica rejeita a evolução do dogma . Os dogmas são imutáveis . Apenas os fatos ainda não definidos como dogma , podem vir a receber essa definição ao longo do tempo . Deus ilumina a mente dos homens para penetrar , definitivamente , com sua inteligência imperfeita , em alguma verdade ainda não formulada em termos dogmáticos .

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" Arqueologismo "

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Doutrina protestante que busca um ' núcleo duro ' da verdade revelada , negando o poder do magistério da Igreja para enriquecer a doutrina em termos dogmáticos e não dogmáticos . A verdade dogmática estaria limitada a um determinado momento da história da Igreja ; seja no tempo do Cristo , dos apóstolos ou dos primeiros concílios e doutores da Igreja ( a patrística ) . Na verdade , o 'arqueologismo' é uma forma de ' evolução do dogma ' , pois os recortes realizados na doutrina da Igreja una - isto é , católica - são feitos de modo arbitrário. Cada seita protestante opera um recorte específico e faz uma elaboração doutrinária que nega , não apenas verdades católicas , como , também , verdades aceitas por outras seitas protestantes.

Existem seitas protestantes que acreditam na revelação contínua e na possibilidade de mudança em verdades definidas como dogma pela própria seita ( exemplos : Testemunha de Jeová e Mormons)

É dogma da Igreja Católica a possibilidade de enriquecer a doutrina por decisão do magistério sagrado sob a assistência do Espírito Santo , tanto em termos não-dogmáticos quanto dogmáticos . A Igreja condena , portanto , tanto o chamado modernismo , quanto o arqueologismo , ou a ' teoria do resgate '.

O modernismo é a introdução de mudanças ilegítimas na doutrina - a presença da evolução do dogma . O arqueologismo é a tentativa de fazer com que a doutrina da Igreja retorne a fases anteriores em face do seu estágio presente. Desfigurando o perfil legítimo da doutrina na sua fase atual. Voltaríamos , por exemplo , a fases nas quais existiriam dúvidas sobre a maternidade divina de Maria , ou sobre a imaculada conceição e assim sucessivamente.

Prof Everton Jobim
12/03/2006 23:00
 
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A Santíssima Trindade

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A Santíssima Trindade é um dogma da Igreja Católica , uma proposição teológica de crença obrigatória ; definitiva e imutável. Assim sendo , é absolutamente verdadeiro , para todo o cristão, a existência de um único e mesmo Deus ; criador do céu e da Terra e de tudo que nela há. Criador das coisas visíveis e invisíveis.

Sobre a Santíssima Trindade, o Concílio de Latrão (1215) assim manifestou-se:

"Firmemente cremos e simplesmente confessamos que apenas um é o Deus Eterno, Verdadeiro, Imenso, Imutável, Incompreensível, Onipotente e Inefável; Pai, Filho e Espírito Santo; três pessoas certamente, mas uma só essência, substância ou natureza absolutamente simples. O Pai não vem de ninguém, O Filho apenas do Pai, e o Espírito Santo de Um e de Outro, sem começo, sempre, e sem fim" (Dz.428).

Esse Deus, que é eternamente um único e mesmo Deus, possui Três Pessoas, eternamente, unidas na Sua constituição.

As Três Pessoas da Santíssima Trindade correspondem às processões divinas imanentes ou " ad intra".

O Verbo de Deus é o modo como Deus conhece e ama a Si mesmo. O Verbo é o princípio da sabedoria eterna presente na criação do mundo , é o principio através do qual tudo foi feito , princípio que sustenta toda a realidade criada . Sem ele nada foi feito. O Verbo divino é - assim - a palavra de Deus , um engedramento eterno do entendimento divino.

O Deus Pai , o Deus Filho e o Espírito Santo formam - portanto - uma unidade eterna, como revelada pelos evangelhos. São João evangelista, observa "E estes três são um" (lJo 5,7)

As Três Pessoas encontram-se unidas em substância.Cada uma das Três Pessoas da Santíssima Trindade é plenamente Deus.Sobre essa proposição manifestou-se o Concílio de Florença:"(...)o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho .O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho, é o mesmo Deus único" (ver Catecismo da Igreja Católica (c.245)).

Essa última definição do credo católico :a afirmação teológica segundo a qual "o Espírito Santo procede do Deus-Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho, é o mesmo Deus único, constitui o principal ponto de divergência com a chamada Igreja ortodoxa. Trata-se da controvertida questão do "Filioque". Para a Igreja oriental, o Espírito Santo provém unicamente do Deus-Pai, "através" do Deus Filho, e não "do" Deus Filho; sendo "com" Ele igualmente cultuado. Apenas o Deus-Pai não procede de ninguém.

O Concilio de Toledo assim pronunciou-se sobre a questão:

"O Espírito Santo, que é a terceira Pessoa da Trindade, é Deus, uno e igual ao Pai e ao Filho, da mesma substância e também da mesma natureza. Contudo, não se diz que Ele é somente o Espírito do Pai, mas, ao mesmo tempo, o Espírito do Pai e do Filho".

Não há nenhum rebaixamento no grau de adoração da Terceira Pessoa da Trindade nessa definição católica, como alegam os ortodoxos; isto porque, quando a doutrina católica afirma ser o Espírito-Santo também originário do Deus Filho, ela obedece aos dizeres do próprio evangelho, quando o evangelista João 1 diz que " No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus"

Se o Verbo "é" Deus - uma processão intelectiva e volitiva de Deus - o Espírito Santo necessáriamente deve provir Dele. Além disso, a Santíssima -Trindade foi uma verdade teológica revelada pelo Deus-Filho, pelo Cristo.

Antes da vinda do Cristo, não se cultuava a Deus na forma trinitária, portanto foi com Nosso Senhor Jesus Cristo que a Trindade nos foi revelada. São Paulo observa na Epístola aos Romanos:

"a revelação do mistério que foi ocultado durante muitas gerações, mas está agora revelado e, por meio dos escritos proféticos, tornou-se conhecido a todas as nações" (Romanos 16:25-26).

A complexa idéia do Deus triuno é objeto de muita controvérsia, e motivo para o surgimento de várias heresias. A compatibilização de distinções na unidade divina, parece ser o centro das dificuldades geradas na doutrina cristã.

O que diferencia as Três Pessoas da Santíssima Trindade são apenas as relações estabelecidas entre elas, como afirma o catecismo católico. O que distingue as Três Pessoas da Santíssima Trindade é, portanto, o relacionamento existente entre elas jamais a substância. As Três Pessoas compartilham eternamente a mesma substância divina. Nenhuma das Pessoas é maior em poder, glória e eternidade.

Exemplos neotestamentários desse relacionamento entre as Pessoas da Santíssima Trindade, encontramos em algumas passagens como em João :

" NÃO se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. 2 Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. 3 E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. 4 Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho. 5 Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? 6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. 7 Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto. 8 Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. 9 Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? 10 Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. 11 Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras. 12 Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. 13 E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. 14 Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei. 15 Se me amais, guardai os meus mandamentos. 16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; 17 O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. 18 Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. 19 Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis. 20 Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós. 21 Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. " Jo(14; 2 -- 21):

A Segunda Pessoa da Trindade, o Deus-Filho, foi definida pelo I Concílio de Nicéia(325 d.C.) como possuidor de duas naturezas e duas vontades, unidas; mas imiscíveis.

O Filho de Deus é, plenamente, homem, e plenamente Deus; consubstancial ao Pai. ("homousia");participe, portanto, da mesma substância do pai.

Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo as definições do Concílio de Nicéia - em resposta à heresia de Ário - é definido como "Deus de Deus","Luz da Luz","Deus verdadeiro do Deus verdadeiro".

O Cristo é as primícias dos que dormem; ele é - assim - a imagem do homem futuro.

NS Jesus Cristo é, portanto, verdadeiramente, homem e verdadeiramente Deus; gerado porém jamais criado. O Deus Filho é um engendramento de Deus. Ele é o Verbo, incriado, através do qual tudo foi feito. O Cristo é o Único Filho do único Deus que de uma única vez redime toda a humanidade.

Diz o Novo Testamento:"O qual, sendo de condição divina, não reteve avidamente o fato de ser igual a Deus, mas se despojou de si mesmo, tomando a condição de servo, fazendo-se semelhante aos homens e aparecendo em seu porte como homem..." (Fil 2,6-7). Diz também São João, evangelista logo ao iniciar seu evangelho "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós..." (Jo 1,14).

Cada uma das Três Pessoas da Santíssima Trindade deve ser cultuada igualmente, objeto da mesma adoração.

Todas as Três Pessoas possuem igual divindade. Não há hierarquia na Santíssima Trindade. O próprio Cristo afirmou inquestionavelmente: "Eu e o Pai somos um" (Jo 10,30); além de ordenar aos apóstolos que levassem seus ensinamentos bem como a ministração do batismo em nome das três pessoas (Mt 28, 19).

A doutrina católica da Santíssima Trindade pode assim ser entendida:

"A fé católica é esta: que veneremos o único Deus na Trindade, e a Trindade na unidade, não confundindo as pessoas, nem separando a substância: pois uma é a pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo; mas uma só é a divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, igual a glória, co-eterna a majestade" (ver-Catecismo da Igreja Católica, no 266).

O III Concílio de Constantinopla (680-681), dirimiu as dúvidas existentes sobre as duas vontades do Cristo questão relacionada a duas proposições heréticas - o monofisismo de Eutiques e, posteriormente, monotelismo de Sérgio, patriarca de Constantinopla - "Proclamamos igualmente, conforme os ensinamentos dos Santos Padres, que não existem também duas vontades físicas e duas operações físicas de modo indivisível, de modo que não seja conversível, de modo inseparável e de modo não confuso. E estas duas vontades físicas não se opõe uma a outra como afirmam os ímpios hereges..." (Dz. 291 e Dz. 263-288).

O monotelismo era uma variação mitigada do monofismo ; o monofisismo e o monotelismo foram refutados , respectivamente , nos concílios de Calcedônia e no III de Constantinopla.

Quando Deus atua, são sempre as Três Pessoas que atuam; contudo, cada uma realiza uma obra específica conforme suas propriedades. O Cristo salva e julga, o Espírito Santo anima a vida e conduz a Igreja transmitindo as graças de Deus nos sacramentos e as demais graças solicitadas pelos fieis. Diz assim o catecismo da Igreja Católica: "Pois da mesma forma que a Trindade não tem senão uma única e mesma natureza, assim também não tem senão uma única e mesma operação (...) Contudo, cada pessoa divina opera a obra comum segundo a sua propriedade pessoal" (ver Catecismo da Igreja Católica, no 258).

O Deus Pai é o criador do mundo; o Deus Filho é a salvação ofertada por Deus aos homens, através da segunda Pessoa da Trindade que há de vir no Fim dos Tempos para julgar os vivos e os mortos. O Cristo é a Nova e eterna aliança de Deus para com os homens celebrada nele mesmo. O Filho de Deus é o modo como Deus revela-Se aos homens na plenitude dos tempos.

O Espírito Santo anima a vida, conduz a Igreja, e unge seus filhos com Seus dons de cura, sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade, e temor de Deus.

A Santíssima Trindade é uma verdade de fé, um mistério - objeto de crença e não de entendimento pleno. Mais importante que destrinchar o mistério da Santíssima Trindade é praticar a caridade e o amor ao próximo. Assim diz oficialmente a Igreja de Roma.

Autor: Professor Everton N. Jobim
12/03/2006 23:17
 
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Infabilidad del PapaInfalible: Seguro, cierto, indefectible.
Infalibilidad: El carisma por el que la "Sede de San Pedro (El Papa) siempre permanece libre de error alguno, según la divina promesa de nuestro Señor y Salvador al príncipe de sus discípulos: «Yo he rogado por ti para que tu fe no falle; y cuando hayas regresado fortalece a tus hermanos» (Pastor Aeternus; cf. Denzinger 3074).

El carisma Papal de la infalibilidad es el grado supremo de la participación en la autoridad de Cristo. También los obispos participan de la infalibilidad con ciertas condiciones (Ver: Infalibilidad episcopal)

La fuente de infalibilidad: la asistencia sobrenatural del Espíritu Santo.
El propósito de la infalibilidad: mantener y guiar a la Iglesia en la verdad y sin errores en lo que se refiere a la fe y la moral.

La infalibilidad se fundamenta en las Palabras de Jesucristo:

"Y yo a mi vez te digo que tú eres Pedro, y sobre esta piedra edificaré mi Iglesia, y las puertas del Hades no prevalecerán contra ella. A ti te daré las llaves del Reino de los Cielos; y lo que ates en la tierra quedará atado en los cielos, y lo que desates en la tierra quedará desatado en los cielos". -Mateo 16:18-19

"He rogado por ti, para que tu fe no desfallezca. Y tú, cuando hayas vuelto, confirma a tus hermanos". -Lucas 22:32

Por medio de la infalibilidad, Jesús garantiza que su Iglesia se mantenga indefectible por todos los tiempos.

La fe católica se fundamenta en la revelación divina la cual llegó a su plenitud en Jesucristo. Esta revelación es inmutable pero necesita ser rectamente interpretada en todos los siglos al enfrentarse nuevas circunstancias y retos. Jesucristo por eso instituyó una Iglesia con un Sumo Pontífice a quién le ha encomendado la misión de proclamar la verdad guiado por el Espíritu Santo con el carisma de la infalibilidad. La infalibilidad es un don para el bien de todos los creyentes, para que tengan siempre un faro seguro de verdad y lleguen a la salvación.

La Iglesia es apostólica: Está edificada sobre sólidos cimientos: "los doce apóstoles del Cordero" (Ap 21, 14); es indestructible; se mantiene infaliblemente en la verdad: Cristo la gobierna por medio de Pedro y los demás apóstoles, presentes en sus sucesores, el Papa y el colegio de los obispos. -Cat. 869.

889 Para mantener a la Iglesia en la pureza de la fe transmitida por los apóstoles, Cristo, que es la Verdad, quiso conferir a su Iglesia una participación en su propia infalibilidad. Por medio del "sentido sobrenatural de la fe", el Pueblo de Dios "se une indefectiblemente a la fe", bajo la guía del Magisterio vivo de la Iglesia.

890 La misión del Magisterio está ligada al carácter definitivo de la Alianza instaurada por Dios en Cristo con su Pueblo; debe protegerlo de las desviaciones y de los fallos, y garantizarle la posibilidad objetiva de profesar sin error la fe auténtica. El oficio pastoral del Magisterio está dirigido, así, a velar para que el Pueblo de Dios permanezca en la verdad que libera. Para cumplir este servicio, Cristo ha dotado a los pastores con el carisma de infalibilidad en materia de fe y de costumbres.

El ejercicio de este carisma puede revestir varias modalidades:

El Papa:
"El Romano Pontífice, Cabeza del Colegio Episcopal, goza de esta infalibilidad en virtud de su ministerio cuando, como Pastor y Maestro supremo de todos los fieles que confirma en la fe a sus hermanos, proclama por un acto definitivo la doctrina en cuestiones de fe y moral... Catecismo 891

El Cuerpo episcopal:
"La infalibilidad prometida a la Iglesia reside también en el Cuerpo episcopal cuando ejerce el magisterio supremo con el sucesor de Pedro, sobre todo en un concilio ecuménico. Cuando la Iglesia propone por medio de su Magisterio supremo que algo se debe aceptar "como revelado por Dios para ser creído" y como enseñanza de Cristo, "hay que aceptar sus definiciones con la obediencia de la fe". Esta infalibilidad abarca todo el depósito de la Revelación divina." Catecismo 891

¿Hasta dónde se extiende la infalibilidad?

Esta se extiende a todo el depósito de la revelación divina; se extiende también a todos los elementos de doctrina, comprendida la moral, sin los cuales las verdades salvíficas de la fe no pueden ser salvaguardadas, expuestas u observadas. -Cat. 2035

Proclamación del Dogma de la Infalibilidad

En el siglo XV ocurre el cisma del Protestantismo y se cuestiona la autoridad Papal, no solo en lo temporal sino también en lo doctrinal. En 1870 el Concilio Vaticano I define dogmáticamente la infalibilidad Papal en la Constitución Dogmática sobre la Iglesia, Pastor Aeternus. (Ver: Texto del cuarto capítulo referente al dogma)

Contenido del dogma de la infalibilidad:

1) La infalibilidad es asistencia divina para la Iglesia que protege al Papa de todo error en materias de fe y moral.
2) El Magisterio Pontificio no depende ni puede ser sometido al juicio de los concilios.
3) La infalibilidad sólo la ejerce el Soberano Pontífice, como sucesor de Pedro y Príncipe de los Apóstoles. Sólo el Papa es infalible y no otros a quien el delegue parte de su autoridad magisterial, como, por ejemplo, las Congregaciones de la Curia Romana.
4) La infalibilidad solo aplica a los actos en que el Papa hace uso plenamente de su deber apostólico; Cuando define un dogma en virtud de su suprema autoridad y en su calidad de pastor de la Iglesia universal. En esos casos habla Ex Cathedra.
4) La doctrina así definida debe ser aceptada por todos los fieles.
5) El Concilio Vaticano I no proclamó una nueva revelación sino que confirmó dogmáticamente la fe que la Iglesia ha creído desde el principio del cristianismo y está fundamentada en las Sagradas Escrituras y la Tradición. En la Iglesia primitiva el sucesor de Pedro tenía ya autoridad sobre los obispos. Lo vemos, por ejemplo en el siglo III en las controversias sobre la Santísima Trinidad y la readmisión a la Iglesia de los que habían apostatado.

Condiciones que deben reunirse para que una definición pontificia sea ex cathedra y por lo tanto infalible:

1) El Papa debe tener la intención de declarar una doctrina concerniente a la fe o a la moral como verdad que no se puede cambiar.
2) El Papa debe hablar como pastor y doctor de todos los cristianos con todo el peso de su autoridad apostólica (no meramente como un teólogo o solamente al pueblo de Roma).

Ejemplos de definiciones ex cathedra pronunciadas infaliblemente por el Sumo Pontífice. La carta de San León I sobre la Encarnación, el texto de Benedicto XII referente a la visión beatifica, el dogma de la Inmaculada Concepción de la Virgen y el dogma de la Asunción de la Virgen en cuerpo y alma al cielo.

Los decretos de doctrina, los avisos de las congregaciones romanas, aun siendo aprobados por el Papa, no se benefician del privilegio de la infalibilidad.

La Autoridad del Sumo Pontífice no se limita a los pronunciamientos infalibles

Algunos teólogos, especialmente después del Concilio Vaticano II, argumentan erróneamente que es permisible disentir de toda enseñanza de la Iglesia mientras no sea proclamada infalible.

La auténtica enseñanza de la Iglesia no se limita a lo infaliblemente proclamado. El Espíritu Santo guía a todo el Magisterio de la Iglesia aunque en diferente grado. La obediencia al Sumo Pontífice no debe limitarse a cuando habla ex cathedra. Tampoco se pueden rechazar los decretos disciplinares del Papa con el pretexto que no han sido promulgados ex cathedra.

892 La asistencia divina es también concedida a los sucesores de los apóstoles, cuando enseñan en comunión con el sucesor de Pedro (y, de una manera particular, al obispo de Roma, Pastor de toda la Iglesia), aunque, sin llegar a una definición infalible y sin pronunciarse de una "manera definitiva", proponen, en el ejercicio del magisterio ordinario, una enseñanza que conduce a una mejor inteligencia de la Revelación en materia de fe y de costumbres. A esta enseñanza ordinaria, los fieles deben "adherirse... con espíritu de obediencia religiosa" que, aunque distinto del asentimiento de la fe, es una prolongación de él.

(Sobre este punto, vea: Para Defender la Fe -Ad Tuendam Fidem, Carta Apostólica, 5/98, Juan Pablo II.)

Pastor Aeternus, Capítulo 4: Sobre el Magisterio infalible del Romano Pontífice
Aquel primado apostólico que el Romano Pontífice posee sobre toda la Iglesia como sucesor de Pedro, príncipe de los apóstoles, incluye también la suprema potestad de magisterio. Esta Santa Sede siempre lo ha mantenido, la práctica constante de la Iglesia lo demuestra, y los concilios ecuménicos, particularmente aquellos en los que Oriente y Occidente se reunieron en la unión de la fe y la caridad, lo han declarado.

Así los padres del cuarto Concilio de Constantinopla, siguiendo los pasos de sus predecesores, hicieron pública esta solemne profesión de fe: «La primera salvación es mantener la regla de la recta fe... Y ya que no se pueden pasar por alto aquellas palabras de nuestro Señor Jesucristo: "Tú eres Pedro y sobre esta piedra edificaré mi Iglesia"22 , estas palabras son confirmadas por sus efectos, porque en la Sede Apostólica la religión católica siempre ha sido preservada sin mácula y se ha celebrado la santa doctrina. Ya que es nuestro más sincero deseo no separarnos en manera alguna de esta fe y doctrina, ...esperamos merecer hallarnos en la única comunión que la Sede Apostólica predica, porque en ella está la solidez íntegra y verdadera de la religión cristiana».23

Y con la aprobación del segundo Concilio de Lyon, los griegos hicieron la siguiente profesión: «La Santa Iglesia Romana posee el supremo y pleno primado y principado sobre toda la Iglesia Católica. Ella verdadera y humildemente reconoce que ha recibido éste, junto con la plenitud de potestad, del mismo Señor en el bienaventurado Pedro, príncipe y cabeza de los Apóstoles, cuyo sucesor es el Romano Pontífice. Y puesto que ella tiene más que las demás el deber de defender la verdad de la fe, si surgieran preguntas concernientes a la fe, es por su juicio que estas deben ser definidas»24

Finalmente se encuentra la definición del Concilio de Florencia: «El Romano Pontífice es el verdadero vicario de Cristo, la cabeza de toda la Iglesia y el padre y maestro de todos los cristianos; y a él fue transmitida en el bienaventurado Pedro, por nuestro Señor Jesucristo, la plena potestad de cuidar, regir y gobernar a la Iglesia universal»25

Para cumplir este oficio pastoral, nuestros predecesores trataron incansablemente que el la doctrina salvadora de Cristo se propagase en todos los pueblos de la tierra; y con igual cuidado vigilaron de que se conservase pura e incontaminada dondequiera que haya sido recibida. Fue por esta razón que los obispos de todo el orbe, a veces individualmente, a veces reunidos en sínodos, de acuerdo con la práctica largamente establecida de las Iglesias y la forma de la antigua regla, han referido a esta Sede Apostólica especialmente aquellos peligros que surgían en asuntos de fe, de modo que se resarciesen los daños a la fe precisamente allí donde la fe no puede sufrir mella.26 Los Romanos Pontífices, también, como las circunstancias del tiempo o el estado de los asuntos lo sugerían, algunas veces llamando a concilios ecuménicos o consultando la opinión de la Iglesia dispersa por todo el mundo, algunas veces por sínodos particulares, algunas veces aprovechando otros medios útiles brindados por la divina providencia, definieron como doctrinas a ser sostenidas aquellas cosas que, por ayuda de Dios, ellos supieron estaban en conformidad con la Sagrada Escritura y las tradiciones apostólicas.

Así el Espíritu Santo fue prometido a los sucesores de Pedro, no de manera que ellos pudieran, por revelación suya, dar a conocer alguna nueva doctrina, sino que, por asistencia suya, ellos pudieran guardar santamente y exponer fielmente la revelación transmitida por los Apóstoles, es decir, el depósito de la fe. Ciertamente su apostólica doctrina fue abrazada por todos los venerables padres y reverenciada y seguida por los santos y ortodoxos doctores, ya que ellos sabían muy bien que esta Sede de San Pedro siempre permanece libre de error alguno, según la divina promesa de nuestro Señor y Salvador al príncipe de sus discípulos: «Yo he rogado por ti para que tu fe no falle; y cuando hayas regresado fortalece a tus hermanos»27.

