Il problema dei 3 corpi: Attraverso continenti e decadi, cinque amici geniali fanno scoperte sconvolgenti mentre le leggi della scienza si sgretolano ed emerge una minaccia esistenziale. Vieni a parlarne su TopManga.
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Ultimo Aggiornamento: 10/07/2009 06:10
09/03/2006 08:21
 
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Paulo Coelho:

Quando você quer alguma coisa, todo universo conspira para que você realize seu desejo.


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O segredo da felicidade está em olhar todas as maravilhas do mundo e nunca esquecer da sua missão ou do seu objetivo.


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Todos os dia s Deus nos dá um momento que é possível mudar tudo que nos deixa infelizes. O instante é mágico é o momento em que um sim e um "não" pode mudar toda a nossa existência.


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A maior mentira do mundo: em determinado momento de nossa existência, perdemos o controle de nossas vidas, e ela passa a ser governada pelo destino.


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O caminho da Sabedoria é não ter medo de errar.


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O amor só descansa quando morre. Uma amor vivo é sempre um amor em conflito.


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A felicidade às vezes é a bênção, mas geralmente é uma conquista.


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Só um homem que não tem vergonha de si, é capaz de manifestar a glória de Deus.


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Existem derrotas, mas não existe sofrimento. Um verdadeiro guerreiro sabe que ao perder uma batalha está melhorando sua arte de manejar a a espada. Saberá lutar com mais habilidade no próximo combate.


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Poucos aceitam o fardo da própria vitória; a maioria desiste dos sonhos quando eles se tornam possíveis.


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Os portões do paraíso foram abertos de novo. Por algum tempo- ninguém sabe exatamente quanto - poderão entrar todos os que perceberem que os portões estão abertos.


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Só um caminho por onde qualquer pessoa pode passar é capaz de nos levar a Deus.


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Nós temos tendência de ver coisas que não existem, e ficar cegos para as grandes lições que estão diante de nossos olhos.


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As tarefas diárias jamais impediram alguém de seguir seus sonhos.


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Toda a vida do homem sobre a face da terra se resume a buscar o Amor. Não importa se ele finge correr atrás de sabedoria, de dinheiro ou de poder.


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Não precisamos saber nem "como" nem "onde", mas existe uma pergunta que todos nós devemos fazer sempre que começamos qualquer coisa: "Para que tenho que fazer isto?"


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O maior de todos os pecados: o arrependimento.


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A fé é uma conquista difícil, que exige combates diários para ser mantida.

O seu coração está onde está o seu tesouro. E seu tesouro precisa ser encontrado - paras que tudo possa fazer sentido.


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Quando alguém evolui, evolui tudo que está em sua volta.


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Existem muitas maneiras de cometer suicídio. Os que tentam matar o corpo ofendem a Lei de Deus. Os que tentam matar a alma também ofendem a Lei de Deus, embora esta falta seja menos visível aos olhos do homem.


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Precisamos aproveitar quando a sorte está dom nosso lado, e fazer tudo para ajudá-la da mesma maneira que ela está nos ajudando.


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Às vezes um acontecimento sem importância é capaz de transformar toda beleza em um momento de angústia. Insistimos em ver o cisco no olho, e esquecemos as montanhas, os campos e as oliveiras.


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O amor é arriscado, mas sempre foi assim. Há milhares de anos as pessoas se buscam e se encontram.


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É justamente a possibilidade de realizar um sonho que torna a vida interessante.


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No Bom Combate, atacar ou fugir fazem parte da luta. O que não faz parte da luta é ficar paralizado de medo.


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Quanto mais você entender de si mesmo, mais entenderá do mundo.


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Quando todos os dias ficam iguais, é porque deixamos de perceber as coisas boas que aparecem em nossas vidas

[Modificato da @Nessuna@ 09/03/2006 8.23]

10/03/2006 07:01
 
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Jesus, o nazareno



Jesus tem sido chamado pela literatura como Jesus de Nazaré. Por que este nome é utilizado, já que Jesus nasceu em Belém? O correto não seria chamá-lo de Jesus, o belenense?

É fácil identificar a origem do nome Jesus, que deriva de Ieschoua (traduzido do grego Iezous). Também existe a possibilidade de que venha do hebraico Yesu, uma abreviação de Yesua, que foi o grande herói bíblico Josué, sucessor de Moisés.

Já para a origem da palavra nazareno não existem tantas informações. Jesus não poderia ser um nazareno, pois na época em que ele viveu, a cidade de Nazaré não existia, como foi provado por historiadores em 1920.

Para atestar este fato, basta examinar o Antigo Testamento (Js 19. 10-15) onde encontramos uma lista de todas as tribos de Zabulon, mas nenhuma menção de Nazaré.

No Talmude, existe uma referência de 63 cidades da Galiléia, sem mencionar Nazaré uma única vez. Qual a explicação possível?

Uma das possibilidades é que Jesus tenha sido chamado de nazareno por "estar à serviço de Deus", já que a palavra nazareno vem do aramaico Nazar, que significa "observar, colocar-se à serviço de Deus".

Também é quase certo que Nazaré não fosse uma cidade, mas sim, uma ramificação dos essênios, uma comunidade que vivia de maneira bastante organizada, dedicando-se ao trabalho e ao estudo, demonstrando um extraordinário interesse pelos escritos antigos, que proporcionavam ao grupo muito equilíbrio na comunidade.

É possível que os essênios tenham constituído as primeiras comunidades cristãs, sendo citados pelo Talmude como "nozaris". Para alguns estudiosos, os essênios foram considerados os primeiros precursores do cristianismo primitivo.

João Batista também era um nazareno, um profeta, uma pessoa à serviço de Deus, cuja missão era batizar, não para que os filhos de Deus obtivessem a salvação, mas para que seus corpos espirituais e físicos fossem curados.

De acordo com Flávio Josefo, a seita dos nazarenos existia às margens do Rio Jordão, cerca de cento e cinqüenta anos antes do nascimento de Jesus.

Acredita-se também que os nazarenos conheciam os ensinamentos provenientes de Buda e dos Vedas. Encontramos a palavra Nazaré nos dialetos indianos. A palavra Nas significa "associar-se com". Nasa, significa "nariz".

Estas são algumas possibilidades para que Jesus fosse chamado de nazareno, nada tendo a ver como sendo