Este carisma de una verdadera y nunca deficiente fe fue por lo tanto divinamente conferida a Pedro y sus sucesores en esta cátedra, de manera que puedan desplegar su elevado oficio para la salvación de todos, y de manera que todo el rebaño de Cristo pueda ser alejado por ellos del venenoso alimento del error y pueda ser alimentado con el sustento de la doctrina celestial. Así, quitada la tendencia al cisma, toda la Iglesia es preservada en unidad y, descansando en su fundamento, se mantiene firme contra las puertas del infierno.

Pero ya que en esta misma época cuando la eficacia salvadora del oficio apostólico es especialmente más necesaria, se encuentran no pocos que desacreditan su autoridad, nosotros juzgamos absolutamente necesario afirmar solemnemente la prerrogativa que el Hijo Unigénito de Dios se digno dar con el oficio pastoral supremo.

Por esto, adhiriéndonos fielmente a la tradición recibida de los inicios de la fe cristiana, para gloria de Dios nuestro salvador, exaltación de la religión católica y salvación del pueblo cristiano, con la aprobación del Sagrado Concilio, enseñamos y definimos como dogma divinamente revelado que:

El Romano Pontífice, cuando habla ex cathedra, esto es, cuando en el ejercicio de su oficio de pastor y maestro de todos los cristianos, en virtud de su suprema autoridad apostólica, define una doctrina de fe o costumbres como que debe ser sostenida por toda la Iglesia, posee, por la asistencia divina que le fue prometida en el bienaventurado Pedro, aquella infalibilidad de la que el divino Redentor quiso que gozara su Iglesia en la definición de la doctrina de fe y costumbres. Por esto, dichas definiciones del Romano Pontífice son en sí mismas, y no por el consentimiento de la Iglesia, irreformables.

De esta manera si alguno, no lo permita Dios, tiene la temeridad de contradecir esta nuestra definición: sea anatema.

Dado en Roma en sesión pública, sostenido solemnemente en la Basílica Vaticana en el año de nuestro Señor de mil ochocientos setenta, en el decimoctavo día de julio, en el vigésimo quinto año de Nuestro Pontificado.

NOTAS
22. Mt 16:18.
23. Fórmula del Papa Hormisdas, 11 de agosto de 515.
24. De la profesión de fe del Emperador Miguel Palaeólogo, leída en el segundo Concilio de Lyon, sesión IV, 6 de julio de 1274.
25. Concilio de Florencia, sesión VI.
26. San Bernardo, Carta 190 (Tratado a Inocencio II Papa contra los errores de Abelardo ) (PL 182, 1053D).
27. Lc 22,32.

Infalibilidad Episcopal

Los obispos están preservados de error por el don de la infalibilidad cuando todos ellos se reúnen en concilio general o cuando, dispersos por el mundo, proponen una enseñanza de fe o de moral que debe ser sostenida por todos los creyentes.

Condición esencial para la Infalibilidad Episcopal
Para que las enseñanzas de los obispos sean infalibles se requiere que estén en unión con el Obispo de Roma (el Papa) y que la enseñanza esté sujeta a la autoridad del Papa. El ámbito de esta infalibilidad, como la del Papa, incluye no solo las verdades reveladas sino también cualquier enseñanza vinculada a la revelación divina (Ej.Datos históricos, principios de filosofía, normas de la ley natural).

www.conoze.com/doc.php?doc=877
13/03/2006 07:00
 
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El dogma de la Transubstanciación fue decretado por el Papa Inocencio III, en el año 1215

Nos enseña la santa fe católica que Nuestro Señor Jesucristo está verdadera, real y sustancialmente presente, en el Santísimo Sacramento del altar.




En esta doctrina el sacerdote finge realizar un milagro diario cambiando una hostia en el cuerpo de Cristo, y entonces él finge comerlo vivo en la presencia de la gente durante misa. La Biblia condena tales absurdidades; La participación de la Santa Cena es un recordatorio del sacrificio de Cristo. La presencia espiritual de Cristo se implica en la Santa Cena. (Lucas 22:19-20; Juan 6:35; I Cor 11:26)

Refutación y Argumentos Católicos

Lo primero que quisiera saber es de cuál documento de la Iglesia católica ha obtenido el autor del mito siguiente para lo que se ha escrito aquí acerca de la transustanciación: "En esta doctrina el sacerdote finge realizar un milagro diario cambiando una hostia en el cuerpo de Cristo, y entonces él finge comerlo vivo en la presencia de la gente durante misa". Repito, que el autor de este escrito nos cite en qué parte del magisterio se ha enseñado esto. De lo contrario, se confirmaría que estamos ante un mito protestante más.

Por otro lado, el enunciado que dice lo siguiente, no es bíblico: "La Biblia condena tales absurdidades; La participación de la Santa Cena es un recordatorio del sacrificio de Cristo. La presencia espiritual de Cristo se implica en la Santa Cena. (Lucas 22:19-20; Juan 6:35; I Cor 11:26)". Primero, porque la expresión "santa cena" como recordatorio del sacrificio de Cristo no está en la Biblia. Segundo la Eucaristía no es presencia espiritual de Cristo solamente, sino que Cristo está presente en la hostia consagrada real y verdaderamente, cuerpo, alma y divinidad. Lo único en lo hay razón es que este mito protestante es absurdo.
En las citas bíblicas que se han colocado no se habla de la santa cena protestante como recordatorio del sacrificio de Cristo. De lo contrario, ¿cómo explica el protestantismo que Cristo pudo celebrar un recordatorio de su sacrificio si aún no había tenido lugar dicho sacrificio? Un recordatorio de algo futuro ¿qué recordatorio es?


Pasemos a las citas:


Lc 22,19-20: "Y tomó el pan y dio gracias, y lo partió y les dio, diciendo: Esto es mi cuerpo, que por vosotros es dado; haced esto en memoria de mí. De igual manera, después que hubo cenado, tomó la copa, diciendo: Esta copa es el nuevo pacto en mi sangre, que por vosotros se derrama".

Jn 6,35: "Jesús les dijo: Yo soy el pan de vida; el que a mí viene, nunca tendrá hambre; y el que en mí cree, no tendrá sed jamás".

1Cor 11,26: "Así, pues, todas las veces que comiereis este pan, y bebiereis esta copa, la muerte del Señor anunciáis hasta que él venga".

Que el lector mismo constate si se habla ahí de la cena protestante como un recordatorio del sacrificio de Cristo. Por otro lado, en Jn 6,11 y 6,23 aparece el verbo "eucharistein" (también en Mt 26,27; Mc 14,23; Lc 22,19; 1Cor 11,24. ¿A qué se acerca más el término: a la "Eucaristía" católica o a la así llamada "santa cena" protesante?


Esto es lo que enseña la Iglesia católica sobre la transustanciación (cito el Nuevo Catecismo de la Iglesia Católica):

1376 El Concilio de Trento resume la fe católica cuando afirma: "Porque Cristo, nuestro Redentor, dijo que lo que ofrecía bajo la especie de pan era verdaderamente su Cuerpo, se ha mantenido siempre en la Iglesia esta convicción, que declara de nuevo el Santo Concilio: por la consagración del pan y del vino se opera el cambio de toda la substancia del pan en la substancia del Cuerpo de Cristo nuestro Señor y de toda la substancia del vino en la substancia de su sangre; la Iglesia católica ha llamado justa y apropiadamente a este cambio transubstanciación" (DS 1642).

1412 Los signos esenciales del sacramento eucarístico son pan de trigo y vino de vid, sobre los cuales es invocada la bendición del Espíritu Santo y el presbítero pronuncia las palabras de la consagración dichas por Jesús en la última cena: "Esto es mi Cuerpo entregado por vosotros...Este es el cáliz de mi Sangre..."

1413 Por la consagración se realiza la transubstanciación del pan y del vino en el Cuerpo y la Sangre de Cristo. Bajo las especies consagradas del pan y del vino, Cristo mismo, vivo y glorioso, está presente de manera verdadera, real y substancial, con su Cuerpo, su Sangre, su alma y su divinidad (cf Cc. de Trento: DS 1640; 1651).



Ahora pasemos a la explicación de lo que es la "transubstanciación con las debidas acotaciones históricas".

Inocencio III fue Papa de 1198 a 1216. Fue autor, antes de ocupar el solio, de diversos ensayos de carácter místico como "Las miserias de la condición humana y los misterios de la Eucaristía". Se los considera eruditos pero carentes de originalidad. Durante su mandato tuvo lugar el IV concilio de Letrán, en noviembre de 1215. Entre sus 70 decretos se ofrece una definición de la Eucaristía en que aparece la expresión no transustanciación ("transubstantiatio"), sino el verbo "transsubstantis"; pero ello no significa que sólo a partir de entonces se creyera en la presencia real de Cristo en la Eucaristía permaneciendo las apariencias del pan y del vino. Este concilio es testimonio de cómo la Iglesia ha ido creciendo en su comprensión de la doctrina eucarística, y no es ninguna invención, sino fruto del esfuerzo por entender mejor qué es lo que ocurre en la consagración. Ciertos cátaros sostenían que Cristo cambió el pan en su cuerpo, pero que sólo lo hizo él, mientras que otros dicen que la Eucaristía no es nad

Este concilio no se comprendería sin las controversias que le preceden.
A raíz de la herejía de Berengario de Tours tiene lugar un estudio más profundo sobre el misterio eucarístico [a partir de 1059 se aprecia en Berengario la tendencia a negar la presencia del cuerpo de Cristo en la Eucaristía, de suerte que parece defender una presencia más bien figurativa (F. Vernet Bérenger de Tours DTC 2,729; la obra de Berengario se llama "De sacra coena", cf 100, 248)]. Fulberto de Chartres fue de hecho el que primero utilizó la expresión "mutare in corpus substantiam", así como se aprecia algo similar en las obras de Lanfranco y Guitmundo de Aversa: Lanfranco ya habla de un cambio sustancial: "las sustancias terrenas se convierten en la esencia del cuerpo de Cristo, mientras que permanece la forma exterior, las especies: de hecho nos introduce en la terminología "substantia"/"species" [Lanfranco, De corpore et sanguine... PL 150, 430; ]. Guitmundo de Aversa habla también de "substantialiter transmutari" y distingue claramente entre la sustancia que cambia y los accidentes que permanecen

Según la narración de los sinópticos y de Pablo, Jesús tomó el pan y el vino y, se los distribuyó a los suyos. Les dijo: «Esto es mi cuerpo... éste es el cáliz de mi sangre».
Para que estas expresiones sean verdaderas, hay que admitir que el pan ya no es simplemente pan y que el vino ya no es simplemente vino.

Algunas citas de los santos Padres nos harán comprender que la Iglesia de los orígenes creía en la presencia real de Cristo en la Eucaristía y que no es ninguna invención lo que la Iglesia enseña, sino que lo ha hecho siempre.
Ignacio de Antioquía escribe contra los que no creen que Cristo haya asumido la carne humana, por ello es que niegan asimismo la Eucaristía, pues no confiesan que la Eucaristía es la carne de nuestro salvador Jesucristo, la misma que padeció por nuestros pecados, la que por su benignidad resucitó el Padre. "Los que contradicen el don de Dios, litigando, mueren. Más les convendría amar para que resucitaran" (Ad Smirniotas c.7, No. 1 PG 5,731).

Justino hablando de la Eucaristía dice: "Este alimento se llama entre nostros ´Eucaristía´, del cual a ningún otro es lícito participar, sino al que cree que nuestra doctrina es verdadera, ya que ha sido purificado por el bautismo para el perdón de los pecados y para la regeneración; y que vive como Cristo enseñó. Estas cosas no las tomamos como pan ordinario ni como bebida ordinaria, sino que así como por el Verbo de Dios, que se encarnó, tomó carne y sangre para nuestra salvación, así también se nos ha enseñado que el alimento eucaristizado mediante la palabra de oración que procede de él (alimento con el que nuestra carne y nuestra sangre se nutren con arreglo a nuestra transformación) es la carne y la sangre de aquel Jesús que se encarnó" (Apología 1,65,ss).

Ireneo dice: ¿Cómo, pues, les constará que este pan en el que han sido dadas las gracias, es el cuerpo del Señor y el cáliz de su sangre, si no dicen que él es el Hijo del hacedor del mundo, su Verbo, por el que el leño fructifica y las fuentes manan, y la tierra da primero tallo y despues espiga y finalmente trigo pleno en la espiga? (Adv. Haer 4,18; PG 7,1027). También contra los herejes se pregunta cómo ellos no admiten la resurrección de la carnes, siendo que en la Eucaristía nos alimentamos de la carne resucitada de Cristo (Adv. Haer 4,18; PG 7,1027).

Hay muchos testimonios más, que no es el caso reproducir: Tertuliano, Cipriano, Clemente de Alejandría, Orígenes, Atanasio, Cirilo de Jerusalén, Gregorio de Nisa, Juan Crisóstomo, Teodoro de Mopsuestia, Cirilo de Alejandría, Teodoreto de Ciro, Juan de Damasco, Ambrosio. Ponemos a continuación la sola enseñanza de san Agustín:
Dice san Agustín: "Lo que veis, queridos hermanos, en la mesa del Señor es pan y vino, pero este pan y este vino, al añadírseles la palabra, se convierten en cuerpo y sangre de Cristo. Si quitas la palabra, es pan y vino; añades la palabra, y ya son otra cosa. Y esta otra cosa es el cuerpo y la sangre de Cristo. Quita la palabra, y es pan y vino; añade la palabra, y se hace sacramento. A todo esto decís: ¡Amén! Decir amén es suscribirlo. Amén significa que es es verdadero" (Sermón 6,3).

Pero es que también la liturgia antigua es testimonio de la presencia real de Cristo en la Eucaristía: las plegarias antiguas, las liturgias alejandrinas, antioquenas, antioquenoconstantinopolitanas

Pues bien, concluyendo, cabe decir que se rinde a la eucaristía el culto de adoración, ya que el Señor sigue estando presente desde la consagración hasta que dejan de perdurar las especies, aun después que haya acabado la misa, y se reserva la eucaristía.



Autor: Catholic.net | Fuente: Catholic.net
15/03/2006 07:30
 
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1. Existencia de Dios
Por Pbro. Pablo Arce Gargollo
1.1 VERDAD FUNDAMENTAL Y COMPROBABLE

La existencia de Dios es la verdad fundamental de la religión, el punto de partida. No tendría siquiera sentido hablar de la fe, de la religión o del dogma sin antes dejar sentada esta verdad. La razón humana, con su sola fuerza, sin ayuda de lo sobrenatural, puede llegar a demostrar la existencia de Dios, y a deducir muchas de sus perfecciones.

Ciertamente no podemos comprender a Dios, pues siendo infinito, no puede abarcarlo el limitado entendimiento humano; pero podemos conocerlo.

Lo anterior es, además, verdad de fe. El Concilio Vaticano I afirma que "La misma Santa Madre Iglesia sostiene y enseña que Dios, principio y fin de todas las cosas, puede ser conocido con certeza por la luz natural de la razón humana partiendo de las cosas creadas" (Const. dogm. Dei Filius, c. 2, Dz. 1785).
1.1.1 Necesidad de querer conocer a Dios
El querer conocer a Dios es necesario para llegar a conocerlo. No basta tan sólo aplicar la inteligencia, sino que se requiere, además, de rectas disposiciones morales (buen comportamiento cara a Dios), pues de lo contrario es imposible conocer a Dios.

Aunque la existencia de Dios es una verdad que puede ser conocida por todos los hombres, sin embargo, en su conocimiento "el entendimiento humano encuentra dificultades, ya a causa de los sentidos o imaginación, ya por las concupiscencias derivadas del pecado original. Y así sucede que, en estas cosas, los hombres fácilmente se persuaden de que es falso o dudoso lo que no quieren que sea verdadero" (Pío XII, Enc. Humani Generis, 12-VIII-1950, Dz. 2305).
1.1.2 Conocimiento natural de Dios a partir de las criaturas
Por ser Dios infinito en toda perfección, no lo podemos conocer directamente, sino que deducimos su existencia por medio del mundo y de las cosas creadas, que nos llevan al conocimiento del Creador.

Así dice San Pablo: "En efecto, las perfecciones invisibles de Dios,.... a saber: su eterno poder y su divinidad, se han hecho visibles a la inteligencia, después de la creación del mundo, a través de las cosas creadas" (Rom. 1, 20).
La fe confirma la existencia de Dios, y además nos lo propone como el autor del orden sobrenatural.
1.2 DEMOSTRACION RACIONAL DE LA EXISTENCIA DE DIOS

La existencia de Dios no es de evidencia inmediata para nosotros, sino que es fruto de un proceso discursivo, de un razonamiento.

En 1877 fue condenado el error de Antonio Rosmini -llamado ontologismo- que afirmaba que el conocimiento de Dios era el conocimiento más inmediato al entendimiento humano (cfr. Dz. 1891 ss.)
La mayoría de las pruebas tendientes a demostrar la existencia de Dios utilizan en su proceso demostrativo el principio de causalidad.
Santo Tomás de Aquino demuestra la existencia de Dios por cinco caminos o vías, que son: 1) Por la existencia del movimiento. 2) Por la causalidad eficiente. 3) Por los seres contingentes. 4I) Por los diferentes grados de perfección, y 5) Por el orden del Universo.
A continuación señalamos sólo algunas de estas pruebas y otras que, en último término, se reducen a una de las vías de Santo Tomás.
1.2.1 Por la existencia del mundo

Enunciado: El mundo exige una causa de sí, a la que llamamos Dios.

Lo probamos por el principio de causalidad. Se enuncia así: "No hay efecto sin causa "; o bien: "Todo ser que comienza a existir tiene una causa de sí".

Este principio no se puede probar porque es evidente y se verifica de continuo en la vida cotidiana. Bastará un ejemplo: no podemos admitir que un edificio o un vestido se hayan hecho a sí mismos; nos reiríamos de quien nos dijera que aparecieron "de buenas a primeras", sin intervención de un arquitecto o un sastre.

Pues bien, el mundo es un efecto incomparablemente más complicado que un vestido o un edificio. Luego, no podemos admitir que haya aparecido sin que un ser le diera existencia. Este ser se llama Dios.

1.2.2 Por los seres contingentes

Enunciado: Existen seres contingentes, que exigen la existencia de un ser necesario, al que llamamos Dios.

Primero explicaremos qué es un ser contingente y un ser necesario. Luego veremos que los seres que hay en el mundo son contingentes. Y finalmente por medio de tres suposiciones comprobaremos que los seres contingentes comprueban la existencia del ser necesario.
lo. Ser contingente es el que es indiferente de por sí a existir, o no. Por ejemplo, una rosa que hoy es y mañana desaparece, o que pudo no haber sido, es un ser contingente.
2o. Ser necesario es el que no puede no existir, porque lleva en sí la razón de su existencia. Ser necesario no hay sino uno, que es Dios.

Los seres que hay en el mundo son contingentes. La experiencia nos enseña que aparecen, duran un poco y luego desaparecen.

Los seres contingentes aparecen de tres maneras: a) o de otro ser igual a ellos, por ejemplo, un árbol da nacimiento a otro árbol, un animal a otro animal; b) o de la reunión,de los elementos que los componen; el agua se produce por la combinación del hidrógeno con el oxígeno; la piedra aparece por agregación de las partículas que la integran, etc.; o c) por creación, como nuestra alma.
3o. Para explicar la existencia o aparición de los seres contingentes pueden hacerse tres hipótesis:
a) o proceden de la nada;
b) o proceden unos de otros en serie infinita;

c) o proceden de un primer ser necesario que les dio la existencia.

Examinemos estas tres hipótesis, o suposiciones.

a) La primera hipótesis: los seres proceden de la nada, es absurda, porque es imposible que la nada produzca el ser. Así, es imposible sacar del bolsillo un pañuelo que no tengo.
Esta verdad, elevada a la categoría de postulado científico la aceptan todos, incluso los científicos ateos que en el pasado pretendieron utilizarlo como argumento para dar una explicación de la realidad. Véanse al respecto las elocuentes palabras del biólogo Virchow, citadas en los ejercicios de este capítulo.
b) La segunda hipótesis: los seres proceden unos de otros en serie infinita, tampoco puede admitirse, porque la serie infinita no explica nada.
En efecto, la serie infinita o tiene a su cabeza un ser primero, y ya no es infinita; o no tiene a su cabeza un ser primero, y entonces ¿de dónde proceden los demás seres de la serie?

Así Por ejemplo: una cadena de eslabones infinitos es un imposible; porque si tiene un primer eslabón, ya no es infinita y si no tiene un primer eslabón, ¿de dónde cuelgan los demás?
Otro ejemplo: a veces se preguntan algunos: qué fue primero, el primer huevo , la primera gallina. Pudo ser cualquiera de las dos cosas. Lo que importa es. admitirla existencia del primer huevo o de la primera gallina, porque si no, no habría hoy ni huevos ni gallinas. Repugna en absoluto a nuestra mente una sucesión infinita de huevos y gallinas, sin que hubiera existido un primer huevo o una primera gallina que dieran nacimiento a los demás.

c) Luego nos queda por aceptar la tercera hipótesis: esto es, que los seres provienen de un ser necesario que les dio la existencia.
Porque si este primer ser fuera contingente, habría recibido la existencia de otro, y éste de otro; y así volveríamos a la serie infinita.

4o. Conclusión. La serie de los seres contingentes no se explica racionalmente sino mediante la existencia de un ser necesario, que no recibió el ser, porque lo tenía de sí mismo; y que lo comunicó a los demás. Á este ser lo llamamos Dios.

Este argumento de la necesidad de un ser necesario es el mas claro y convincente para probar la existencia de Dios. Su fuerza sólo puede ser desconocida por quien nunca ha meditado en él, o por quien se deja arrastrar por pasiones y prejuicios que ciegan la inteligencia.
1.2.3 Por el orden del universo
Enunciado: El orden admirable que hay en el mundo exige la existencia de una inteligencia ordenadora, a la cual llamamos Dios.

Probaremos que hay en el mundo un orden admirable; y luego que este orden exige una inteligencia ordenadora.

lo. Hay en el mundo un orden admirabilísimo en todos los seres:

a) En los infinitamente grandes. Millones de astros de masa gigantesca atraviesan el espacio a velocidades fantásticas; sus órbitas se entrecruzan en multitud de puntos; pero sus movimientos están regidos por un orden y disposición admirables.

b) En los más pequeños. Así, la planta más humilde tiene órganos complicados y diferentes para cada función: nutrición,. respiración, circulación, reproducción, etc. Todos ellos tienden a un fin preciso y determinado: la conservación del individuo y de la especie.

Werhner von Braun, el más importante físico del espacio, afirmaba que "los materialistas del siglo XIX y sus herederos, los marxistas del siglo XX, nos dicen que el creciente conocimiento científico de la creación permite rebajar la fe en un Creador. Pero, toda nueva respuesta ha suscitado nuevas preguntas. Cuanto más comprendemos la complejidad de la estructura atómica, la naturaleza de la vida, o el camino de las galaxias, tanto más encontramos nuevas razones para asombrarnos entre los esplendores de la creación divina" (cit. en LOBO, G., Ideología y fe cristiana, p. 163).
2o. Este orden supone una inteligencia ordenadora. En efecto:
a) Sólo una inteligencia puede disponer convenientemente los medios apropiados para la obtención de un fin. En lo cual, precisamente consiste el orden.

b) Es un absurdo atribuir al azar y a la casualidad el orden maravilloso del mundo, porque así como lo que caracteriza a la inteligencia es el orden, así lo que caracteriza al azar es el desorden.

Obrar al azar es tanto como obrar ciegamente, sin el conocimiento de los medios, o sin la acertada disposición de ellos para alcanzar el fin que uno se propone.
Pretender que el orden prodigioso del mundo es la obra ciega y caprichosa del azar, es un absurdo.

Sería ridículo pretender que al tirar al azar las doce letras de la palabra inteligencia, cayeran todas en línea recta y en el orden debido para la formación de la palabra. Mayor absurdo, pretender que esto sucediera cada vez que se tiraran. Pero el absurdo llegaría a su colmo si se pretendiera explicar de esa manera el orden de los miles de letras que componen este libro, sin que hubiera intervenido en lo mínimo una mano y una inteligencia ordenadora.

Pues bien, mucho más absurdo es admitir que el mundo se hizo al acaso, porque el orden que hay en él es inmensamente mis complicado que el de un libro; y un orden que en millones de siglos se ha mantenido

Conclusión: El orden admirabilísimo que hay en el mundo prueba la existencia de una inteligencia ordenadora, a quien llamamos Dios.
1.2.4 Por la ley moral

Enunciado: La ley moral exige un legislador superior al hombre. Este legislador es Dios.

lo. Se llama ley moral al conjunto de preceptos que el hombre descubre en su conciencia, que le hacen distinguir el bien del mal, y le impulsan a obrar el bien y a evitar el mal.

La ley moral tiene tres condiciones: a) obliga a todos los hombres, b) es superior al hombre y c) obliga a la conciencia.

a) La ley moral obliga a todos los hombres sin excepción alguna; les prescribe, por ejemplo, el respeto a la vida y a la propiedad ajena; y les prohibe el asesinato y el robo.

b) Es superior al hombre, quien no puede ni desconocerla, ni cambiaría. Así nadie podrá hacer que el asesinato sea bueno.

c) Obliga en conciencia. Cuando la observamos sentimos satisfacción; cuando la quebrantamos, aun, que sea ocultamente, remordimiento.

2o. La ley moral prueba la existencia de Dios, porque como no puede haber ley sin un legislador que la dé, es necesario que la ley moral haya sido impuesta por un legislador que tenga esas tres mismas condiciones, a saber: que sea superior a los hombres, los obligue a todos, y pueda leer en su conciencia. Este legislador no puede ser sino Dios.


1.3 POSIBILIDAD DE NEGAR A DIOS

1.3.1 Los ateos. Sus clases

Llámanse ateos los que ignoran o niegan la existencia de Dios.

Ateo viene de la palabra griega: a, sin; y Teos, Dios.
Es importante percatarse que en la raíz de muchas actitudes actuales que hallamos por todas partes -teatro, cine, novelas, artículos de periódico, canciones, ensayos, enseñanza universitaria, etc.- nos encontramos con abundantes puntos de pensamiento que fueron elaborados por ateos del siglo XIX, tales como Nietzsche, Feuerbach, Marx, Freud, etc. Herederos del racionalismo de Descartes y del idealismo de Hegel, el afán por someter todas las cosas a su razón les incapacitó para aceptar la realidad de Dios y pusieron al hombre como soberano del mundo y de la historia.

Se dividen en negativos, positivos y prácticos.
a) Negativos son los que no han tenido la idea de DI"OS; b) Positivos los que teniendo la idea de Dios, niegan su existencia; c)prácticos, los que admitiendo la existencia de Dios, la niegan con sus obras, porque viven como si Dios no existiera.

¿Pueden existir estas tres clases de ateos?

a.1 Puede haber ateos negativos, esto es, hombres que ignoren la existencia de Dios; pero no por largo tiempo, porque el universo y la conciencia despiertan pronto en la mente la idea de un Ser Supremo.

Cuando ya el hombre está en posesión de sus facultades, y reflexiona sobre sí mismo y sobre lo que le rodea, el espectáculo grandioso del universo despierta en él la idea de un Creador; y la voz de su conciencia le sugiere la idea de un ser que manda en ella y que puede premiarlo o castigarlo.
b) Respecto a los ateos positivos, podemos hacer una subdistinción:
b.1 Puede haber ateos positivos por convicción sectaria, que nieguen a Dios, al menos temporalmente, como fruto de una educación encaminada a fomentar la creencia de que Dios no existe.

Esto pasa cuando se enseña a un joven, en nombre de una falsa ciencia, que Dios es una mentira; y se le trata de convencer por toda clase de argumentos falsos, que él no puede refutar por la misma ignorancia en que está.
"Nunca olvidaré la impresión que me produjo un soldado ruso en 1945. Acababa apenas de terminar la guerra. A la puerta del seminario de Cracovia llamó un militar. Cuando le pregunté qué quería respondió que deseaba entrar en el seminario. Mantuvimos una larga conversación. Aunque no llegó nunca a entrar en el seminario (tenía, por lo demás, ideas bastante confusas respecto de la realidad del seminario mismo), yo personalmente saqué de nuestro encuentro una gran verdad: cómo Dios logra de forma maravillosa penetrar en la mente humana, aun en las condiciones sumamente desfavorables de su negación sistemática. Durante su vida adulta mi interlocutor no había entrado casi nunca en una iglesia. En la escuela, y luego en el trabajo, había oído afirmar continuamente: ¡No existe Dios! Y a pesar de todo repetía: ¡Pero yo siempre supe que Dios existe!... y ahora querría aprender algo sobre El. (K. Wojtyla, Signo de contradicción, p. 2 l).

b. 2 Pero no puede haber ateos por convicción científica. En otras palabras no se puede comprobar científicamente que Dios no exista.
Para ello sería necesario echar por tierra argumentos indestructibles; y admitir como ciertas, cosas tan absurdas como éstas: la serie infinita de los seres, la vida como brote natural de la materia (generación espontánea), y el orden maravilloso del universo como efecto del acaso.

Sería también preciso destruir la ley moral, tan íntimamente grabada en nuestra conciencia; y aceptar que puede haber efecto sin causa. Todo esto repugna a nuestra mente.

c) Los ateos prácticos son muchos desgraciadamente, aun entre los católicos. Son muchos los que viven tan olvidados de Dios, que obran a cada paso como si Dios no existiera.

Es éste uno de los mayores males de nuestra sociedad, y la causa de que ella se muestre tan indiferente y pagana.

El Documento de Puebla (1979), llama la atención sobre el ateísmo práctico del liberalismo capitalista y el sistemático del marxismo (cfr. nn. 535-561). Igualmente advierte los peligros del "secularismo ", en donde "Dios resultaría superfluo y hasta un obstáculo" (n. 43 5) de ahí la necesidad de conocer sus causas y motivos (n. 1113). Debe tenerse en cuenta también que no "raras veces los no creyentes se distinguen por el ejercicio de valores humanos que están en la línea del Evangelio", pero "la época no es extraña, sin embargo, a formas de ateísmo militante y a humanismos que obstruyen un desarrollo integral de la persona" (n. 1113).

1.4 NATURALEZA DE LA RELIGION

1.4.1 Sentido y origen de la palabra religión

La palabra religión engloba dos sentidos principales:

a) Como una ciencia que perfecciona nuestro entendimiento; y así decimos que la Religión es la más necesaria de las ciencias. Recibe también el nombre de Teología (de Teos, Dios; logos, tratado).

b) Como una virtud que perfecciona nuestra voluntad, y en este sentido decimos que una persona es muy religiosa. Santo Tomás la define como la virtud que inclina a rendir a Dios el respeto, el honor y el culto debidos (cft. S. Th. II-II, q. 81, a. 5).

Aquí trataremos tan sólo de la religión copio ciencia; en cuanto a virtud se estudia en la Moral 1.
Conviene además advertir que del conocimiento de la Religión nace la virtud de la religión, porque no podemos amar, honrar y servir a Dios sin antes conocerlo.

La palabra Religión viene del verbo latino religare, que significa ligar, atar; pues la religión es el lazo que une al hombre con Dios mediante su amor y servicio.
1.4.2 Definición de la Religión

La Religión es la ciencia que nos enseña el conocimiento de Dios, de los deberes que nos ha impuesto, y los medios que nos llevan a El.

lo. Se dice que es la ciencia del conocimiento de Dios, porque lo primero que enseña son las verdades sobre Dios mismo. Enseña también cierto número de verdades que indirectamente se refieren a Dios, y que toman el nombre de verdades religiosas; por ejemplo, la existencia del alma humana, de otra vida después de la muerte, etc.

2o. La Religión es la ciencia de los deberes que Dios nos ha impuesto, porque siendo Dios el Ser Supremo, y también nuestro Creador y último fin, nos ha impuesto ciertos deberes que tenemos obligación de cumplir y que la Religión nos enseña;

De estos deberes unos miran directamente a Dios, otros al prójimo, y otros a nosotros mismos. Por ejemplo:
a) Para con Dios, tenemos el deber de adorarlo y servirlo.

b) Para con el prójimo, el de respetar su vida y sus bienes.

c) Para con nosotros mismos, el de procurar nuestra salvación.

3o. Se agrega que la Religión es la ciencia de los medios que llevan a Dios, porque Dios mismo se ha dignado manifestarnos ciertos medios muy a propósito para conducirnos a El, medios que la Religión estudia; por ejemplo, la oración y los sacramentos.
Dios en su bondad ha dispuesto que estos medios, al mismo tiempo que honran a Dios santifiquen nuestra alma. Por eso reciben el nombre de medios de santificación.

1.4.3 Elementos que encierra

De lo anterior se desprenden los tres elementos que integran a la Religión en cuanto ciencia: el Dogma, la Moral y el Culto.

El Dogma -o Teología dogmática- comprende las verdades que debemos creer. La Teología Moral, o simplemente Moral, enseña las obras que debemos practicar. Y el Culto, los medios de santificación con los cuales honramos a Dios y procuramos nuestra salvación. Estos medios se estudian en la ciencia llamada Teología Sacramentaria.

Los elementos de la religión están compendiados principalmente en: El Dogma en el Credo, la Moral en los mandamientos, y el Culto en la oración y los sacramentos. Pertenecen también al Culto las diversas ceremonias de la Iglesia, que llevan el nombre de Liturgia.

El Dogma es el elemento que constituye el punto de partida de la Religión. En. efecto, sin conocer a Dios, a la Religión revelada por El, y a la Iglesia por El fundada, mal podemos obedecer sus mandamientos, ni aprovechar los medios de santificación que nos brinda.

1.4.4 El fin de la Religión

En la Religión podemos distingu" un doble fin: a) Su fin próximo, que ir es el conocimiento, amor y servicio de Dios en esta vida. b) Y su fin remoto, que es el procurarnos la posesión de Dios en el cielo.

1.5 RELIGION NATURAL Y RELIGION REVELADA

1.5.1 Noción

Conocemos a Dios de dos modos: por la razón y por la revelación.

a) La razón es la luz natural que Dios ha dado a nuestro entendimiento para conocer las cosas.

Con la sola fuerza de la razón natural -es decir, sin intervención especial de Dios podemos conocer varias verdades religiosas, por ejemplo, que hay un solo Dios, que tenemos alma, que existe otra vida después de la muerte, etc. (cfr. Dz. 1785, 1806, 21451, etc.).
b) La Revelación es la manifestación hecha por Dios a los hombres de algunas verdades de orden religioso; por ejemplo, que Jesucristo es el Hijo de Dios hecho hombre, y que murió para salvarnos; o que en Dios hay tres Personas distintas, etc.
El conjunto de verdades religiosas que el hombre puede conocer por la simple luz de la razón se llama Religión NATURAL.

El conjunto de verdades que Dios ha manifestado al hombre por conducto de la Revelación, se llama Religión REVELADA. Como lo veremos luego, la Religión revelada es la Religión Católica.

1.5.2 No basta la Religión natural

No basta para salvarnos la Religión natural; a saber, no basta con aceptar las verdades religiosas que nos puede enseñar la luz de la razón; es necesario que aceptemos la Religión revelada.

Dios por su Bondad infinita ha querido abrir otro camino que lleve directamente a El y con mayor facilidad: el de la religión sobrenatural: "Quiso su sabiduría y bondad revelarse a Sí mismo, al género humano, y revelar los decretos eternos de su voluntad por otro camino, y éste sobrenatural" (Con. Vaticano I., Const. dogm. Dei Filius, c. 2; Dz. 1785).
La razón es que no podemos ni conocer, ni amar, ni servir a Dios como El quiere y manda, sino aceptando las verdades, preceptos y medios de santificación que El se ha dignado manifestarnos.
Otra manera de actuar significaría desprecio de lo que Dios ha dicho, considerándolo inútil o indiferente. Están pues, en grave error quienes dicen: "Yo soy honrado: yo no robo ni mato. Con esto tengo para salvarme". Esto les bastará para evitar la cárcel y la deshonra humana. Pero no podrán salvarse si no cumplen las condiciones que Dios les ha impuesto para ello.
El es nuestro dueño y Señor, y nos ha creado para su servicio. En consecuencia estamos obligados a honrarlo y servirlo en la forma que se digne determinarlo.

Si Dios no hubiera hecho ninguna revelación, bastaría la Religión natural para salvarse. Desde el momento en que Dios revela, no cabe pensar que da lo mismo una religión que otra -indiferentismo religioso- sino que es preciso aceptar esa revelación divina que constituye la única religión verdadera.
1.5.3 Deberes que nos impone la Religión revelada

La Religión revelada nos impone, en especial, tres deberes:

El lo - es aceptarlas verdades que Dios nos ha manifestado.

El 2o. es cumplir los mandamientos que nos ha impuesto.

El 3o - es acudir a los medios de santificación con que El mismo ha querido ayudar nuestra debilidad.

Dios, en efecto, no ha querido dejar al hombre abandonado al error, al vicio y a su propia debilidad; sino que:

a) Para librarlo del error, El mismo le ha revelado las verdades que debe conocer y creer.

b) Para librarlo del vicio, El mismo le ha determinado las obras que debe practicar, y las que debe evitar.

c) Para ayudar su debilidad, le ofrece su gracia por conducto de los sacramentos, la oración, etc., obligándolo a recurrir a estos medios.

Corno conclusión, debemos decir que no podemos conocer, amar y servir a Dios, ni salvar nuestra alma, si no aceptamos y practicamos la Religión revelada Íntegramente.

Así Cristo no dijo solamente: "E] que no creyere se condenará" (fe), sino también: "Si quieres alcanzar la vida, guarda los mandamientos" (moral) y, "Si uno no nace de agua y Espíritu Santo no puede ver el reino de Dios", y "Si no comiereis mi carne no tendréis vida en vosotros" (sacramentos) (cfr. Mc. 16, 16, Mt. 19, 17, Jn. 3, 5, jn. 6, 54).
"Con frecuencia, el hombre actual no sabe lo que lleva dentro, en lo profundo de su ánimo, de su coraz6n. Muchas veces se siente inseguro sobre el sentido de su vida en este mundo. Se siente invadido por la duda, que se transforma en desesperación. Permitid, pues ---os lo ruego, os lo imploro con humildad y con confianza-, permitid que Cristo hable al hombre. ¡Sólo El tiene palabras de vida, sí, de vida eterna!" (Juan Pablo II, Homilía en la inauguración de su Pontificado, 22-XI-1978).


15/03/2006 07:34
 
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El Verbo Encarnado I
Por Pbro. Pablo Arce Gargollo
8.1 EL MISTERIO DE LA ENCARNACION: CRISTO ES PERFECTO DIOS Y PERFECTO HOMBRE

8.1.1 Enunciación del Misterio

El misterio de la Encarnación nos enseña que la Segunda Persona de la Santísima Trinidad, o sea el Hijo, se encarnó y se hizo hombre en las purísimas entrañas de la Virgen María.

Encarnar significa hacerse carne, esto es, hacerse hombre. Cuando decimos que el Hijo de Dios se encarnó, queremos expresar que se hizo hombre, tomando un cuerpo y un alma como los nuestros.
Cristo es pues, Dios y hombre verdadero. Hay en El dos naturalezas, la divina y la humana, cuya unión forma una sola persona que es la divina.
8.1.2 Errores. Defensa de los Concilios de Nicea, Efeso y Calcedonia

Hay tres clases de errores sobre este misterio: unos niegan en Cristo la naturaleza divina; otros la naturaleza humana; y otros, en fin, yerran sobre el modo como se unieron ambas naturalezas.

lo. De los que niegan a Cristo su naturaleza divina el principal es Arrio (S.IV). Niega que Jesucristo sea Dios. Afirma que es una criatura perfectísima ; pero no admite que sea de una misma Naturaleza o Substancia con el Padre. Fue solemnemente condenado por el Concilio de Nicea (a. 325), el cual definió que el Hijo es consubstancial al Padre.

Muchos protestantes de nuestros días niegan también la divinidad de Cristo (Bultmann, Bonhoffer, etc.).

2o. Niegan la naturaleza humana los gnósticos y algunos otros herejes: rechazaban que Cristo fuera verdadero hombre; y admitían que su cuerpo no era real sino ficticio, y de apariencia como un fantasma.

3o. Los que yerran sobre el modo de unirse las dos naturalezas en una persona:

a) Nestorio (S.V) enseñó que en Cristo había dos personas, una para cada naturaleza. Y, como consecuencia, que María Santísima no podía llamarse Madre de Dios (teotokós), porque no era madre sino de la persona humana (antropotokós). Fue condenado por el Concilio de Efeso (a. 43l).

b) Eutiques profesó el error opuesto, a saber, que en Cristo no había sino una sola naturaleza, porque la naturaleza humana había sido absorbida por la divina, como el océano absorbe una gota de agua. Esta herejía conocida como monofisismo fue condenada por el Concilio de Calcedonia (a. 451).

Otros herejes enseñaron que aunque en Cristo había dos naturalezas, sin embargo, no tenía sino una sola voluntad (monotelismo).

No es lícito separse de las nociones para exponer el misterio de la encarnación. En concreto las nociones de "naturaleza" y "persona" indican realmente quién es Jesucristo. Por eso "son claramente opuestas a esta fe las opiniones (. . .) según las cuales no sería revelado y conocido que el Hijo de Dios subsiste desde la eternidad, en el misterio de Dios, distinto del Padre y del Espíritu Santo- e igualmente las opiniones según las cuales debería abandonar la noción de la única persona de Jesucristo, nacida antes de todos la naturaleza humana y, finalmente la afirmación según la cual la humanidad de Jesucristo existiría. no como asumida con la persona eterna del Hijo de Dios, sino, más bien, en sí tiría, no como asumida con la persona eterna del Hijo de Dios, sino, más bien, en sí misma como persona humana y, en consecuencia, el misterio de Jesucristo consistiría en el hecho de que Dios, al revelarse, estaría de un modo sumo presente en la persona humana de Jesús". S.C. para la doctrina de la Fe, Decl. 21-11-1972 (para defender la fe contra algunos errores actuales acerca de los misterios de la Encarnación y de la Santísima Trinidad), AAS 64 (1972), pp. 237 núm. 3.

8.2 LA UNION HIPOSTATICA

8.2.1 En Cristo hay dos naturalezas

En Jesucristo hay dos naturalezas: una divina, porque es Dios; y otra humana, porque es hombre.

a) Su naturaleza divina

Jesucristo es Dios desde toda la eternidad, puesto que es la Segunda Persona de la Santísima Trinidad. Y es hombre desde la Encarnación, es decir, desde que unió a su Persona la naturaleza humana, en el seno virginal de María Santísima.

En el primer capítulo de su Evangelio, nos enseña San Juan esta doble verdad: (y nos dice que): "En el principio era el Verbo, y el Verbo era Dios"; y que "El Verbo se hizo carne y habitó entre nosotros" (Jn. 1, 1; 1, 8).
Puesto que en Jesucristo hay dos naturalezas, habrá que decir que aquello que pertenece a la naturaleza en Jesucristo será doble: hay en El, pues, dos entendimientos, uno que corresponde a la Naturaleza divina y otro a la humana. Por la misma razón hay también en El dos voluntades.
Respecto a su Naturaleza divina basta decir que tenía todas las perfecciones propias de la divinidad: hablemos de su naturaleza humana.
b) Sunaturaleza humana
En la naturaleza humana de Cristo, podemos distinguir dos elementos: el cuerpo y el alma.

1o. El cuerpo de Cristo es: a) real: "Palpad, decía a sus apóstoles después de su resurrección, y considerad que un espíritu no tiene carne ni huesos como vosotros veis que yo tengo" (Lc. 24, 39). b) Delicado y perfectísimo, aunque sujeto al dolor, a las necesidades y a la muerte, porque venía a expiar nuestros pecados.

2o. El alma de Cristo es, como la nuestra, un espíritu creado por Dios para animar su cuerpo. Es, si, infinitamente más perfecta, ya en sus facultades naturales, ya en sus dones sobrenaturales.

b. 1 Facultades naturales

Digamos algo de sus facultades naturales; entendimiento y voluntad.

lo. Su entendimiento estaba dotado de excelentes conocimientos. ""En él, nos dice San Pablo, estaban encerrados todos los tesoros de ,la sabiduría y ciencia de Dios" (Col. 2, 3)

El entendimiento humano de Jesús estuvo dotado de tres clases de ciencias: la infusa, esto es, infundida directamente por Dios sin necesidad de imágenes ni raciocinios; la beatífica, o contemplación de la divina esencia; y la adquirida por medio de los sentidos y la razón. Las dos primeras le venían a causa de su unión con el Verbo; la tercera la adquirió con el paso del tiempo, en primer lugar de San José que le enseñó su oficio, de su Madre Santísima, del conocimiento sensible, de las enseñanzas de la Escritura y de los maestros de Israel.
2o. La voluntad humana de Cristo era perfectísima, dotada de eminente poder y santidad, y de perfecta libertad. "Soy dueño de dar mi vida y dueño de recobrarla", decía el Salvador (Jn. 10, 18).
Tenía la voluntad de Cristo dos eximias perfecciones, de que carece la nuestra: la impecabilidad (no podía pecar, ni sentía inclinación al mal); y la integridad (en él no había concupiscencia, sino que el apetito estaba perfectamente sometido a la razón, puesto que en Cristo no existía el pecado original, ni aquellas de sus consecuencias que envuelven imperfección moral). Había también en Cristo perfecto acuerdo entre su voluntad humana y la divina.
En su voluntad humana se daba principalmente un amor tiernísimo para con sus padres; y de amor, misericordia y mansedumbre con los hombres.
"Mi comida es hacer la Voluntad del que me ha enviado ". "Venid a mí todos los que estáis agobiados por el sufrimiento, que yo os aliviaré". "Aprended de mí que soy manso y humilde de corazón" (Jn. 4, 34 - Mt. 11, 28, 29).

En Cristo hubo pasiones; y así leemos en la escritura que amó con predilección a San Juan, lloró ante la tumba de Lázaro, y se llenó de angustia, tedio y tristeza al pensamiento de su pasión. Sus pasiones, sin embargo, se diferenciaban de las nuestras en que nunca tendieron a un fin malo, y siempre obedecían la dirección rectísima de su voluntad.
b.2 Dones sobrenaturales y preternaturales
Cristo estuvo adornado con la plenitud de la gracia, virtudes y dones del Espíritu Santo; y no podía ser de otra manera dada su unión íntima y personal con la divinidad.

"Hemos visto su gloria, lleno de gracia y de verdad. De su plenitud todos hemos recibido" (Jn. 1, 14, 16).

Respecto a los dones preternaturales ya hemos indicado que tuvo la ciencia y la integridad; más no la inmunidad ni la inmortalidad, pues quiso expiar nuestros pecados sometiéndose al sufrimiento y a la muerte.
8.2.2 En Cristo no hay sino una persona: la Divina
Las dos naturalezas de Cristo están unidas en una sola persona, que es la divina, a quien llamamos Jesucristo.

El Verbo divino no se unió a una persona humana, sino a una naturaleza humana; y así la persona divina hace las veces de persona no sólo para la Naturaleza divina, sino también para la naturaleza humana, a la cual se unió.

Nuevamente aquí se encuentra nuestra inteligencia frente a un misterio. Podemos comprobar que en esta unión no hay contradicción, pero no podemos comprender a fondo cómo se hace. Creemos sí con absoluta firmeza en él, porque Dios nos lo reveló en forma que nos brinda plena certidumbre.
Así como dijimos que en Jesucristo todo lo que se refiere a la naturaleza es doble -dos inteligencias, dos voluntades-, todo lo que se refiere a la persona será único: y así, no adoro en El dos seres, sino uno solo, no actúan dos individuos sino uno solo, etc.
8.2.3 La unión hipostática: Noción

La unión de las dos naturalezas en Cristo se llama hipostática o persona, porque ambas están unidas en una sola Persona: la del Verbo.

Hipóstasis es el sustantivo griego que corresponde al sustantivo castellano persona, e hipostático el adjetivo que corresponde al adjetivo personal.
Las dos naturalezas de Cristo se mantienen íntimamente unidas, pero sin confundirse; como el cuerpo y el alma en el hombre están en íntima unión, pero sin confundirse el uno con la otra.
La unión de las dos naturalezas en Cristo es perpetua. El Verbo tomó la naturaleza humana para siempre. Por eso en la Eucaristía y en el cielo su divinidad permanece unida a su cuerpo y a su alma.


8.3 ALGUNAS CONSECUENCIAS DE LA UNION HIPOSTATICA

Esta unión tiene consecuencias importantes: a) todos los actos de Cristo tienen valor infinito; b) su humanidad; c) hay comunicación merece adoración de propiedades entre las dos naturalezas.
8.3.1 Valor infinito de sus actos
La persona, en general, tiene la propiedad de ser centro de atribución de todos los actos del individuo; de modo que todo lo és baga se atribuye a su persona.

Por ejemplo, no se dice: mi garganta canta, mi voz habla, mi cerebro siente; sino, yo canto, yo hablo, yo siento; atribuyendo al mismo "yo" todas mis acciones.
Lo mismo pasa en Cristo. Todas sus acciones, así las de su Naturaleza divina como las de la humana, se refieren a su persona.
Así decimos que Cristo creó el mundo (obra propia de Dios), y que padeció (obra propia del hombre).

De esta doctrina se saca la consecuencia importantísíma que todas las acciones de Cristo, aun las propias de su naturaleza humana tienen valor infinito por atribuirse a la persona divina del Verbo.

Esta doctrina nos permite también ilustrar la Redención:

En efecto, si hubiera en Cristo dos personas, una divina y otra humana, la Redención no hubiera podido verificarse; pues la persona divina no hubiera podido padecer ni morir; y la persona humana hubiera podido padecer y morir, pero sus acciones no tendrían valor infinito, por no proceder de una persona divina.

Por el contrario, en la doctrina católica se ilustra la Redención; porque Cristo padece en cuanto hombre, esto es , en su naturaleza humana; pero sus padecimientos tienen valor infinito por la unión personal entre la naturaleza humana y la Persona divina.

"En efecto, amó Dios tanto al mundo, que le dio a su unigénito Hijo. Así como en el hombre-Adán este vínculo quedó roto, así en el hombre-Cristo ha quedado unido de nuevo" (Juan Pablo II, Enc. Redemptor Hominis, 4-11-1979, Núm. 8), (cfr. Puebla, n. 400).
8.3.2 Su Humanidad merece adoración
La Humanidad de Cristo merece ser adorada a causa de su unión personal con el Verbo divino. De modo que el culto que se rinde a su Humanidad se rinde al Hijo de Dios.

Por eso la Iglesia permite que al Corazón de Jesús y a sus sagradas llagas, se dé culto directo de latría o adoración, Igualmente permite que a la santa Cruz, a los clavos de la pasión, a la sábana santa, etc. se dé culto indirecto de latría, por la relación íntima que guardan con la naturaleza humana de Cristo.
8.3.3 Comunicación de propiedades
La comunicación de propiedades consiste en que puede atribuirse a Cristo Dios lo que es propio de la naturaleza humana; y a Cristo hombre lo que es propio de la naturaleza divina. Así se puede decir que Dios murió y resucitó; o que un hombre es inmortal y omnipotente.

Debe mantenerse el cuidado de emplear términos concretos, y no abstractos. Así se dices que Dios es hombre, murió, etc., pero sería gravísimo error decir que la divinidad es la humanidad, o que la divinidad murió.

La razón es porque no todo lo que puede aplicarse a la persona de Cristo, puede aplicarse a la divinidad en general.

Esta comunicación de propiedades la llaman los teólogos comunicación de idiomas, porque idioma quiere decir en griego propiedad; viene del adjetivo, idios, que significa propio, particular





[Modificato da @Nessuna@ 15/03/2006 7.50]

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Discurso do cardeal Martino na CNBB
quarta: 22 de junho de 2005



O cardeal Raffaele Martino, presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, na noite de 21 de junho de 2005, proferiu na sede da CNBB, em Brasília o discurso que segue.

COMPÊNDIO DA DOUTRINA SOCIAL


APRESENTAÇÃO à Conferência Episcopal Brasileira





1. No dia 25 de Outubro do ano passado foi apresentado o Compêndio da Doutrina Social da Igreja, redigido pelo Conselho Pontifício «Justiça e Paz», por vontade do Santo Padre João Paulo II[1][1]. O documento —longamente esperado, dado que inicialmente se previa a publicação pouco depois do Ano jubilar e longamente elaborado, devido aos complexos problemas que a sua própria clareza conceptual e redação material comportavam— foi acolhido com grande interesse. Trata-se, porém, de um documento destinado, em base ao próprio projeto que o gerou, a semear de modo prolongado, a fertilizar o terreno da construção da sociedade dos tempos futuros, a motivar e orientar a presença dos católicos na história num modo não improvisado. O destino do Compêndio não se esgotará no número de cópias vendidas, tão pouco nas conferências de apresentação, igualmente úteis e até indispensáveis, mas medir-se-á pela convicção com que será acolhido e pelo uso que dele se fará para um relançamento da pastoral social em geral e, sobretudo, para uma presença reflectida, consciente, coerente e comunitária dos leigos católicos comprometidos na sociedade e na política. Se o hoje atesta um significativo acolhimento, será o amanhã a decretar se o espírito e a finalidade que orientaram a realização do Compêndio terão sido honrados.


O Compêndio da doutrina social da Igreja oferece um quadro completo das linhas fundamentais do «corpus» doutrinal do ensinamento social católico. Em fidelidade à autoridade das indicações que o Santo Padre João Paulo II havia oferecido no n. 54 da Exortação Apostólica Ecclesia in America, o documento apresenta «de maneira global e sistemática, ainda que em forma sintética, o ensinamento social, que é fruto da sapiente reflexão magisterial e expressão do constante empenho da Igreja na fidelidade à Graça da salvação de Cristo e na afetuosa solicitude pelos destinos da humanidade» (Compêndio n. 8).


O Compêndio tem uma estrutura simples e linear. Depois de uma Introdução, seguem-se três partes: a primeira, composta de quatro capítulos, trata dos pressupostos fundamentais da doutrina social – o desígnio de amor de Deus pelo homem e pela sociedade, a missão da Igreja e a natureza da doutrina social, a pessoa humana e os seus direitos, os princípios e os valores da doutrina social-; a segunda parte, composta de sete capítulos, trata os conteúdos e os temas clássicos da doutrina social – a família, o trabalho humano, a vida econômica, a comunidade política, a comunidade internacional, o ambiente e a paz-; a terceira parte, bastante breve porque composta apenas de um capítulo, contém uma série de indicações para a utilização da doutrina social na práxis pastoral da Igreja e na vida dos cristãos, sobretudo dos fiéis leigos. A Conclusão, intitulada Para uma civilização do amor, exprime o entendimento de fundo de todo o documento.





2. O Compêndio tem uma precisa finalidade e caracteriza-se por alguns objetivos presentes de modo claro na Introdução, no n. 10. Esse, de fato, «propõe-se como um instrumento para o discernimento moral e pastoral dos complexos eventos que caracterizam os nosso tempos; como um guia para inspirar, a nível individual e coletivo, os comportamentos e escolhas de modo a permitir olhar o futuro com fé e esperança; como um subsídio para os fiéis sobre o ensinamento da moral social». Um instrumento elaborado, além disso, com o preciso objetivo de promover «um novo compromisso capaz de responder às exigências do nosso tempo e medido sobre as necessidades e recursos do homem, mas sobretudo o anseio de valorizar em formas novas a vocação própria dos vários carismas eclesiais em ordem à evangelização do social, porque «todos os membros da Igreja participam da sua dimensão secular[2][2]» (10).


Um dado que é oportuno sublinhar, porque presente em várias partes do documento, é o seguinte: o texto é proposto como um instrumento para alimentar o diálogo ecumênico e inter-religioso dos católicos com todos aqueles que desejam sinceramente o bem do homem. Afirma-se, com efeito, no n. 12 que «este documento é proposto também aos irmãos das outras Igrejas e Comunidades Eclesiais, aos seguidores das outras religiões, bem como a quantos, homens e mulheres de boa vontade, se empenham em servir o bem comum». A doutrina social tem, de fato, um destino universal além daquele, primário e específico, aos filhos da Igreja. A luz do Evangelho, que a doutrina social reverbera sobre a sociedade, ilumina todos os homens: cada consciência e inteligência é capaz de colher a profundidade humana dos significados e dos valores expressos nesta doutrina e a carga de humanidade e humanização das suas normas de ação.


Evidentemente, o «Compêndio da doutrina social da Igreja» concerne, antes de mais, aos católicos, porque «primeira destinatária da doutrina social é a comunidade eclesial em todos os seus membros, porque todos têm responsabilidades sociais a assumir… Nos trabalhos de evangelização, ou seja, de ensinamento, de catequese e de formação, que a doutrina social da Igreja suscita, essa é destinada a cada cristão, segundo as competências, os carismas, os ofícios e a missão de anúncio de cada um» (n. 83). A doutrina social implica também responsabilidades relativas à construção, organização e ao funcionamento da sociedade: obrigações políticas, econômicas, administrativas, ou seja, de natureza secular, que pertencem aos fiéis leigos de modo particular, em razão da condição secular do seu estado de vida e da índole secular da sua vocação: mediante tais responsabilidades, os leigos colocam em ação o ensinamento social e realizam a missão secular da Igreja.


O Compêndio sublinha como a doutrina social está no coração da missão da Igreja. Isso ilustra, sobretudo no cap. II, o caráter eclesiológico da doutrina social, ou seja, a íntima relação desta doutrina com a missão da Igreja, com a evangelização e o anúncio da salvação cristã nas realidades temporais. A missão de serviço ao mundo, própria da Igreja, que consiste em ser sinal de unidade de todo o gênero humano e sacramento de salvação, inclui, de fato, entre os seus instrumentos, também a doutrina social[3][3]. O fato de o Compêndio colocar a doutrina social dentro da missão própria da Igreja, por um lado induz a não considerá-la como qualquer coisa acrescentada ou colateral à vida cristã, por outro ajuda a compreender como essa pertence a um sujeito comunitário. O sujeito adequado à natureza da doutrina social outra coisa não é, de fato, que a inteira comunidade eclesial. Afirma o Compêndio no n. 79: «A doutrina social é da Igreja porque a Igreja é o sujeito que a elabora, a difunde e a ensina. Essa não é prerrogativa de um componente do corpo eclesial, mas da inteira comunidade: é expressão do modo como a Igreja compreende a sociedade e se põe em confronto com as suas estruturas e as suas mudanças. Toda a comunidade eclesial – sacerdotes, religiosos e leigos – concorre a constituir a doutrina social, segundo a diversidade das funções, carismas e ministérios no seu interior».





3. Não me é possível separar a reflexão sobre o Compêndio da doutrina social da Igreja, ao qual dedicamos este nosso encontro, e a morte do Santo Padre João Paulo II e a eleição de Bento XVI. Não me é possível não só por motivos cronológicos — encontramo-nos, de fato, a pouca distância deste dois grandes acontecimentos — mas sobretudo por motivos de substância, ligados à própria natureza do Compêndio e, portanto, com o objetivo deste nosso encontro. É impossível separar a pergunta sobre a natureza do Compêndio e do como podemos e devemos adotá-lo, da recordação, não apenas emotiva mas especulativa e, diria, teológica, do ensinamento de João Paulo II e da esperança que suscitou a eleição de Bento XVI. Não posso, em particular, esquecer que o Compêndio foi um dos últimos projetos orgânicos de grande envergadura no campo da doutrina social da Igreja que João Paulo II concebeu e conduziu a termo e, de conseqüência, uma das frescas heranças assumidas por Bento XVI. Isto, para mim, para nós, tem uma enorme importância. A morte de João Paulo II lança, hoje, sobre o Compêndio, sobre as suas razões e finalidades, uma luz ainda mais forte que ontem, a luz de um inteiro pontificado e de um pontificado humanamente concluído: o Compêndio não representa a síntese de um tal pontificado, mas certamente o integra plenamente. Contemporaneamente, a eleição de Bento XVI abre, na continuidade, um desenvolvimento ulterior.


Como todos nós, também eu refleti muito nestas semanas de particular concitação, também íntima, sobre muitos aspectos de um pontificado, grande e luminoso, como aquele que o Senhor quis que se concluísse no passado dia 2 de Abril. Assim fazendo, dei por mim parando repetidamente nestas considerações. João Paulo II propôs, com modalidades pessoais profundas e originais, a mensagem cristã na sua integridade, sem deixar nada de fora. Apresentou o ser do cristianismo. Viveu-o. Indicou-o à Igreja e a toda a humanidade. Falou, escreveu, advertiu, solicitou, viajou, defendeu… mas sobretudo soube ser. A Igreja evangeliza se é Igreja. O cristianismo não deve renunciar à sua certeza de Verdade para dialogar com as outras religiões. A abertura a todos os irmãos, o amor em todas as dimensões, a misericórdia e o perdão não requerem alguma renúncia à integralidade da mensagem cristã, bem pelo contrário, é exatamente sobre as suas exigências que se fundam e da sua intensidade que extraem alimento.


Foi assim que refleti repensando, numa espécie de memória ajustada, no longo pontificado de João Paulo II. E fiz a mesma reflexão pensando, numa espécie de antecipação, ao pontificado de Bento XVI, agora apenas iniciado. Sobre o anúncio da Verdade toda inteira se funda a oposição à «ditadura do relativismo», como o novo Papa disse na sua última homilia de cardeal e como escreveu num seu famoso livro: «Não seria difícil demonstrar que a concepção do indivíduo como pessoa e a tutela do valor da dignidade de cada pessoa não se podem sustentar sem que sejam fundadas sobre a idéia de Deus».


4. Neste horizonte de sentido se coloca também o Compêndio e a doutrina social da Igreja da qual aquele é expressão e instrumento. O Compêndio deve ser entendido corretamente, antes de mais, em sentido teológico. Depois, e conseqüentemente, deve ser interpretado corretamente em sentido pastoral. Permito-me algumas reflexões sobre ambos os planos.


O Compêndio é um instrumento para a difusão da doutrina social da Igreja. Esta pertence à integralidade da proposta cristã e ao anúncio da Verdade inteira da qual falei anteriormente. Como João Paulo II soube transmitir a riqueza humana da fé em Cristo, assim a doutrina social da Igreja, e portanto o Compêndio, mostram como aquela riqueza humana que a fé cristã alimenta pode e deve tornar-se riqueza social e comunitária. A Criação está já na óptica da Salvação; essa torna-se luminosa dentro do olhar de fé. A doutrina social da Igreja exprime a riqueza humana do olhar de fé. Nasce da colaboração com Deus na construção da comunidade humana. A doutrina social da Igreja, e portanto o Compêndio, têm a ver intimamente com a vida da Igreja e são expressão da totalidade sintética desta vida, separável analiticamente e decomponível para usos de compreensão humana, mas unitária na sua essência. Têm, por isso mesmo, a ver com a vida da humanidade que viaja entre a Criação e a Salvação ou, melhor, na Criação para a Salvação. Todo o homem e todos os homens, toda a humanidade do homem e todos os homens da humanidade, estão contemplados no mistério da Criação e a sua humanidade é plenamente assumida e elevada no olhar de fé que, com a promessa da Salvação, ilumina o criado. O cristianismo é uma só e única proposta de Salvação; aquela da Igreja é uma só e única vida; a construção da humanidade segundo a gramática da Criação e em vista da Salvação anunciada é uma só e única construção, obra de toda a família humana em paz consigo mesma e com a criação, porque sabe contemplar Deus. Este aspecto da doutrina social da Igreja tornou-se-me ainda mais claro nestes meses depois da morte de João Paulo II. Todo o seu magistério o ilustrou, porque desde o início ele entendeu a doutrina social dentro da própria vida da Igreja. Mas ilustrou-o também na sua morte, último ato de uma pedagogia completa e complexa sobre a doutrina social. O homem é a via da Igreja. A Igreja deve aprender do homem, enquanto na Criação está já a luz da fé, mas o homem não se compreende a si mesmo senão em Cristo e sem Ele não consegue construir a própria cidade. A doutrina social da Igreja, que desabrocha do ser da Igreja, desabrocha também do ser do homem e, na unidade sintética da vida, essa representa um extraordinário instrumento de diálogo entre a Igreja e o mundo ­— uma está dentro do outro, mas não se identificam — na colaboração para a construção de uma cidade terrena à medida da Cidade celeste.





5. Esta é a natureza da doutrina social da Igreja, por tudo aquilo que ainda pude perceber profundamente nestas últimas semanas tão particulares, sucessivas à morte do Papa João Paulo II. O Compêndio e o seu uso estão em relação com quanto até agora disse. Com o Compêndio não é possível haver uma relação improvisada, mas contínua; com o Compêndio não é possível haver uma relação periférica, mas central; com o Compêndio não é possível haver uma relação somente individual, mas comunitária. Estas necessidades não derivam de exigências extrínsecas ou de um excesso de considerações para com o próprio Compêndio. Não é por amor ao Compêndio que digo isto, mas pela fidelidade que devemos todos ao ser da doutrina social da Igreja. Essa está no centro —mesmo se não é o centro— e não na periferia da vida cristã; essa é um fato não apenas pessoal, mas comunitário; essa pede-nos uma relação não improvisada, mas continuada.


O Compêndio não deve ser entendido, absolutamente, como um resumo didático da doutrina social da Igreja. Ele tem um valor simbólico e um valor prático. O simbólico consiste no chamar-nos a todo o corpus da doutrina social da Igreja, a entendê-la como uma proposta unitária radicada na unidade da proposta cristã: a seqüela de Cristo. Isto não significa — digo-o mesmo não desejando regressar a questões já bem debatidas no passado e já resolvidas — que a doutrina social da Igreja não tenha e não deva ter uma sua articulação e até uma sua aproximação, significa apenas que essa tem no centro uma proposta de vida unitária. O prático consiste em meter-nos entre mãos um instrumento único que deve ser usado comunitariamente, com formas de convergência pastoral, de modo que sejamos todos ajudados a caminhar conjuntamente. Este é o significado prático-pastoral mais interessante. O Compêndio não é um instrumento exclusivo, não substitui e, bem pelo contrário, solicita até o acesso às encíclicas sociais ou às outras fontes do Magistério, mas pode produzir unidade na formação, na reflexão, no discernimento, na práxis.





6. Regressemos agora às três indicações apresentadas acima sinteticamente: um uso não improvisado, mas continuado; não periférico, mas central; não individual, mas comunitário. O aprofundamento destes três elementos, que agora tentarei desenvolver sucintamente, mas que deixo à vossa reflexão sucessiva ligada também à vossa experiência e competência, do aprofundamento destes três elementos, dizia, podem nascer ricas e concretas indicações sobre como utilizar o Compêndio.


Um uso não improvisado, mas continuado. O Compêndio, exatamente pela sua natureza, obriga-nos a ter presente o inteiro desenvolvimento da doutrina social. Avizinhando-se a ele, tomando-o nas mãos e folheando-o, compreende-se que é fruto de uma história. Seria um erro vê-lo como asséptico e compilatório. Ele nasce de uma leitura teológica —como dizia anteriormente— da vida da Igreja no mundo e para o mundo. Não pode, portanto, que apelar a uma história e não pode propor-se senão como continuação dessa história, como estímulo a prossegui-la e a renová-la. Um uso improvisado, motivado pela sua publicação, pela atualidade e pelo interesse que suscitou e suscita, é insuficiente e completamente inadequado ao projeto no qual reentra este Compêndio. Este está ao serviço de uma presença vital das nossas comunidades dentro da história dos homens. Estimula-nos, portanto, a pensar para ela um uso programado, pastoralmente meditado, a longo prazo.


Um uso não periférico, mas central. Aqui devo apelar as anotações teológicas das quais vos falei, a proposta integral da seqüela de Cristo, cujos diversos aspectos não devem absolutamente fazer pensar em alguma forma de separação, porque uma e única é a vida cristã, aquela que se torna testemunho credível. É claro, então, que a programação pastoral do uso do Compêndio não pode prever momentos isolados, compartimentos estanques, percursos paralelos ou por encarregados de trabalho, mas deve ser pensado dentro da própria vida da comunidade cristã, ou seja, em relação com a leitura da Palavra de Deus, com a liturgia e com a oração, com o desenvolvimento de uma autêntica espiritualidade social cristã. Deve ser pensado também dentro da programação pastoral da maturação de uma verdadeira cultura de inspiração cristã.


Um uso não individual, mas comunitário. Distribuir o Compêndio, fazê-lo adquirir pelo fiéis, fazer de modo que cada pessoa interessada pelo bem da comunidade o possua e se avizinhe dele é sem dúvida uma coisa boa. Mas não devemos esquecer que a sua destinação principal é comunitária e também a sua utilização deve prever momentos comunitários de leitura, de confronto e de discernimento. Como não é suficiente um ciclo de conferências que assumam como escada o índice do Compêndio, também não é suficiente que esse seja vendido em livrarias. Além disto é necessário pensar em experiências continuativas de confronto comunitário sobre ele e, se posso permitir-me também esta anotação, experiências continuativas de confronto com este documento, que é a voz da Igreja, mesmo do interior do compromisso social, econômico e político. Dentro da comunidade e dentro da história: estes são os lugares iminentes para a leitura do Compêndio e o confronto com o Compêndio. A sua luz resulta tanto mais clara quanto mais se o interroga juntamente e dentro de um projeto de ação social, tendo diante de nós qualquer coisa para realizar o bem comum, na presença de rostos concretos de pessoas e concretas coisas para fazer. Deste modo também os leigos estarão envolvidos e, sobretudo, serão envolvidos «como leigos».





7. Como conclusão desta minha intervenção sobre o Compêndio e o seu uso, gostaria agora de ter particularmente presente quem tenho diante de mim, ou seja, o Conselho Permanente da vossa Conferência Episcopal. Creio que o Compêndio pode ser um instrumento importante também para os Bispos, útil para o vosso trabalho.


A utilidade do Compêndio manifesta-se na colaboração entre vós. A articulação setorial dos deveres, necessária para a resposta às necessidades humanas com as quais o cristianismo deve sempre contar, pode ofuscar a visão da unidade da proposta cristã de vida de que falei anteriormente. Certamente o Compêndio diz respeito, antes de mais, ao sector da pastoral social. Mas se entendemos a doutrina social dentro da vida da Igreja, como nos ensina a Gaudium et spes e, sobretudo, o magistério de João Paulo II e como procurei exprimir nas reflexões atrás conduzidas, eis que o Compêndio se torna um instrumento comum, de convergência a jusante, nas comunidades cristãs, mas também e sobretudo a montante, na vossa Conferência episcopal e nos seus Ofícios e Organismos. O Compêndio, quando bem utilizado, pode representar um instrumento de trabalho transversal, como hoje se diz com freqüência, e comum a todos.


Sempre a nível de trabalho comum, gostaria de sublinhar como o Compêndio convide, pelo próprio fato de existir, a reconsiderar a referência orgânica a toda a doutrina social. Certamente pode ser útil afrontar pastoralmente um ou outro problema emergente, mesmo para fornecer às comunidades instrumentos de orientação e discernimento. Mas a coisa verdadeiramente decisiva é fazer proceder a formação e o confronto estruturado com a inteira doutrina social da Igreja de modo a construir no tempo uma capacidade de produção cultural, de presença social e de empenhamento político. Sem dúvida que o Compêndio impele a isto e, de algum modo, faz-se instrumento de um tal projeto.


A recepção do Compêndio a nível das bases, isto é, dos fiéis, das Associações e dos Movimentos, das Dioceses e das Paróquias, dependerá muito da força e da coordenação dos Ofícios da Conferência Episcopal. Refiro-me aqui não tanto à quantidade da recepção, mas sobretudo à qualidade. Se o Compêndio for utilizado não ocasionalmente mas sistematicamente, não perifericamente mas centralmente, não individualmente mas comunitariamente, dependerá também de como a vossa Conferência Episcopal e os Ofícios da Secretaria lhe terão dado utilização.








Renato Raffaele Card. Martino


Presidente do Pontifício Conselho «Justiça e Paz»





Brasília, 21 Junho 2005













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[1][1] O próprio João Paulo II tinha elencado as razões que o haviam motivado a solicitar a publicação deste documento, razões expostas na sua Exortação apostólica pós-sinodal Ecclesia in America. O Papa auspiciava a promoção de uma cultura da solidariedade para estabelecer uma ordem econômica «na qual não domine somente o critério do lucro, mas também os da procura do bem comum nacional e internacional, da justa distribuição dos bens e da promoção integral dos povos» (n. 52); solicitava um «renovado vigor» (n. 53) no testemunho da Igreja «à verdade plena que se encontra no Filho de Deus» (n. 53), face à «difusão preocupante» que «o relativismo e o subjetivismo conhecem no campo da doutrina moral» (n. 53), e escrevia: «Diante dos graves problemas de ordem social que, com características diversas, estão presentes em toda a América, o católico sabe que pode encontrar na doutrina social da Igreja a resposta da qual partir para individuar as soluções concretas. Difundir tal doutrina constitui, portanto, uma autêntica prioridade pastoral. Por isso é importante «que na América os operadores de evangelização (Bispos, sacerdotes, professores, animadores de pastoral, etc.) assimilam este tesouro que é a doutrina social da Igreja e, iluminados por ela, tornam-se capazes de ler a realidade atual e procurar as vias para a ação. A tal propósito, deve ser privilegiada a formação dos fiéis leigos capazes de trabalhar, em nome da fé em Cristo, na transformação das realidades terrenas. Além disso, será oportuno promover e sustentar o estudo desta doutrina em todos os âmbitos das Igrejas particulares na América e, sobretudo, no âmbito universitário, para que seja conhecida com maior profundidade e aplicada à sociedade americana. A complexa realidade social deste Continente é um campo fecundo para a análise e aplicação dos princípios universais de tal doutrina. Para alcançar este objetivo — e eis o projeto que João Paulo II confiou ao Conselho Pontifício «Justiça e Paz» — seria muito útil um compêndio ou uma síntese autorizada da doutrina social católica, incluindo um «catecismo», que mostrasse a relação existente entre essa e a nova evangelização. A parte que o Catecismo da Igreja Católica dedica a tal matéria, a propósito do sétimo mandamento do Decálogo, poderia constituir o ponto de partida deste «Catecismo de doutrina social católica». Naturalmente, como aconteceu para o Catecismo da Igreja Católica, também este se limitaria a formular os princípios gerais, deixando a sucessivos desenvolvimentos aplicativos o tratamento dos problemas ligados com as diversas situações locais» (n. 54). Não é inútil para uma profícua meditação comunitária recordar que João Paulo II delineava este projeto dentro de uma reflexão global intitulada «Caminho para a solidariedade»: a solidariedade, fruto da comunhão; a doutrina social da Igreja, expressão das exigências da conversão (neste ponto o Papa propunha o Compêndio); globalização da solidariedade; pecados sociais que bradam aos céus («o comércio de drogas, a lavagem de dinheiros ilícitos, a corrupção em todos os ambientes, o terror da violência, a corrida ao armamento, a descriminação racial, as desigualdades entre grupos sociais, a irracional destruição da natureza» — n. 56); o fundamento último dos direitos humanos; o amor preferencial pelos pobres e marginalizados; a dívida externa; a luta contra a corrupção; o problema das drogas; a corrida ao armamento; a cultura de morte e a sociedade dominada pelos potentes; os povos indígenas e os americanos de origem africana; a problemática dos imigrantes (cap. V).


[2][2] JOÃO PAULO II, Exort. Ap. Christifidelis laici, n. 15.


[3][3] Cfr. JOÃO PAULO II, Lett. Enc. Sollicitudo rei socialis, n. 41. Da íntima conexão entre doutrina social e missão da Igreja trata precisamente uma famosa passagem da «Centesimus annus». No parágrafo 54 da encíclica, João Paulo II afirmava que «a doutrina social tem por si só o valor de um instrumento de evangelização: enquanto tal, anuncia Deus e o mistério de salvação em Cristo a todo o homem e, pela mesma razão, revela o homem a si mesmo. A esta luz, e só a esta luz, se ocupa do resto». À doutrina social interessa o projeto de Deus sobre o homem: ocupando-se do trabalho, economia, política, paz, fá-lo do ponto de vista do anúncio cristão da salvação.


CNBB
19/03/2006 20:16
 
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La doctrina del purgatorio fue proclamada como un dogma de la fé por el concilio de Florencia



No hay una sola palabra en la Biblia que enseñe lo del purgatorio. La sangre de Jesucristo nos limpia de todo pecado. (I Juan 1:7-9; 2:1-2; Juan 5:24; Rom. 8).

Refutación y Argumentos Católicos

"Lo que ocurre es que en el Dial 4,39.57; Ep 2321 san Gregorio Magno demuestra la existencia del fuego purificador con Mt 12,32 como base: "A cualquiera que dijere alguna palabra contra el Hijo del Hombre, le será perdonado; pero al que hable contra el Espíritu Santo, no le será perdonado, ni en este siglo ni en el venidero" [cf Altaner, Patrologia (Asís 1997) p 503]. El error del mito es que como san Gregorio muestra esta realidad, se le acusa de invetarla. Como es lógico, la base no es Gregorio, sino la Escritura".

Por lo tanto, sería bueno que los autores de esta mitología se aclararan sobre la fecha de la proclamación del dogma., ya que el II concilio de Lyón (1274) afirma que los que murieron en la caridad de Dios "con verdadero arrepentimiento de sus pecados, antes de haber satisfecho por ellos con verdaderos frutos de penitencia», son purificados después de la muerte con «penas purgatorias». Dicho concilio afirma también la validez de los sufragios (Profesión de fe de Miguel Paleólogo: DS 856). En cuanto al concilio de Florencia (1439) lo que este concilio hace es recoger los mismos principios en el Decreto para los griegos (DS 1304). El concilio de Trento
(1536) confirmará la doctrina sobre el purgatorio (DS 1820) contra los reformadores, sobre todo Lutero, que excluía toda posibilidad de purificación personal, basándose en que con ello se negaba la eficacia universal expiatoria de la muerte de Cristo. Por lo tanto, nos encontramos ante una tradición protestante más.

No ha de olvidarse que el dato más importante de los primeros siglos (I-IV) es la práctica de los sufragios, como se deduce de las inscripciones funerarias, las actas de los mártires, etc. de la Iglesia antigua.

Por otro lado, los contextos de las citas que coloca el enunciado del mito, ¿contraponen la sangre de Cristo a la purificación del purgatorio? Es decir, si la Biblia, según los protestantes con Lutero a la cabeza no enseña una sola palabra sobre el purgatorio,
¿cómo es que ponen esas citas que no dicen nada sobre el rechazo de una doctrina de la que la Biblia no habla?

Sin embargo, la Biblia sí habla, y mucho, sobre el purgatorio. Otra cosa es que no se emplee el término "purgatorio"; pueden llamarlo como quieran si el nombre lo les gusta. La enseñanza de la palabra de Dios y de la Iglesia en consonancia con ella, es clara. De lo contrario, ¿cómo es que los protestantes aceptan la doctrina del pecado original? ¿En qué parte de la Escritura aparece el término "pecado original" y cómo es que lo aceptan? De lo que sí no dice una palabra la Escritura es del principio protestante de la sola Escritura.

Las reflexiones que siguen hacen ver que la Biblia sí habla del purgatorio.

Los protestantes suelen acusarnos de que el purgatorio no figura en la Biblia, de que a su decir para la Iglesia católica no consiste sino en una "teología de segunda oportunidad" (o categoría) y un rechazo de la suficiencia del sacrificio propiciatorio de Cristo. Si hemos de sufrir para que nuestros pecados queden completamente purgados, bien puede deducirse que el sacrificio de Cristo no es suficiente".

Cabe decir ante todo que hay muchos malentendidos en lo que revela la Biblia y lo que enseña la Iglesia católica

[1].La Iglesia católica no niega que el sacrificio de Cristo sea suficiente:

La justificación nos fue merecida por la pasión de Cristo, que se ofreció en la cruz como hostia viva, santa y agradable a Dios y cuya sangre vino a ser instrumento de propiciación por los pecados de todos los hombres (NCIC 1992).

Cristo es la expiación por nuestros pecados y no sólo por los nuestros sino por los del mundo entero (1Jn 2,2). Además, en ningún documento de la Iglesia aparece "teología ninguna de una segunda oportunidad", pues cuando morimos queda sellado el tiempo de merecer: o estamos en gracia, de suerte que vamos al cielo o no lo estamos, de suerte que vamos al infierno:

"Los que mueren en la gracia y en la amistad de Dios, pero imperfectamente purificados, aunque están seguros de su eterna salvación, sufren después de su muerte una purificación, a fin de obtener la santidad necesaria para entrar en la alegría del cielo" (NCIC 1030).

El mismo catecismo explica:

"Salvo que elijamos libremente amarle, no podemos estar unidos con Dios. Pero no podemos amar a Dios si pecamos gravemente contra Él, contra nuestro prójimo o contra nosotros mismos: "Quien no ama permanece en la muerte. Todo el que aborrece a su hermano es un asesino; y sabéis que ningún asesino tiene vida eterna permanente en él" (1 Jn 3, 15). Nuestro Señor nos advierte que estaremos separados de El si omitimos socorrer a las necesidades graves de los pobres y de los pequeños que son sus hermanos (cf. Mt 25, 31-46). Morir en pecado mortal sin estar arrepentido ni acoger el amor misericordioso de Dios, significa permanecer separados de Él para siempre por nuestra propia y libre elección. Este estado de autoexclusión definitiva de la comunión con Dios y con los bienaventurados es lo que se designa con la palabra ´infierno´".

[2] Esto aclara que no se trata de una teología de "segunda oportunidad"; con todo, los protestantes suelen argüir preguntando en qué parte de la Escritura el cristiano ha de "purgarse de su pecado o imperfecciones".

La Escritura sí habla sobre el concepto y la realidad del purgatorio. El término "purgatorio" no aparece en la Biblia, pero eso no es ningún requisito para la doctrina cristiana: es como decir que como en la Biblia no se dice que Cristo tuviera orejas, de hecho no las tuvo, o que como Pablo no habla de Belén, Cristo no nació ahí. No aparece la palabra Trinidad y todos creemos en ella.

En 2Mac 12,39-46 se dice que "Judas Macabeo y su ejército fueron a recoger los cadáveres de los que habían caído y depositarlos con sus parientes en los sepulcros de sus padres. Entonces encontraron bajo las túnicas de cada uno de los muertos objetos consagrados a los ídolos de Yamnia, que la Ley prohíbe a los judíos. Fue entonces evidente para todos por qué motivo habían sucumbido aquellos hombres. Bendijeron, pues, todos las obras del Señor, juez justo, que manifiesta las cosas ocultas, y pasaron a la súplica, rogando que quedara completamente borrado el pecado cometido. El valeroso Judas recomendó a la multitud que se mantuvieran limpios de pecado, a la vista de lo sucedido por el pecado de los que habían sucumbido. Después de haber reunido entre sus hombres cerca de 2.000 dracmas, las mandó a Jerusalén para ofrecer un sacrificio por el pecado, obrando muy hermosa y noblemente, pensando en la resurrección. Pues de no esperar que los soldados caídos resucitarían, habría sido superfluo y necio rogar por los

Ahora bien, para los hermanos separados estamos ante una obra "apócrifa", sólo que para los católicos es deuterocanónica. Hay dos puntos que tener en cuenta, lo que aquí está en juego no es la canocidad de Macabeos: es innegable que Macabeos 1 y 2 nos proporcionan una información crucial sobre la fe y práctica de los judíos poco antes del tiempo de Cristo. El hecho es innegable: los judíos creían en la oración por los pecados de los muertos y de los vivos para que se les perdonaran los pecados". Segundo, en toda la Biblia no aparece el tema de que Dios creara las cosas de la nada, y es precisamente 2Macabeos el que nos habla de ello: se crea canónico o no, refleja en qué creían los judíos poco antes de los tiempos de Cristo. Católicos y protestantes aceptan que Dios creó las cosas de la nada: "Te ruego, hijo, que mires al cielo y a la tierra y, al ver todo lo que hay en ellos, sepas que a partir de la nada lo hizo Dios y que también el género humano ha llegado así a la existencia" (2Macabeos 7,28).

Esa es la fe con que fueron educados Cristo y los apóstoles, y en este contexto ha de leerse lo que Cristo dice en el Nuevo Testamento: "Y a cualquiera que diga una palabra contra el Hijo del Hombre, se le perdonará; pero al que hable contra el Espíritu Santo, no se le perdonará ni en este siglo ni en el venidero" (Mt 12,32).
La afirmación de Cristo supone que hay almenos algunos pecados que se pueden perdonar en la otra vida. Si Jesús hubiera querido condenar esta enseñanza, lo habría hecho; en cambio no la modifica, sino que la respeta.

Se podría objetar también que el libro de los macabeos no habla del purgatorio de los católicos porque los personajes de quienes se habla, habrían sido castigados por su idolatría. Es un pecado mortal según la enseñanza católica, y por ese motivo, el lugar para ese pecado no es el purgatorio, sino el infierno.

Primeramente, el pecado de tales hombres era llevar pequeños amulteos para ir a la batalla. Podría parecer similar a cualquier cristiano que lleva una pata de conejo, o a un jugador de fútbol que realiza algunas supersticiones cuando anota un gol, va a tirar un pénalty, o un tiro de esquina. Eso era probablemente un pecado venial para tales hombres. Mas aun en el caso de que fuera un pecado grave, creemos que hemos de rezar siempre por las almas que han muerto, ya que sólo Dios conoce los corazones de los hombres (2Crónicas 6,30). Sólo Él conoce el grado de culpabilidad de estos pecadores. Algunos pudieron haberse arrepentido antes de morir. Como cristianos, siempre esperamos y siempre oramos. Pero más importante aún es que el texto de Macabeos indica que los judíos creían en un estado en que se encuentran algunos pecadores hasta que se expíen sus pecados.


[3] En Mt 5,24-25 Jesús es más explícito sobre el purgatorio. No se ha de olvidar que Cristo pronunció estas palabras durante el Sermón de la montaña.

Es el sermón en el que nos habló del cielo (v 20), infierno (v 29-30), pecados mortales (v 22) y veniales (v 19). Todo esto indica que el Reino de los cielos es la meta definitiva (vv 3-12). Precisamente en medio de este discurso, Cristo dijo: "ponte enseguida a buenas con tu adversario mientras vas con él por el camino; no sea que tu adversario te entregue al juez y el juez al guardia, y te metan en la cárcel. Yo te aseguro: no saldrás de allí hasta que no hayas pagado el último céntimo". Notemos que esta cárcel es un lugar de castigo, donde la reparación se hace por las ofensas cometidas.

Se podría objetar ahora que en los evangelios no hay distinción entre pecados mortales y veniales, y que Cristo no habla de una prisión espiritual después de la muerte sino de una cárcel física antes de la muerte. ¿No nos estará enseñando sólo a vivir sabiamente en esta vida? ¿Acaso no nos aconseja más bien que nos reconciliemos con nuestros enemigos ahora, para que no paguemos las consecuencias de la cárcel luego?

Bien, Cristo es bastante claro en cuanto al tema del pecado mortal y venial. En Mt 5,19 dice el que traspase uno de estos mandamientos más pequeños y así lo enseñe a los hombres, será el más pequeño en el Reino de los Cielos; en cambio, el que los observe y los enseñe, ése será grande en el Reino de los Cielos". Éstos son los pecados veniales. Una persona puede no observarlos y enseña a los demás a hacer así, e ir de todos modos al cielo. Pero en el v 22 dice que todo el que llame a otro "renegado" será reo de la gehenna de fuego". Y en los vv 29-30 Jesús nos advierte contra contra el quebrantamiento del 9º Mandamiento. ¿Por qué? Porque todo el que lo quebrante será arrojado al infierno. No se pueden buscar mejores definiciones para los pecados mortal y venial.

En cuanto a que "cárcel" se refiere a esta vida, ¿qué decir del contexto? Mt 5 versa de la eternidad. Cristo dice que si no amamos a los enemigos, ¿qué recompensa tendremos (v 46)? Luego, conforme continúa el sermón, aclara muy bien que tales recompensas no son de este mundo. Son tesoros en el cielo (6,19) y "recompensas de vuestro Padre que está en el cielo" (6,1). Asimismo, san Juan 20,31 señala que su evangelio se ha escrito para que creyendo "tengamos vida eterna". Ello sugiere que la Escritura ha de verse en el contexto de la total realización en el mundo futuro. Nuestra vida presente es "puro vapor, que hoy aparece y que mañana se marchita" (Santiago 1,17). Así pues, cabe preguntarse por qué han de descubrirse principios eternos en las palabras de Cristo durante el sermón de la montaña menos en este caso.

El contexto es obvio. Jesús está hablando de cosas espirituales, recurriendo a un ejemplo conocido en su tiempo sobre la cárcel, a fin de relacionarlo con una realidad espiritual más profunda. Las parábolas son sus ejemplos más notorios. La "cárcel" es una imgen que resultaba familiar a los oyentes de Cristo sobre la verdad del purgatorio como "estado" (lugar) de castigo tanto temporal como de reparación.

Se podría decir que Jesús se refería al infierno y no al purgatorio, y que la expresión "no saldrás de allí hasta que hayas pagado hasta el último céntimo" indicaría que de hecho no se puede salir de ahí, pues el precio por el pecado es impagable.

Sin embargo, no es eso lo que el texto dice: la imagen de Cristo se refiere a un castigo temporal y no eterno y como expiación para un pueblo que creía firmemente en este concepto [cf Pr 6,30-31: "No se desprecia al ladrón si roba para saciarse cuando tiene hambre; mas cuando es sorprendido, paga siete veces; tiene que dar todos los bienes de su casa"]. En tal caso, se ha de decir que Jesús no era un buen maestro, ya que recurre a dicho ejemplo no para hablar del purgatorio sino del infierno eterno. No dice, de hecho que se trata de un castigo "eterno". Cuando Cristo habla del infierno, se sabe perfectamente que habla del infierno. Así, la mayoría de lo que se sabe del fuego del infierno, se debe a que salió de los labios de Cristo. Y es bastante explícito cuando dice que es "eterno" (cf Mt 5,24-25). El término griego para prisión "phylake" es la misma que emplea 1Pe 3,19 para describir el sitio al que descendió Jesús tras su muerte para liberar a los espíritus creyentes del AT que lo estaban aguardando. Es

[4] Asimismo, 1Cor 3,11-15 es uno de los pasajes más claros para hablar del purgatorio:

"Pues nadie puede poner otro cimiento que el ya puesto, Jesucristo. Y si uno construye sobre este cimiento con oro, plata, piedras preciosas, madera, heno, paja, la obra de cada cual quedará al descubierto; la manifestará el Día, que ha de revelarse por el fuego. Y la calidad de la obra de cada cual, la probará el fuego".
Se podría objetar que este texto no habla del purgatorio, sino del juicio final... No hay duda que el texto habla del juicio; sin embargo, se aplica tanto al juicio particular como al final. Ambos son juicios, y este texto enseña algo sobre la naturaleza de ambos. Dejando de lado a qué tipo de juicio se hace referencia, no puede negarse que se habla claramente de un momento de juicio después de la muerte. El texto dice que la calidad de la obra de cada cual la probará el fuego. El fuego en la Escritura se emplea de modo figurado para dos realidades: es agente purificador (Mt 3,11; Mc 9,49) y es agente abrasador (Mt 3,12; 2Tes 1,7-8). Es pues un símbolo conveniente para el juicio de Dios. Algunas de estas obras son quemadas y otras son purificadas según sea su cualidad. Es pues un estado en que se purifica o limpia. No puede ser el cielo, ya que hay imperfecciones que necesitan quemarse (Ap 21,27; Hab 1,13). No es el infierno, ya que en el cielo están los salvados. Es pues un juicio "purificador" que los cató

[5] ¿En 1Cor 3,11-15 se habla de purgar los pecados, pues sólo se habla de probar la obra por el fuego?

Parecería, en efecto, que el meollo del asunto es la recompensa para los creyentes por su servicio y no cómo su alma es purificada del pecado. Aquí los creyentes ven cómo sus obras son probadas por el fuego.

Sin embargo, los pecados son obras malas o imperfecciones: si estas obras no fueran pecados o imperfecciones, ¿por qué necesitan purificarse (Cf Mt 7,23; Jn 8,40; Gal 5,19-21. En segundo lugar, es imposible que una obra sea purificada fuera de la persona que la ha realizado: el obrar depende siempre del ser humano que es el sujeto de tal operación. Quien mata es un asesino... ¿Es que hay obras que flotan por ahí, separadas de la persona que las realiza? La idea de las obras separadas de las personas no tiene sentido, y contradice también el texto: el texto dice que las obras serán probadas por el fuego, pero si la obra sobrevive... él recibirá recompensa. Si la obra es quemada, él sufrirá una pérdida. Obviamente esto no es la salvación, sino sufrimiento real y experimenta una pérdida real, ya que no se puede separar el obrar humano del hombre. Finalmente, los creyentes no ven que sus obras se quemen y escapen del fuego. El texto en el v 15dice "se salvarán como por el fuego" (hôs dia pyrós). Esta es la defin

La Iglesia llama Purgatorio a esta purificación final de los elegidos que es completamente distinta del castigo de los condenados. La Iglesia ha formulado la doctrina de la fe relativa al Purgatorio sobre todo en los Concilios de Florencia (cf. DS 1304) y de Trento (cf. DS 1820: 1580). La tradición de la Iglesia, haciendo referencia a ciertos textos de la Escritura (por ejemplo 1 Co 3, 15; 1 P 1, 7), habla de un fuego purificador: Respecto a ciertas faltas ligeras, es necesario creer que, antes del juicio, existe un fuego purificador, según lo que afirma Aquel que es la Verdad, al decir que si alguno ha pronunciado una blasfemia contra el Espíritu Santo, esto no le será perdonado ni en este siglo, ni en el futuro (Mt 12, 31). En esta frase podemos entender que algunas faltas pueden ser perdonadas en este siglo, pero otras en el siglo futuro (San Gregorio Magno, dial. 4, 39) [NCIC 1031].

Según 1Cor 3, tanto las obras del creyente como el creyente pasarán por el fuego purificador descrito por san Pablo, a fin de poder ser salvo, purificado y preparado para estar en presencia de Dios. Por lo tanto, las obras purificadas no se han de separar del que las realiza y contradice al texto el decir que sólo las obras son las que se purifican.
[Readaptado y del artículo de Tim Staples, revista Envoy No, 7.1.].

Encíclopedia Católica
23/03/2006 08:44
 
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Ad Diem Illud Laetissimum
Encíclica sobre la Devoción a la Santísima Virgen María. Papa Pío X. Febrero de 1904.


Ad Diem Illud Laetissimum

Venerables hermanos: Salud y bendición apostólica.

Recuerdo de la declaración del dogma de la Inmaculada Concepción.

El paso del tiempo, en el transcurso de unos meses, nos llevará a aquel día venturosísimo en el que, hace cincuenta años, Nuestro antecesor Pío IX, pontífice de santísima memoria, ceñido con una numerosísima corona de padres purpurados y obispos consagrados, con la autoridad del magisterio infalible, proclamó y promulgó como cosa revelada por Dios que la bienaventurada Virgen María estuvo inmune de toda mancha de pecado original desde el primer instante de su concepción. Nadie ignora con qué espíritu, con qué muestras de alegría y de agradecimiento públicos acogieron aquella promulgación los fieles de todo el mundo; verdaderamente nadie recuerda una adhesión semejante tanto a la augusta Madre de Dios como al Vicario de Jesucristo o que tuviera eco tan amplio o que haya sido recibida con unanimidad tan absoluta.
Demostraciones de piedad mariana.

Y ahora, Venerables Hermanos, después de transcurrido medio siglo, la renovación del recuerdo de la Virgen Inmaculada, necesariamente hace que resuene en nuestras almas el eco de aquella alegría santa y que se repitan aquellos espectáculos famosos de antaño, expresiones de fe y de amor a la augusta Madre de Dios. Nos impulsa con ardor a alentar todo esto la piedad con la que Nos, durante toda nuestra vida, hemos tratado a la Santísima Virgen, por la gracia extraordinaria de su protección; esperamos con toda seguridad que así será, por el deseo de todos los católicos, que siempre están dispuestos a manifestar una y otra vez a la gran Madre de Dios sus testimonios de amor y de honra. Además tenemos que decir que este deseo Nuestro surge sobre todo de que, por una especie de moción oculta, Nos parece apreciar que están a punto de cumplirse aquellas esperanzas que impulsaron prudentemente a Nuestro antecesor Pío ya todos los obispos del mundo a proclamar solemnemente la concepción inmaculada de la Madre de Dios.

La Virgen nos ayuda siempre.

No son pocos los que se quejan de que hasta el día de hoy esas esperanzas no se han colmado y utilizan las palabras de Jeremías: Esperábamos la paz y no hubo bien alguno: el tiempo del consuelo y he aquí el temor [1]. Pero, ¿quién podría no entrañarse de esta clase de poca fe por parte de quienes no miran por dentro o desde la perspectiva de la verdad las obras de Dios?

Pues, ¿quién sería capaz de llevar la cuenta del número de los regalos ocultos de gracia que Dios ha volcado durante este tiempo sobre la Iglesia, por la intervención conciliadora de la Virgen? y si hay quienes pasan esto por alto, ¿qué decir del Concilio Vaticano, celebrado en momento tan acertado?; ¿qué del magisterio infalible de los Pontífices proclamado tan oportunamente, contra los errores que surjan en el futuro?; ¿qué, en fin, de la nueva e inaudita oleada de piedad que ya desde hace tiempo hace venir hasta el Vicario de Cristo, para hacerlo objeto de su piedad, a toda clase de fieles desde todas las latitudes? ¿Acaso no es de admirar la prudencia divina con que cada uno de Nuestros dos predecesores, Pío y León, sacaron adelante con gran santidad a la Iglesia en un tiempo lleno de tribulaciones, en un pontificado como nadie había tenido? Además, apenas Pío había proclamado que debía creerse con fe católica que María, desde su origen había desconocido el pecado, cuando en la ciudad de Lourdes comenzaron a tener lugar las maravillosas apariciones de la Virgen; a raíz de ellas, allí edificó en honor de María Inmaculada un grande y magnífico santuario; todos los prodigios que cada día se realizan allí, por la oración de la Madre de Dios, son argumentos contundentes para combatir la incredulidad de los hombres de hoy.

Testigos de tantos y tan grandes beneficios como Dios, mediante la imploración benigna de la Virgen, nos ha conferido en el transcurso de estos cincuenta años, ¿cómo no vamos a tener la esperanza de que nuestra salvación está más cercana que cuando creímos?; quizá más, porque por experiencia sabemos que es propio de la divina Providencia no distanciar demasiado los males peores de la liberación de los mismos. Está a punto de llegar su hora, y sus días no se harán esperar. Pues el Señor se compadecerá de Jacob escogerá todavía a Israel [2]; para que la esperanza se siga manteniendo, dentro de poco clamaremos: Trituró el Señor el báculo de los impíos. Se apaciguó y enmudeció toda la tierra, se alegró y exultó [3].

María es el camino más seguro hacia Jesús

La razón por la que el quincuagésimo aniversario de la proclamación de la inmaculada concepción de la Madre de Dios debe provocar un singular fervor en el pueblo cristiano, radica para Nos sobre todo en lo que ya Nos propusimos en la anterior carta encíclica: instaurar todas las cosas en Cristo. Pues ¿quién no ha experimentado que no hay un camino más seguro y más expedito para unir a todos con Cristo que el que pasa a través de María, y que por ese camino podemos lograr la perfecta adopción de hijos, hasta llegar a ser santos e inmaculados en la presencia de Dios? En efecto, si verdaderamente a María le fue dicho: Bienaventurada tú que has creído, porque se cumplirá todo lo que el Señor te ha dicho [4], de manera que verdaderamente concibió y parió al Hijo de Dios; si realmente recibió en su vientre a aquel que es la Verdad por naturaleza, de manera que engendrado en un nuevo orden, con un nuevo nacimiento se hizo invisible en sus categorías, visible en las nuestras [5]; puesto que el Hijo de Dios hecho hombre es autor y consumador de nuestra fe, es de todo punto necesario reconocer como partícipe y como guardiana de los divinos misterios a su Santísima Madre en la cual, como el fundamento más noble después de Cristo, se apoya el edificio de la fe de todos los siglos.

¿Es que acaso no habría podido Dios proporcionarnos al restaurador del género humano y al fundador de la fe por otro camino distinto de la Virgen? Sin embargo, puesto que pareció a la divina providencia oportuno que recibiéramos al Dios-Hombre a través de María, que lo engendró en su vientre fecundada por el Espíritu Santo, a nosotros no nos resta sino recibir a Cristo de manos de María. De ahí que claramente en las Sagradas Escrituras; cuantas veces se nos anuncia la gracia futura, se une al Salvador del mundo su Santísima Madre. Surgirá el cordero dominador de la tierra, pero de la piedra del desierto; surgirá una flor, pero de la raíz de Jesé. Adán atisbaba a María aplastando la cabeza de la serpiente y contuvo las lágrimas que le provocaba la maldición. En ella pensó Noé, recluido en el arca acogedora; Abraham cuando se le impidió la muerte de su hijo; Jacob cuando veía la escala y los ángeles que subían y bajaban por ella; Moisés admirado por la zarza que ardía y no se consumía; David cuando danzaba y cantaba mientras conducía el arca de Dios; Elías mientras miraba a la nubecilla que subía del mar. Por último -¿y para qué más?- encontramos en María, después de Cristo, el cumplimiento de la ley y la realización de los símbolos y de las profecías.

Pero nadie dudará que a través de la Virgen, y por ella en grado sumo, se nos da un camino para conocer a Cristo, simplemente con pensar que ella fue la única con la que Jesús, como conviene a un hijo con su madre, estuvo unido durante treinta años por una relación familiar y un trato íntimo. Los admirables misterios del nacimiento y la infancia de Cristo, y, sobre todo, el de la asunción de la naturaleza humana que es el inicio y el fundamento de la fe ¿a quién le fueron más patentes que a la Madre? La cual ciertamente, no sólo conservaba ponderándolos en su corazón los sucesos de Belén y los de Jerusalén en el templo del Señor, sino que, participando de las decisiones y los misteriosos designios de Cristo, debe decirse que vivió la misma vida que su Hijo. Así pues, nadie conoció a Cristo tan profundamente como Ella; nadie más apta que ella como guía y maestra para conocer a Cristo.

De aquí que, como ya hemos apuntado, nadie sea más eficaz para unir a los hombres con Cristo que esta Virgen. Pues si, según la palabra de Cristo, esta es la vida eterna: que te conozcan a ti, solo Dios verdadero y al que tú enviaste, Jesucristo [6], una vez recibida por medio de María la noticia salvadora de Cristo, por María también logramos más fácilmente aquella vida cuya fuente e inicio es Cristo.

María Santísima es Madre nuestra

¡Cuántos dones excelsos y por cuántos motivos desea esta santísima Madre proporcionárnoslos, con tal que tengamos una pequeña esperanza, y cuán grandes logros seguirán a nuestra esperanza!

¿No es María Madre de Cristo? Por tanto, también es madre nuestra. Pues cada uno debe estar convencido de que Jesús, el Verbo que se hizo carne, es también el salvador del género humano. y en cuanto Dios-Hombre, fue dotado, como todos los hombres, de un cuerpo concreto; en cuanto restaurador de nuestro linaje, tiene un cuerpo espiritual, al que se llama místico, que es la sociedad de quienes creen en Cristo. Siendo muchos, somos un solo cuerpo en Cristo [7]. Por consiguiente, la Virgen no concibió tan sólo al Hijo de Dios para que se hiciera hombre tomando de ella la naturaleza humana, sino también para que, a través de la naturaleza tomada de ella, se convirtiera en salvador de los mortales. Por eso el Ángel dijo a los pastores: Os ha nacido hoy el Salvador, que es el Señor Cristo [8]. Por tanto en ese uno y mismo seno de su castísima Madre Cristo tomó carne y al mismo tiempo unió a esa carne su cuerpo espiritual compuesto efectivamente por todos aquellos que habían de creer en El. De manera que cuando María tenía en su vientre al Salvador puede decirse que gestaba también a todos aquellos cuya vida estaba contenida en la vida del Salvador. Así pues, todos cuantos estamos unidos con Cristo y los que, como dice el Apóstol, somos miembros de su cuerpo, partícipes de su carne y de sus huesos [9], hemos salido del vientre de María, como partes del cuerpo que permanece unido a la cabeza. De donde, de un modo ciertamente espiritual y místico, también nosotros nos llamamos hijos de María y ella es la madre de todos nosotros. Madre en espíritu... pero evidentemente madre de los miembros de Cristo que somos nosotros [10]. En efecto, si la bienaventurada Virgen es al mismo tiempo Madre de Dios y de los hombres ¿quién es capaz de dudar de que ella procurará con todas sus fuerzas que Cristo, cabeza del cuerpo de la Iglesia [11], infunda en nosotros, sus miembros, todos sus dones, y en primer lugar que le conozcamos y que vivamos por él? [12]

María, corredentora

A todo esto hay que añadir, en alabanzas de la santísima Madre de Dios, no solamente el haber proporcionado, al Dios Unigénito que iba a nacer con miembros humanos, la materia de su carne [13] con la que se lograría una hostia admirable para la salvación de los hombres; sino también el papel de custodiar y alimentar esa hostia e incluso, en el momento oportuno, colocarla ante el ara. De ahí que nunca son separables el tenor de la vida y de los trabajos de la Madre y del Hijo, de manera que igualmente recaen en uno y otro las palabras del Profeta [14] : mi vida transcurrió en dolor y entre gemidos mis años. Efectivamente cuando llegó .la última hora del Hijo, estaba en pie junto a la cruz de Jesús, su Madre, no limitándose a contemplar el cruel espectáculo, sino gozándose de que su Unigénito se inmolara para la salvación del género humano, y tanto se compadeció que, si hubiera sido posible, ella misma habría soportado gustosísima todos .los tormentos que padeció su Hijo [15].
Y por esta comunión de voluntad y de dolores entre María y Cristo, ella mereció convertirse con toda dignidad en reparadora del orbe perdido [16], y por tanto en dispensadora de todos los bienes que Jesús nos ganó con su muerte y con su sangre.

Cierto que no queremos negar que la erogación de estos bienes corresponde por exclusivo y propio derecho a Cristo; puesto que se nos han originado a partir de su muerte y El por su propio poder es el mediador entre Dios y los hombres. Sin embargo, por esa comunión, de la que ya hemos hablado, de dolores y bienes de la Madre con el Hijo, se le ha concedido a la Virgen augusta ser poderosísima mediadora y conciliadora de todo el orbe de la tierra ante su Hijo Unigénito [17]. Así pues, la fuente es Cristo y de su plenitud todos hemos recibido [18]; por quien el cuerpo, trabado y unido por todos los ligamentos que lo nutren... va obrando su crecimiento en orden a su conformación en la caridad [19] . A su vez María, como señala Bernardo, es el acueducto [20]; o también el cuello, a través del cual el cuerpo se une con la cabeza y la cabeza envía al cuerpo la fuerza y las ideas. Pues ella es el cuello de nuestra Cabeza, a través del cual se transmiten a su cuerpo místico todos los dones espirituales [21]. Así pues es evidente que lejos de nosotros está el atribuir ala Madre de Dios el poder de producir eficazmente la gracia sobrenatural, que es exclusivamente de Dios. Ella, sin embargo, al aventajar a todos en santidad y en unión con Cristo y al ser llamada por Cristo a la obra de la salvación de los hombres, nos merece de congruo, como se dice, lo que Cristo mereció de condigno y es Ella ministro principal en la concesión de gracias. Cristo está sentado a la derecha de la majestad en los cielos [22]; María a su vez está como reina a su derecha, refugio segurísimo de todos los que están en peligro y fidelísima auxiliadora, de modo que nada hay que temer y por nada desesperar con ella como guía, bajo su auspicio, con ella como propiciadora y protectora [23].

Con estos presupuestos, volvemos a nuestro propósito: ¿a quién le parecerá que no tenemos derecho a afirmar que María, que desde la casa de Nazaret hasta el lugar de la Calavera estuvo acompañando a Jesús, que conoció los secretos de su corazón como nadie y que administra los tesoros de sus méritos con derecho, por así decir, materno, es el mayor y el más seguro apoyo para conocer y amar a Cristo? Esto es comprobable por la dolorosa situación de quienes, engañados por el demonio o por doctrinas falsas, pretenden poder prescindir de la intercesión de la Virgen. ¡Desgraciados infelices! Traman prescindir de la Virgen para honrar a Cristo: e ignoran que no es posible encontrar al niño sino con María, su Madre.
La devoción a la Virgen nos tiene que acercar a la santidad.

Siendo esto así, Venerables Hermanos, queremos detener nuestra mirada en las solemnidades que se preparan en todas partes en honor de Santa María, Inmaculada desde su origen. y ciertamente ningún honor es más deseado por María, ninguno más agradable que el que nosotros conozcamos bien a Jesús y le amemos. Haya por tanto celebraciones de los fieles en los templos, haya aparato de fiestas, haya regocijos en las ciudades; todos estos medios contribuyen no poco a encender la piedad. Pero si a ellos no se une la voluntad interior, tendremos simplemente formas que no serán más que un simulacro de religión. y al verlas, la Virgen, como justa reprensión, empleará con nosotros las palabras de Cristo: Este pueblo me honra con los labios, pero su corazón está lejos de mí [24] .

En definitiva, es auténtica la piedad hacia la Madre de Dios cuando nace del alma; y en este punto no tiene valor ni utilidad alguna la acción corporal, si está separada de la actitud del espíritu. Actitud que necesariamente se refiere a la obediencia rendida a los mandamientos del Hijo divino de María. Pues si sólo es amor verdadero el que es capaz de unir las voluntades, es conveniente que nuestra voluntad y la de su santísima Madre se unan en el servicio a Cristo Señor. Lo que la Virgen prudentísima decía a los siervos en las bodas de Caná, eso mismo nos dice a nosotros: Haced lo que El os diga [25]. y lo que Cristo dice es: Si quieres entrar en la vida, guarda los mandamientos [26] .

Por eso, cada uno debe estar persuadido de que, si la piedad que declara hacia la Santísima Virgen no le aparta del pecado o no le estimula a la decisión de enmendar las malas costumbres, su piedad es artificial y falsa, por cuanto carece de su fruto propio y genuino.

Si alguno pareciera necesitar confirmación de todo esto, puede fácilmente encontrarla en el dogma de la Inmaculada Concepción de la Madre de Dios. Pues, dejando a un lado la tradición católica, que es fuente de verdad como la Sagrada Escritura, ¿de dónde surge la persuasión de que la Inmaculada Concepción de la Virgen estaba tan de acuerdo con el sentido cristiano que podía tenerse como depositada e innata en las almas de los fieles? Rechazamos -así explicó brillantemente Dionisio el Cartujano las causas de esta persuasión-, rechazamos creer que la mujer que había de pisar la cabeza de la serpiente, haya sido pisada por ella en algún momento y que la Madre del Señor haya sido hija del diablo [27]. Es evidente que no podía caber en la mente del pueblo cristiano que la carne de Cristo, santa, impoluta e inocente hubiera sido oscurecida en el vientre de la Virgen por una carne en la que, ni por un instante, hubiera estado introducido el pecado. Y esto ¿por qué, sino porque el pecado y Dios están separados por una oposición infinita? De ahí que con razón por todas partes los pueblos católicos han estado siempre persuadidos de que el Hijo de Dios, con vistas a que, asumiendo la naturaleza humana, nos iba a lavar de nuestros pecados con su sangre, por singular gracia y privilegio, preservó inmune a su Madre la Virgen de toda mancha de pecado original, ya desde el primer instante de su concepción. y Dios aborrece tanto cualquier pecado, que no sólo no consintió que la futura Madre de su Hijo experimentara ninguna mancha recibida por propia voluntad; sino que, por privilegio singularísimo, atendiendo a los méritos de Cristo, incluso la libró de la mancha con la que estamos marcados, como por una mala herencia, todos los hijos de Adán. ¿Quién puede dudar de que el primer deber que se propone a quien pretende obsequiar a María es la enmienda de sus costumbres viciosas y corrompidas, y el dominio de los deseos que impulsan a lo prohibido?

Imitar a María

Y, por otra parte, si uno quiere -nadie debe dejar de quererlo- que su piedad a la Virgen sea justa y consecuente, es necesario avanzar más y procurar con esfuerzo imitar su ejemplo.
Es ley divina que quienes desean lograr la eterna bienaventuranza experimenten en sí mismos, por imitación de Cristo, Su paciencia y Su santidad. Porque a los que de antes conoció, a esos los predestinó a ser conformes con la imagen de su Hijo, para que éste sea el primogénito entre muchos hermanos [28]. Pero puesto que nuestra debilidad es tal que fácilmente nos asustamos ante la grandeza de tan gran modelo, el poder providente de Dios nos ha propuesto otro modelo que, estando todo lo cercano a Cristo que permite la naturaleza humana, se adapta con más propiedad a nuestra limitación. Y ese modelo no es otro que la Madre de Dios. María fue tal -dice a este respecto San Ambrosio- que su vida es modelo para todos. De lo cual él mismo deduce correctamente: Así pues, sea para vosotros la vida de María como el modelo de la virginidad. En ella, como en un espejo, resplandece la imagen de la castidad y el modelo de la virtud [29].

La fe, la esperanza y la caridad de la Santísima Virgen

Y aunque es conveniente que los hijos no pasen por alto nada digno de alabanza de su santísima Madre sin imitarlo, deseamos que los fieles imiten sobre todas, aquellas virtudes Suyas que son las principales y como los nervios y las articulaciones de la sabiduría cristiana: nos referimos a la fe, a la esperanza y a la caridad con Dios y con los hombres. Aunque ningún instante de la vida de la Virgen careció del resplandor de estas virtudes, sin embargo sobresalieron en ese momento en que estuvo presente a la muerte de su Hijo.

Jesús es. conducido a la cruz y se le reprocha entre maldiciones que se ha hecho Hijo de Dios [30]. Pero ella reconoce y rinde culto constantemente en El a la divinidad. Deposita en el sepulcro al cuerpo muerto y sin embargo no duda de que resucitará. La caridad inconmovible con la que vibra respecto a Díos la convierte en partícipe y compañera de los padecimientos de Cristo. Y con él, como olvidada de su dolor, pide perdón para sus verdugos, aunque éstos obstinadamente exclaman: Caiga su sangre sobre nosotros y sobre nuestros hijos [31].
Mas, para que no parezca que hemos dejado el análisis de la concepción inmaculada de la Virgen, que es la razón de Nuestra carta, ¡qué gran ayuda y qué apropiada la de este dogma para mantener y cultivar fielmente estas mismas virtudes!

Nuestra fe

Efectivamente, ¿qué fundamentos a la fe ponen estos osados que esparcen tantos errores por doquier, con los que la fe misma queda vacilante en muchos? Niegan en primer lugar que el hombre haya caído en pecado y que en algún tiempo haya permanecido derrocado de su situación. De ahí que interpreten el pecado original y los males que de él surgieron como una ficción mentirosa; para ellos la humanidad está corrompida en su origen y toda la naturaleza humana está viciada; así es como se introdujo el mal entre los mortales y fue impuesta la necesidad de una reparación. Con estos presupuestos, es fácil imaginar que no hay ningún lugar para Cristo ni para la Iglesia ni para la gracia ni para ningún orden que trascienda a la naturaleza; con una sola palabra se desploma radicalmente todo el edificio de la fe.

Pero si las gentes creen y confiesan que la Virgen María, desde el primer momento de su concepción, estuvo inmune de todo pecado, entonces también es necesario que admitan el pecado original, la reparación de la humanidad por medio de Cristo, el evangelio, la Iglesia, en fin la misma ley de la reparación. Con todo ello desaparece y se corta de raíz cualquier tipo de racionalismo y de materialismo y se mantiene intacta la sabiduría cristiana en la custodia y defensa de la verdad.

A esto se añade la actividad común a todos los enemigos de la fe, sobre todo en este momento, para desarraigar más fácilmente la fe de las almas: rechazan, y proclaman que debe rechazarse, la obediencia reverente a la autoridad no sólo de la Iglesia sino de cualquier poder civil. De aquí surge el anarquismo: nada más funesto y más nocivo tanto para el orden natural como para el sobrenatural.

Por supuesto este azote, funestísimo tanto para la sociedad civil como para la cristiandad, también destruye el dogma de la Inmaculada Concepción de la Madre de Dios; porque con él nos obligamos a atribuir a la Iglesia tal poder que es necesario someterle no solamente la voluntad, sino también la inteligencia; así, por esta sujeción de la razón el pueblo cristiano canta a la Madre de Dios: Toda hermosa eres Marta y no hay en ti pecado original [32]. Y así se logra el que la Iglesia diga merecidamente a la Virgen soberana que ella sola hizo desaparecer todas las herejías del mundo universo.

Nuestra esperanza

Y si la fe, como dice el Apóstol, no es otra cosa que la garantía de lo que se espera [33], cualquiera comprenderá fácilmente que con la concepción inmaculada de la Virgen se confirma la fe y al mismo tiempo se alienta nuestra esperanza. y esto sobre todo porque la Virgen desconoció el pecado original, en virtud de que iba a ser Madre de Cristo; y fue Madre de Cristo para devolvernos la esperanza de los bienes eternos.

Nuestra caridad

Dejando aun lado ahora el amor a Dios, ¿quién, con la contemplación de la Virgen Inmaculada, no se siente movido a observar fielmente el precepto que Jesús hizo suyo por antonomasia: que nos amemos unos a otros como él nos amó?
Una señal grande, así describe el. apóstol Juan la visión que le fue enviada por Dios, una señal grande apareció en el cielo: una mujer vestida de sol, con la luna debajo de sus pies, y sobre la cabeza una corona de doce estrellas [34]. Nadie ignora que aquella mujer simbolizaba a la Virgen María que, sin dejar de serlo, dio a luz nuestra cabeza. y sigue el Apóstol: y estando encinta, gritaba con los dolores del parto y las ansias de parir [35] . Así pues, Juan vio a la Santísima Madre de Dios gozando ya de la eterna bienaventuranza y sin embargo con las ansias de un misterioso parto. ¿De qué parto? Sin duda del nuestro, porque nosotros, detenidos todavía en el destierro, tenemos que ser aún engendrados a la perfecta caridad de Dios y la felicidad eterna. Los trabajos de la parturienta indican interés y amor; con ellos la Virgen, desde su trono celestial, vigila y procura con su asidua oración que se engrose el número de los elegidos.

Deseamos ardientemente que todos cuantos se llaman cristianos se esfuercen por lograr esta misma caridad, sobre todo aprovechando de estas solemnes celebraciones de la inmaculada concepción de la Madre de Dios. ¡Con qué acritud, con qué violencia se combate a Cristo ya la santísima religión por El fundada! Se está poniendo a muchos en peligro de que se aparten de la fe, arrastrados por errores que les engañan: Así pues, quien piensa que se mantiene en pie, mire no caiga [36]. y al mismo tiempo pidan todos a Dios con ruegos y peticiones humildes que, por la intercesión de la Madre, vuelvan los que se han apartado de la verdad.

Sabemos por experiencia que tal oración, nacida de la caridad y apoyada por la imploración a la Virgen santa, nunca ha sido inútil. Ciertamente en ningún momento, ni siquiera en el futuro, se dejará de atacar a la Iglesia: pues es preciso que haya escisiones a fin de que se destaquen los de probada virtud entre vosotros [37] . Pero nunca dejará la Virgen en persona de asistir a nuestros problemas, por difíciles que sean, y de proseguir la lucha que comenzó a mantener ya desde su concepción, de manera que se pueda repetir cada día: Hoy ella ha pisado la cabeza de la serpiente antigua [38].

Concesión solemne del jubileo

Para que los bienes de las gracias celestiales, más abundantes que de ordinario, nos ayuden a unir la imitación de la santísima Virgen con los honores que le tributaremos con mayor generosidad a lo largo de todo este año; y para lograr así más fácilmente el propósito de instaurar todas las cosas en Cristo, siguiendo el ejemplo de nuestros Antecesores al comienzo de sus Pontificados, hemos decidido impartir al orbe católico una indulgencia extraordinaria, a modo de Jubileo.

Por lo cual, confiando en la misericordia de Dios omnipotente y en la autoridad de los Santos Apóstoles Pedro y Pablo, por la potestad de atar y desatar que a Nos, aunque indignos, nos ha conferido el Señor, concedemos e impartimos indulgencia plenísima de todos los pecados: a todos y cada uno de los fieles cristianos de uno y otro sexo que viven en esta Nuestra ciudad o vengan a ella y que visiten por tres veces una de las cuatro basílicas patriarcales desde el Primer Domingo de Cuaresma, es decir desde el día 21 de febrero hasta el día 2 de junio inclusive, solemnidad del Santísimo Corpus Christi, con tal que allí durante un rato dirijan su piadosa oración a Dios según nuestra mente por la libertad y exaltación de la Iglesia católica y de esta Sede Apostólica, por la extirpación de las herejías y la conversión de todos los equivocados, por la concordia de los Príncipes cristianos y por la paz y la unidad de todo el pueblo fiel; y que, por una vez, dentro del tiempo antedicho, ayunen, utilizando sólo los alimentos apropiados, fuera de los días no comprendidos en el indulto de la Cuaresma; y que una vez confesados sus pecados, reciban el santísimo sacramento de la Eucaristía. Lo mismo concedemos a todos los que viven en cualquier parte, fuera de la citada Urbe, y visiten por tres veces la Iglesia Catedral, si allí existe, la parroquial o, si falta la parroquial, la iglesia principal dentro del plazo antedicho o en el plazo de tres meses -aunque no sean seguidos- a designar por el criterio de los ordinarios teniendo en cuenta la comodidad de los fieles y siempre antes del ocho de diciembre, con tal de que cumplan con devoción los requisitos antes enumerados. Admitimos además que esta indulgencia, que debe lucrarse solamente una vez, pueda aplicarse a modo de sufragio y sea válida para las almas que unidas a Dios por la caridad salgan de esta vida.
Concedemos también que puedan conseguir la misma indulgencia los navegantes y los viajeros en cuanto lleguen a sus domicilios siempre que cumplan las obras arriba citadas.

Y damos potestad a los confesores aprobados de hecho por los propios Ordinarios para que puedan conmutar las antedichas obras por Nos prescritas por otras obras piadosas a los Regulares de uno y otro sexo y a todos aquellos otros que no puedan ponerlas en práctica, también con la facultad de dispensar de la comunión a los niños que todavía no hayan sido admitidos a recibirla.
Además concedemos a todos y cada uno de los fieles cristianos, tanto laicos como eclesiásticos seculares o regulares de cualquier orden o instituto, aunque deba ser nombrado de un modo especial, licencia y facultad para que a este efecto puedan escoger a cualquier presbítero tanto regular como secular de entre los aprobados de hecho (de esta facultad también pueden hacer uso de las monjas novicias y otras mujeres que vivan dentro del claustro, con tal que el confesor esté aprobado para las monjas) para que los pueda absolver -a todos aquellos o aquellas que en el infradicho espacio de tiempo se acerquen a confesarse con él con intención de conseguir el presente Jubileo y de cumplir con todas las demás obras necesarias para lucrarlo, por esa sola vez y en el fuero de la conciencia-, de las sentencias eclesiásticas o censuras a iure o ab homine, latae o ya infligidas por cualquier causa. También de las reservadas a los Ordinarios de los lugares y a Nos o a la Sede Apostólica y de las reservadas a cualquiera, también las reservadas de especial modo al Sumo Pontífice y a la Sede Apostólica y de todos los pecados y excesos, incluso los reservados a los mismos Ordinarios a Nos y a la Sede Apostólica, después de imponer una penitencia saludable y las demás medidas de derecho y, si se trata de una herejía, después de la abjuración y de la retractación de los errores, como es de derecho.

Asimismo podrá conmutar cualquier tipo de votos, incluso los hechos con juramento y reservados a la Sede Apostólica -excepto los de castidad, religión y obligación que haya sido aceptada por un tercero- por otras obras piadosas y saludables. y podrá del mismo modo dispensar, cuando se trate de penitentes constituidos en las órdenes sagradas, incluso regulares, de irregularidad oculta para el ejercicio de esas órdenes o para la consecución de órdenes superiores, solamente cuando esté contraída por violación de censuras.

No pretendemos por la presente dispensar de cualquier otra irregularidad por delito o por defecto, pública u oculta o de otra incapacidad o inhabilidad, cualquiera que haya sido el modo de contraerla; ni tampoco derogar la constitución y subsiguientes declaraciones publicadas por Benedicto XIV y que empieza: Sacramentum poenitentiae. Ni, por último, puede ni debe esta carta favorecer en modo alguno a aquellos que nominalmente por Nos y la Sede Apostólica o por algún Prelado, o por un Juez eclesiástico hayan sido excomulgados, suspendidos, declarados en entredicho o hayan caído en otras sentencias o censuras o hayan sido denunciados, a no ser que hayan satisfecho dentro del tiempo fijado y, cuando sea preciso, se hayan puesto de acuerdo con la otra parte.

A todo esto Nos es grato añadir que deseamos y concedemos que permanezca, también en este tiempo de Jubileo, íntegro para cualquiera el privilegio de lucrar todas las indulgencias, sin exceptuar las plenarias, que han sido concedidas por Nos o por Nuestros Antecesores.

Imploramos de nuevo la intercesión de la Virgen Inmaculada

Ponemos fin a esta carta, Venerables Hermanos, expresando de nuevo una gran esperanza, que efectivamente nos impulsa: ojalá por la concesión de este medio extraordinario del Jubileo, bajo los auspicios de la Virgen Inmaculada, muchos de los que desgraciadamente están separados de Jesucristo vuelvan a El, y florezca de nuevo en el pueblo cristiano el amor a las virtudes y el gusto por la piedad. Hace cincuenta años, cuando nuestro antecesor Pío declaró que la fe católica debía mantener que la bienaventurada Madre de Cristo había desconocido el pecado desde su origen, pareció, como ya hemos dicho, que una gran cantidad de gracias celestiales se derramó sobre la tierra. Y, una vez robustecida la esperanza en la Virgen Madre de Dios, por todas partes se produjo un gran acercamiento a la vieja religiosidad de las naciones. ¿Qué impide pues el que esperemos cosas más grandes para el futuro? Es claro que hemos llegado a un momento funesto, de modo que con razón podríamos quejarnos con las palabras del profeta: Porque no hay en la tierra verdad, ni misericordia ni conocimiento de Dios. Han inundado la tierra el perjurio, la mentira, el homicidio, el hurto y el adulterio [39]. Sin embargo, en medio de este diluvio de males, como un arco iris, se presenta a nuestros ojos la Virgen clementísima, como un árbitro para firmar la paz entre Dios y los hombres. Pondré un arco en las nubes para señal de mi pacto con la tierra [40] . Aunque se recrudezca la tempestad y la negra noche se enseñoree del cielo, nadie se desconcierte. A la vista de María, Dios se aplacará y perdonará. Estará el arco en las nubes y yo le veré y me acordaré de mi pacto eterno [41]. y no volverán más las aguas del diluvio a destruir toda la tierra [42]. Si, como es justo, confiamos en María, sobre todo ahora que vamos a celebrar con mayor interés su concepción inmaculada, entonces sentiremos también que ella es Virgen poderosísima que aplastó con pie virginal la cabeza de la serpiente [43].

Como prenda de estos bienes, Venerables Hermanos, con todo cariño impartimos en el Señor la bendición Apostólica a vosotros ya vuestros pueblos.


Dado en Roma junto a San Pedro, el día 2 de febrero de 1904, primer año de Nuestro Pontificado.


PÍO PAPA X.




30/03/2006 05:10
 
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La Santísima Trinidad
Por Pbro. Pablo Arce Gargollo
5.1 EL MISTERIO DE LA TRINIDAD DE PERSONAS EN LA UNIDAD DE DIOS
5. 1.1 El misterio

"Es necesario que el misterio del Hijo de Dios hecho hombre y el misterio de la Santísima Trinidad,que forman parte de las verdades principales de la Revelación, iluminen con la pureza de la verdad la vida de los cristianos- (S.C. para la Doctrina de la Fe, Decl. Para defender la fe contra algunos errores actuales acerca de los misterios de la Encarnación y de la Santísima Trinidad, 21-11-1972 AAS 64 [19721, pp. 237-246, n. 1).
El misterio de la Santísima Trinidad nos enseña que en Dios hay Tres personas: Padre, Hijo y Espíritu Santo; pero que las tres tienen una misma Naturaleza divina, y en consecuencia son un solo Dios. Este misterio es un dogma de fe definido: cfr. Dz. 39, 54, 86, 703, etc.
Las palabras "naturaleza" y "persona", no se toman aquí en el sentido corriente de los términos, sino de acuerdo con el lenguaje filosófico, que es más preciso. La naturaleza o esencia de los seres es aquello que hace que las cosas sean lo que son; el principio que las capacita para actuar como tal (por ejemplo, la naturaleza del hombre es ser animal racional compuesto de alma y cuerpo), La persona, en cambio, es el sujeto que actúa (por ejemplo un hombre concreto con un nombre: Pancho Tiznado Téllez, que actúa de acuerdo a su naturaleza: piensa, quiere, trabaja, etc.). Así es claro que en cada hombre hay una sola naturaleza y una sola persona. En Dios, en cambio, no ocurre así: una sola Naturaleza sustenta a una Trinidad de Personas.
5.1.2 Revelación del misterio.
En el Antiguo Testamento hay varias alusiones a este misterio; pero Dios no quiso enseñarlo de modo claro, quizá porque los judíos, propensos a la idolatría hubieran tomado por tres dioses a las tres Personas divinas.
En el Nuevo Testamento se nos enseña de manera precisa. Veamos dos textos en que se nombran las tres divinas personas:
El primero relata el bautismo de Cristo. El Padre dejó oír su voz desde el cielo: "Este es mi Hijo muy amado; escuchadle-. El Hijo era bautizado por San Juan. Y el Espíritu Santo descendió en forma de paloma (cfr. Mt. 3, 17).

El segundo nos muestra a Cristo cuando mandó a los Apóstoles a la conversión del mundo. "Id, les dijo, y enseñad a toda la gente, bautizándolos en el nombre del Padre, del Hijo y del Espíritu Santo" (Mt. 28, 19).


La fe católica es que veneremos a un solo Dios en la Trinidad y a la Trinidad en la unidad; sin confundir las personas ni separar la sustancia. Porque una es la persona del Padre, otra la del Hijo y otra la del Espíritu Santo; pero el Padre y el Hijo y el Espíritu Santo son una sola divinidad, les corresponde gloria igual y contorno majestad (Símbolo de S. Atanasio o Quicumque).
5.1.3 Errores
Los principales son de dos clases:
a) Unos, queriendo asegurar mejor la unidad de naturaleza de Dios, negaron la trinidad de Personas, afirmando que las tres divinas Personas eran tan sólo tres diversos modos de concebir a Dios. Entre éstos está Sabelio.

b) Otros, queriendo asegurar mejor la diferencia de personas, llegaron a negarla igualdad de Naturaleza. Por ejemplo, Atrio que negó la divinidad de Cristo, asegurando que era de diferente naturaleza que el Padre; y Macedonio que negó la divinidad del Espíritu Santo.

Sabelio fue excomulgado por el Papa Calixto I; y Atrio y Macedonio condenados por el Concilio de Nicea y I de Constantinopla.

5.2 NATURALEZA DEL MISTERIO
A ninguna inteligencia creada o creable le es posible comprender el misterio de la Santísima Trinidad. El esfuerzo racional de los teólogos -y principalmente de S. Tomás de Aquino- ha tratado de ilustrarlo a partir de los datos revelados: tarea que emprendemos a continuación.
5.2.1 Distinción de las personas
Las tres divinas personas no se distinguen ni por su Naturaleza, ni por sus perfecciones, ni por sus obras exteriores. Se distinguen únicamente por su origen.

lo. No se distinguen:

a) Por su Naturaleza, porque tienen una Naturaleza común, la Naturaleza divina. Así no son tres dioses, sino un solo Dios.

b) Ni por sus perfecciones, porque éstas se identifican con la Naturaleza divina. Así ninguna de las tres Personas es más sabia o poderosa, sino que todas tienen infinita sabiduría y poder; ni la una es anterior a las otras, sino que todas son igualmente eternas.

c) Ni por sus obras exteriores; porque teniendo las tres la misma Omnipotencia, lo que obre una respecto a la criatura, lo obran las otras dos.

2o. Se distinguen únicamente por su origen, porque el Padre no proviene de ninguna persona; el Hijo es engendrado por el Padre; y el Espíritu Santo procede a la vez del Padre y del Hijo. Esto es lo que impide que una Persona se confunda con las otras.

a) Procesiones

Es inútil buscar en el mundo físico un equivalente a este misterio; pues tal verdad sobrepasa el limite de lo creado. Es posible, sin embargo, alcanzar una cierta profundización en esta verdad gracias a la Revelación. Así, con respecto a la Primera y a la Segunda Personas divinas hallamos, por una parte, el empleo de términos relativos: Padre-Hijo (cfr. Jn. 1, 18-1 14, 13; Gal. 4, 4); y por otra parte, que el Hijo es el Verbo del Padre: la Palabra interior con que se expresa totalmente a Sí mismo (cfr. Jn. 1, l). De la Tercera Persona se nos dice que procede del Padre y del Hijo (cfr. Jn. 15, 26). A partir de estos datos revelados, y basándose en la analogía de las potencias espirituales del hombre (inteligencia y voluntad), los teólogos han ilustrado -no explicado- este misterio. Las Procesiones (de procedencia) lo ilustran de algún modo.
a.1 El Padre no proviene de ninguna otra Persona.
a.2 El Hijo es engendrado Por el Padre por vía de entendimiento.

Cuando la inteligencia humana conoce una cosa -por ejemplo una silla- forma de ella un concepto, también llamado palabra interior o verbo. La inteligencia" divina se comportará analógicamente: de aquello que conoce en primer lugar -la misma esencia de Dios- forma un concepto, o verbo.
La idea o concepto concebida tiene, en el hombre, dos características: es distinta de la cosa conocida (la idea de silla no es la silla misma), y es, tan sólo, un imperfecto reflejo de ella (la inteligencia no es capaz de penetrar todo el ser de la cosa). Pero cuando concibe la Inteligencia Suma -al conocerse a Sí mismo-, esa idea sera perfecta: el término de ese acto intelectivo perfectísimo es una Idea perfectísima. Además, por ser Dios absolutamente simple, la Idea eterna no se distingue en realidad de la Naturaleza divina.

Esta Idea perfecta de la esencia divina subsiste a su vez como distinta; y, en este insondable misterio, la Persona que, conociéndose concibe el Verbo, es Dios Padre; la Persona engendrada o concebida por el Padre (Palabra eterna de Dios, el Verbo, Imagen perfecta M Padre), es el Hijo (cfr. San Agustín, De Trinitate, 9; Santo Tomás, S. Th. 1, q. 34, a. l).

a.3 El Espíritu Santo procede del Padre y del Hijo por vía de Voluntad y Amor.
Para la procedencia de la Tercera persona se toma como punto de referencia la otra operación del alma humana: la voluntad libre. El estudio de sus operaciones dará la clave para ilustrar la procesión del Espíritu Santo: Dios Padre, al conocer eternamente su Verbo, eternamente lo ama, lo mismo sucede en la relación amorosa del Hijo al Padre. Este nexo de Amor infinito y perfectísimo da lugar a una Persona divina subsistente, que es el Espíritu Santo.
Advertimos también que el Espíritu Santo procede del Padre y del Hijo como de un solo principio. Focio, patriarca de Constantinopla, fue condenado por enseñar que el Espíritu Santo procedía solamente del Padre.

b) Nombres de las Tres Divinas Personas
1a. La primera Persona se llama Padre, porque ha engendrado a la segunda Persona, que es Hijo suyo por naturaleza desde toda la eternidad.

Jesucristo es el único Hijo de Dios por naturaleza, puesto que nosotros sólo lo somos por adopción.
2a. La segunda Persona de la Santísima Trinidad se llama: a) Hijo, porque es engendrada por el Padre, y posee su Naturaleza. b) Verbo, esto es, palabra de Dios, porque así como el verbo o palabra esfruto del humano entendimiento, así el Verbo es fruto del entendimiento del Padre.
3a. La tercera persona se llama Espíritu, que expresa aspiración o impulso de amor, porque procede del Padre y del Hijo por vía de la Voluntad y de Amor. Se agrega Santo, porque a él se atribuye de modo especial la santidad.

c) Unidad de Naturaleza

Las tres divinas Personas tienen una misma Naturaleza divina. En consecuencia:

lo. No son tres dioses, sino un solo Dios.

2o. Todas las tres divinas Personas son igualmente perfectas puesto que tienen una misma Naturaleza común.

3o. Siendo un solo Dios, debe también decirse que hay un solo Omnipotente, un solo Eterno y un solo Señor.


5.3 ACTIVIDAD DE LAS DIVINAS PERSONAS

5.3.1 Actividad interna y externa

La actividad de Dios es interna (ab intra), si se refiere a las divinas Personas entre Sí, y externa (ad extra), si se refiere a las criaturas.

1o. La actividad interna de Dios es propia de cada una de las divinas Personas, porque se basa en sus relaciones de origen, que son propias de cada persona.

Así sólo el Padre no procede de otra Persona; sólo el Hijo es engendrado por el Padre; y sólo el Espíritu Santo procede del Padre y del Hijo.
Estas tres relaciones, fruto de la actividad interna de Dios, han recibido el nombre de paternidad, filiación y espiración. La paternidad es la relación del Padre al Hijo. La filiación, la relación del Hijo al Padre. La espiración, la relación del Padre y del Hijo al Espíritu Santo.

2o. La actividad externa de Dios es común a las tres divinas Personas, y así todo lo que hace una de ellas para con las criaturas, lo hacen también las otras dos.
5.3.2 Atribuciones

Además de las obras propias de cada Persona y de las comunes a todas tres, hay ciertas obras apropiadas, que sin ser exclusivas, se atribuyen especialmente a cada una de las divinas personas. Así la Escritura suele atribuir:

a) Al Padre la omnipotencia y las obras de omnipotencia, como la creación y conservación de las criaturas.

b) Al Hijo la sabiduría y las obras de sabiduría, como la Redención y el juicio final.

c) Al Espíritu Santo el amor y las obras de amor, como la santificación de las almas.

Estas obras y perfecciones se atribuyen especialmente a cada una de las divinas personas, por tener alguna relación con su origen.

a) Al Padre se atribuyen de modo especial las obras de omnipotencia a, porque siendo el principio de las otras dos Personas, es de modo especial origen de todos los seres.

b) Al Hijo se le atribuye en especial la sabiduría porque procede por vía de entendimiento, y la sabiduría es Fruto del entendimiento.

c) Al Espíritu Santo se atribuye especialmente el amor, porque procede por vía de Voluntad y de Amor.

Sin embargo, es importante recordar, que teniendo las tres Personas tina misma Naturaleza divina, tienen en realidad igual Omnipotencia, Sabiduría y Amor.


5.4 MISTERIO INCOMPRENSIBLE PERO NO CONTRADICTORIO

Al hablar de este misterio es preciso no alterar los términos con que la Iglesia lo expresa: en Dios hay tres Personas y una sola Naturaleza.

No podemos comprender este misterio, entre otros motivos porque no podemos tener una idea clara de lo que es en Dios la Persona.

Sin embargo, no hay contradicción en él. Habría contradicción si se dijera que en Dios hay una persona y tres Personas, o una naturaleza y tres naturalezas. Pero lo que se enseña es que en Dios hay tres Personas y una Naturaleza.

Debemos creer firmemente este misterio porque Dios nos lo ha revelado. Por otra parte, no podemos extrañar que siendo Dios infinito, haya en El cosas que sobrepasen nuestro entendimiento.


5.5 DEBERES PARA CON LA SANTISIMA TRINIDAD

Debemos: a) rendirle nuestros homenajes de adoración y amor; b) agradecerle los inmensos beneficios de la Creación, Encarnación y Redención; c) encomendarnos a las tres divinas Personas, fuente de luz, esperanza y amor para el cristiano.

Las oraciones más recomendadas en su honor son la invocación "Gloria al Padre…" y el Trisagio Angélico. Debemos honrarla especialmente los domingos, día que la Iglesia dedica a su culto.


01/04/2006 00:55
 
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31 de Marzo (Agencia Fides) - El título de la reciente Encíclica del Papa Benedicto XVI, tiene un gran valor profético en este nuestro tiempo tan señalado por la gran promesa del diálogo y confrontación y, a la vez, por la realista constatación de que no siempre y en todos los lugares es posible el diálogo, y ni siquiera es siempre fructuoso. Se debe huir de la tentación del desaliento y el entumecimiento por un lado y de la utopía y la "ideología del diálogo” por otro. Reconocer que el diálogo pertenece al orden de los medios y no al de los objetivos, es el primer paso para evitar peligrosas derivaciones del pensamiento que tendrían un ineluctable resultado como el del pluralismo religioso, o peor aún, el del relativismo teocéntrico, que no tiene en consideración la cuestión de la Verdad y que interpreta el diálogo como búsqueda común de una verdad siempre inaccesible, antes que como "diálogo de la Verdad”.

”Deus Caritas est” vuelve a poner en el centro de nuestra atención la "idea de Dios" de los cristianos, proponiendo a la contemplación de todos el específico "rostro" del Dios de Jesucristo, que es un rostro de Ágape, de Amor. La voluntad del Santo Padre de suscitar un movimiento de recuerdo del término "amor", termino del que tantas veces se abusa y que no siempre es bien comprendido en nuestros tiempos, es una de las sendas por recorrer para redescubrir la especificidad de la idea Cristiana de Dios. "No podemos pensar en Dios" prescindiendo de Jesús de Nazareth Señor y Cristo, de la idea del Dios que Él nos revela, por medio de la Tradición Neotestamentaria.

No podemos, en una palabra, "pensar en Dios" prescindiendo de la dimensión histórica, de la historia concreta, del acontecimiento del encuentro con la Persona de Jesús (cfr. DCE n.1). En fin no "podemos pensar en Dios" prescindiendo del lugar en que se da esta historia y esta Presencia, del lugar en que el acontecimiento del encuentro es todavía posible: la Iglesia. Redescubrir que ”Dios es amor"” significa redescubrir el rostro de Cristo que nos revela el rostro del Padre en el Espíritu, esta revelación ocurre hoy en la comunión de la Iglesia, de los que le pertenecen.

El recuerdo de la "idea de Dios" cristiana, trae consigo la centralidad del Misterio Trinitario que es específico de nuestra fe y, sin quitar nada a la fe monoteísta, da a la historia la auténtica comprensión de Dios como Amor, como Ser de comunión. Sólo un Dios que es en sí mismo "relación inter-personal de amor" puede ser definido Caritas. Como decía el gran Teólogo von Balthasar, la relación de amor trinitario que Dios es, es la posibilidad misma de la Creación y Redención. Sólo un Dios-amor crea otro de sí mismo, dando origen al cosmos y al hombre; sólo un Dios-amor salva a su criatura de la perdición del no sentido y del pecado, implicándose con ella en la historia, hasta la encarnación. Todo el misterio de la salvación es sintetizado en la fórmula de Juan ”Deus Caritas est” que el Papa Ratzinger pone de nuevo en el centro de la reflexión teológica y espiritual de los creyentes.

El amor, el Dios-amor encontrado, conocido y amado, se convierte así en la verdadera razón de la "moral cristiana": este no es un esfuerzo titánico del yo destinado a estrellarse con su propio límite, ni una aplicación de reglamentos estériles ajenos a la verdadera exigencia de libertad del hombre. Es más necesario que nunca para el cristianismo contemporáneo redescubrir que la ética cristiana es una "ética derivada", que hunde sus mismas raíces y encuentra sus mismas razones en la relación con Cristo Único principio normativo de la moral. El Logos eterno hecho carne, ilumina también de tal modo la razón humana que le ayuda en la búsqueda y en el reconocimiento de esas verdades fundamentales de la moral natural (carácter sagrado de la vida, matrimonio, libertad religiosa) que con demasiada frecuencia se ven oscurecidas por la cultura dominante y cuyo carácter vinculante parece ser desconocido por el hombre de nuestro tiempo.

Si ”Deus Caritas est” y si el hombre es creado a imagen y semejanza de Dios, es evidente que mirar el "verdadero rostro de Dios", en Jesucristo, no es en absoluto contrario a la verdadera libertad y dignidad humana, sino que significa redescubrir el "verdadero rostro del hombre". También "homo caritas est", también el hombre es hecho por amor y encuentra en el amor el sentido pleno de su misma existencia, y por tanto, análogamente a su Creador, también su esencia. En una cultura como la occidental en la que cada uno parece un rehén del "homo faber" y no menos en aquellas culturas en crecimiento que hacen del desarrollo económico el único criterio de valoración del progreso, es más que nunca importante redescubrir que el hombre está hecho para amar y ser amado, a semejanza de su Dios Creador que es Amor.

”Deus Caritas est” es una "roca sobre la que construir la casa que no se derrumba", una Encíclica Teológica y Antropológica, moral y social, capaz de llevarnos a profundizar en las raíces del Misterio, para redescubrir nuestra propia identidad de hombres amados y creados por el amor. Identidad antropológica que se convierte en verdadero y propio método (camino) para el diálogo interreligioso además de una fascinadora senda a recorrer en la profundización, hoy más actual que nunca, de la relación entre laicos y cristianos. La conciencia de que "Deus Caritas est", nos impulsa a anunciar a todos esta extraordinaria "Buena Nueva", a renovar nuestra inspiración misionera, fundada en la certeza histórica del acontecimiento de Cristo y en la correspondencia, experimentada hoy en la comunión eclesial, de su Persona y de sus palabras con el corazón del hombre. Precisamente una tal certeza nos permite no considerar a nadie extraño, no interrumpir con nadie el diálogo, sabiendo que constituye un medio necesario para la misión que es el fin, necesario al anuncio de Cristo, único Salvador.
03/04/2006 08:17
 
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Demonio
Nombre general de los espíritus malignos, ángeles caídos (expulsados del cielo). El jefe de estos ángeles rebeldes es Lucifer o Satanás (Mat 25).

"Si alguno dice que el diablo no fue primero un ángel bueno hecho por Dios, y que su naturaleza no fue obra de Dios, sino que dice que emergió de las tinieblas y que no tiene autor alguno de sí, sino que él miso es el principio y la sustancia del mal, como dijeron Maniqueo y Prisciliano, sea anatema. (Concilio de Braga, 561; Denzinger 237).

"Creemos que el diablo se hizo malo no por naturaleza, sino por albedrío." (IV Concilio de Letrán, 1215, Denzinger 427).

"La muerte de Cristo y Su resurrección han encadenado al demonio. Todo aquél que es mordido por un perro encadenado, no puede culpar a nadie más sino a sí mismo por haberse acercado a él." -San Agustín.

Acerca de los demonios
Los demonios residen en el infierno y no gozan de los beneficios de la redención de Cristo. Los demonios, sin embargo, no perdieron su capacidad racional, sino que la utilizan para el mal. Dios les permite ejercitar influencia limitada en las criaturas y las cosas.

El demonio no es una fábula como algunos, para su desgracia, piensan. Su existencia real ha sido siempre enseñada por la Iglesia en su magisterio ordinario. Desmentir la existencia del demonio es negar la revelación divina que nos advierte sobre nuestro enemigo y sus tácticas.

Jesucristo vino para vencer al demonio y liberarnos de su dominio que se extendía por todo el mundo sin que pudiésemos por nuestra cuenta salvarnos.

Jesucristo vence al demonio definitivamente en la Cruz. La actividad del demonio en la tierra sin embargo continuará hasta el fin de los tiempos. La parusía manifestará plenamente la victoria del Señor con el establecimiento de su Reino y el absoluto sometimiento de todos sus enemigos. Mientras tanto Dios permite que vivamos en batalla espiritual en la cual se revela la disposición de los corazones y nos da oportunidad de glorificar a Dios siendo fieles en las pruebas. Ahora debemos decidir a que reino vamos a pertenecer, al de Cristo o al de Satanás. Si perseveramos fieles a Jesús a través de las pruebas y sufrimientos, el demonio no podrá atraparnos.

Tenemos en la Iglesia todos los medios para alcanzar la gracia ganada por Jesucristo en la Cruz. Dios es todopoderoso y, si estamos en comunión con El, no debemos temer al enemigo. Mas bien debemos temer el separarnos de Dios pues sin su gracia estaríamos perdidos.

Todos los santos lucharon con valentía contra el demonio pues los sostenía la fe. Sus vidas son modelos que nos demuestran como vivir en el poder de Jesucristo la vida nueva.

El catecismo de la Iglesia Católica sobre el demonio:

2850 La última petición a nuestro Padre está también contenida en la oración de Jesús: "No te pido que los retires del mundo, sino que los guardes del Maligno" (Jn 17, 15). Esta petición concierne a cada uno individualmente, pero siempre quien ora es el "nosotros", en comunión con toda la Iglesia y para la salvación de toda la familia humana. La Oración del Señor no cesa de abrirnos a las dimensiones de la Economía de la salvación. Nuestra interdependencia en el drama del pecado y de la muerte se vuelve solidaridad en el Cuerpo de Cristo, en "comunión con los santos".

2851 En esta petición, el mal no es una abstracción, sino que designa una persona, Satanás, el Maligno, el ángel que se opone a Dios. El "diablo" ["dia-bolos"] es aquél que "se atraviesa" en el designio de Dios y su obra de salvación cumplida en Cristo.

2852 "Homicida desde el principio, mentiroso y padre de la mentira" (Jn 8, 44), "Satanás, el seductor del mundo entero" (Ap 12, 9), es aquél por medio del cual el pecado y la muerte entraron en el mundo y, por cuya definitiva derrota, toda la creación entera será "liberada del pecado y de la muerte".[136] "Sabemos que todo el que ha nacido de Dios no peca, sino que el Engendrado de Dios le guarda y el Maligno no llega a tocarle. Sabemos que somos de Dios y que el mundo entero yace en poder del Maligno" (1 Jn 5, 18-19):

El Señor que ha borrado vuestro pecado y perdonado vuestras faltas también os protege y os guarda contra las astucias del diablo que os combate para que el enemigo, que tiene la costumbre de engendrar la falta, no os sorprenda. Quien confía en Dios, no tema al demonio. "Si Dios está con nosotros, ¿quién estará contra nosotros?" (Rm 8, 31).

2853 La victoria sobre el "príncipe de este mundo" (Jn 14, 30) se adquirió de una vez por todas en la Hora en que Jesús se entregó libremente a la muerte para darnos su Vida. Es el juicio de este mundo, y el príncipe de este mundo ha sido "echado abajo" (Jn 12, 31).[138] "El se lanza en persecución de la Mujer", pero no consigue alcanzarla: la nueva Eva, "llena de gracia" del Espíritu Santo es librada del pecado y de la corrupción de la muerte (Concepción inmaculada y Asunción de la santísima Madre de Dios, María, siempre virgen). "Entonces despechado contra la Mujer, se fue a hacer la guerra al resto de sus hijos" (Ap 12, 17). Por eso, el Espíritu y la Iglesia oran: "Ven, Señor Jesús" (Ap 22, 17.20), ya que su Venida nos librará del Maligno.

2854 Al pedir ser liberados del Maligno, oramos igualmente para ser liberados de todos los males, presentes, pasados y futuros de los que él es autor o instigador. En esta última petición, la Iglesia presenta al Padre todas las desdichas del mundo. Con la liberación de todos los males que abruman a la humanidad, implora el don precioso de la paz y la gracia de la espera perseverante en el retorno de Cristo. Orando así, anticipa en la humildad de la fe la recapitulación de todos y de todo en Aquel que "tiene las llaves de la Muerte y del Hades" (Ap 1, 18), "el Dueño de todo, Aquel que es, que era y que ha de venir" (Ap 1, 8): Líbranos de todos los males, Señor, y concédenos la paz en nuestros días, para que, ayudados por tu misericordia, vivamos siempre libres de pecado y protegidos de toda perturbación, mientras esperamos la gloriosa venida de nuestro Salvador Jesucristo.

¿Creó Dios a los demonios?

Dios no creó demonios sino ángeles, espíritus puros, dotados con gracia santificante, muy hermosos y capaces de bondad. Dios dotó a todos los ángeles con libertad para escoger el bien y el mal. Lucifer y sus seguidores, por orgullo, pecaron, quisieron separarse de Dios y se llenaron de maldad. Es así que se les negó la visión beatífica.

¿De dónde vino esta maldad? La maldad es causada por una opción libre de separarse de Dios. Es una carencia, una ruina.

Por ejemplo, cuando un carro choca se queda dañado. El daño no es una creación sino la ruina del carro. Los demonios fueron creados como los demás ángeles. Se transformaron en demonios por su pecado. Se pervirtieron sus poderes angelicales los cuales usan para el mal.

Dios sabía que algunos ángeles se rebelarían pero los creó porque Dios toma la libertad en serio, hasta sus últimas consecuencias. Pero igualmente el bien tiene y tendrá consecuencias. Si solamente pudiésemos hacer el bien no seríamos libres y no tendría mérito.



Armas contra Satanás
Dios nos da en la Iglesia todas las armas para vencer al demonio.

Juan Pablo II, 17 feb. 2002 (1er domingo de cuaresma)

Exortó a la vigilancia «para reaccionar con prontitud a todo ataque de la tentación».

Habló de las armas del cristiano «para afrontar el diario combate contra las sugerencias del mal: la oración, los sacramentos, la penitencia, la escucha atenta de la Palabra de Dios, la vigilancia y el ayuno».

Estos medios ascéticos, inspirados por el mismo ejemplo de Cristo, siguen siendo indispensables hoy, pues «el demonio, "príncipe de este mundo", continúa todavía hoy con su acción falaz».

El Papa pidió entusiasmo en «el camino penitencial de la Cuaresma para estar preparados a vencer toda seducción de Satanás y llegar a Pascua en la alegría del espíritu».

corazones.org
07/04/2006 08:00
 
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Pecados capitales
Artículos en la categoría «Pecados capitales»
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08/04/2006 02:23
 
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Bautismo

Es uno de los Siete Sacramentos de la Iglesia Cristiana frecuentemente llamado el "primer sacramento", la "puerta de los sacramentos" y la "puerta de la Iglesia". El tema será tratado bajo los siguientes encabezados:

I. Establecimiento Autoritativo de la Doctrina
II. Etimología
III. Definición
IV. Tipos
V. Institución del Sacramento
VI. Materia y Forma del Sacramento
VII. Bautismo Condicional
VIII. Rebautismo
IX. Necesidad del Bautismo
X. Substitutos del Sacramento
XI. Infantes No Bautizados
XII. Efectos del Bautismo
XIII. Ministro del Sacramento
XIV. Recipiente del Bautismo
XV. Adjuntos del Bautismo
XVI. Ceremonias del Bautismo
XVII. Bautismo Metafórico

continua en:
www.enciclopediacatolica.com/b/bautismo.htm#1
08/04/2006 19:38
 
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Dogmas Marianos
LA MATERNIDAD DIVINA

El dogma de la Maternidad Divina se refiere a que la Virgen María es verdadera Madre de Dios. Fue solemnemente definido por el Concilio de Efeso (año 431). Tiempo después, fue proclamado por otros Concilios universales, el de Calcedonia y los de Constantinopla.
El Concilio de Efeso, del año 431, siendo Papa San Clementino I (422-432) definió:

"Si alguno no confesare que el Emmanuel (Cristo) es verdaderamente Dios, y que por tanto, la Santísima Virgen es Madre de Dios, porque parió según la carne al Verbo de Dios hecho carne, sea anatema."

El Concilio Vaticano II hace referencia del dogma así:

"Desde los tiempos más antiguos, la Bienaventurada Virgen es honrada con el título de Madre de Dios, a cuyo amparo los fieles acuden con sus súplicas en todos sus peligros y necesidades" (Constitución Dogmática Lumen Gentium, 66)






09/04/2006 20:16
 
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13/04/2006 04:12
 
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Autor: Ma. del Rosario Luján Torre | Fuente: En la Escuela de Nuestra Señora
¿Es lo mismo dogmas que misterios?
"Nunca creería en la divinidad de una religión que no tiene misterios", dijo un célebre pensador


¿Es lo mismo dogmas que misterios?
¿Qué es un Misterio?

"Misterio, en general, es una verdad que no podemos comprender por ir más allá de nuestro entendimiento".

La naturaleza está llena de misterios y vivimos rodeados de realidades que no podemos comprender. Nadie sabe a ciencia cierta qué es exactamente la fuerza de gravedad y mucho menos si se puede controlar. Aún hay muchos "misterios" en el organismo humano y no digamos de las realidades que están físicamente muy alejadas de nosotros, por ejemplo, ¿qué habrá en Aldebarán, que está a 55 años luz de la tierra?

"Misterio, en sentido estricto, es una verdad que no podemos comprender, pero que conocemos y creemos porque Dios nos la ha revelado". Por ej.,el de la Santísima Trinidad.

"Nunca creería en la divinidad de una religión que no tiene misterios", dijo un célebre pensador. En efecto, un Dios que cabe dentro de nuestro entendimiento ya no es Dios. Y una religión que en todo está al alcance de los hombres, en la que todo se puede explicar y comprender, no es divina.

Es importante saber que los Misterios no son contrarios a la razón humana, sino que únicamente están por encima de ella. Por ejemplo, las leyes de la electricidad, que son conocidas por un buen físico, son un misterio para el ignorante. Pero esto no quiere decir que vaya contra la razón, sino que le son superiores. No puede haber contradicción entre la razón y los misterios revelados, porque Dios es, a la vez, el autor de la razón y de la Revelación.


¿Y qué es un Dogma?

"Dogma, en sentido amplio, es una verdad contenida en la Revelación divina".

"Dogma, en sentido estricto, son las verdades reveladas por Dios y propuestas como tales por el Magisterio de la Iglesia a los fieles, con la obligación de creer en ellas". Por ej.: el dogma de la Asunción de la Santísima Virgen a los Cielos.

Quien niega o pone en duda de un modo pertinaz las verdades que han de ser creídas, comete el pecado de herejía.

En el dogma hay dos elementos: Es una verdad revelada por Dios y se halla, por tanto, contenida ya en la Sagrada Escritura, en la Tradición, o en ambas. Es una verdad propuesta por el Magisterio de la Iglesia con obligación de creer en ella. Esa propuesta puede hacerla la Iglesia, bien de forma extraordinaria, por ejemplo con una solemne definición del Papa o de un Concilio Universal de acuerdo con el Papa, o por el Magisterio Ordinario y universal de toda la Iglesia.


Progreso del DOGMA

En época de tanta confusión intelectual como la nuestra, y de tanto orgullo, en que por todas partes surgen quienes pretenden ser Maestros, ya sea en Sagrada Escritura (¡a la que "destrozan" sin piedad!, reduciéndola a una simple "escritura" humana, mero conjunto de libros piadosos escrito y reelaborado sucesivamente por las distintas comunidades...),ya sea en las Verdades de la Fe o la Moral, proponiéndonos nuevos avances más acordes con estos tiempos, alguno podría preguntarse: "¿Ha cambiado la enseñanza de la Iglesia? "El contenido de lo que Dios ha revelado, ¿ha aumentado o se ha modificado en algo?"

Trataremos de explicarlo. La Revelación de Dios a los hombres tiene su culminación en Jesucristo. Ya no es un mensajero de Dios el que viene a revelar un aspecto del plan salvador: es Dios mismo. Jesucristo, "con toda su presencia y manifestación, con sus palabras y obras, prodigios y milagros, y, ante todo, con su muerte y resurrección y, finalmente, enviando al Espíritu de verdad, culmina plenamente la Revelación" (Const. Dogm. Dei Verbum, n.4)

De lo anterior se desprende que con la muerte del último Apóstol (testigo ocular cualificado), se cerró el contenido del depósito revelado por Dios. La Iglesia, que es depositaria de la Palabra de Dios que es inmutable, no puede quitar o añadir nada. Todas las verdades enseñadas por Dios están contenidas en la Escritura y en la Tradición. Pero no se han conocido y profundizado en toda su amplitud.

De acuerdo con estas dos ideas, precisemos en qué sentido se puede admitir el progreso del dogma católico, y en qué sentido no.

1° Con la muerte de los Apóstoles quedó terminada la Revelación; y después de ellos Dios no ha revelado ninguna verdad nueva. En consecuencia, cuando la Iglesia define solemnemente un nuevo dogma, no establece una verdad nueva, no contenida en la Escritura y en la Tradición; sino que por el contrario declara que esta verdad está contenida en la Sagrada Escritura y en la Tradición; y que por lo mismo hay que admitirla.

2° Los dogmas no pueden cambiar de sentido; pero sí pueden cambiar los términos en que son expresados. No pueden cambiar de sentido. Lo que la Iglesia aceptó ayer como verdadero, no puede hoy rechazarlo como falso; o el caso inverso.

Ello equivaldría a negar la asistencia que Dios prometió. Pero sí sucede que los dogmas se pueden expresar con palabras más claras y precisas. Ej.: Desde un principio se admitió que por las palabras de la consagración el pan se cambia en el cuerpo de Cristo. Pero la palabra transubstanciación (cambio de una substancia en otra) la empleó por primera vez la Iglesia en el IV Concilio de Letrán, 1215.

3° El progreso del dogma consiste en que la Iglesia enseña de modo más claro y explícito, verdades que estaban contenidas en la Escritura y en la Tradición de modo velado e implícito.

Así el dogma de la infalibilidad del Papa estaba contenido en forma implícita y velada en las palabras: "Tú eres Pedro, y sobre ti edificaré mi Iglesia; y las puertas del infierno no prevalecerán contra ella" (Mt 16,18). O en estas otras, dirigidas también a Pedro: "He rogado por ti para que tu fe no perezca, y tú, confirmado en ella, confirma a tus hermanos" (Lc 22,32). Y el Concilio Vaticano I definió el dogma de una manera explícita, precisando que el Papa es infalible cuando habla de dogma o moral a toda la Iglesia, en calidad de maestro supremo.

No debe extrañarnos este progreso, pues la Sagrada Escritura es un libro lleno de profunda y misteriosa sabiduría, de suerte que no entrega de una vez todas las verdades que contiene, sino a medida que se estudia y se reflexiona sobre ellas.


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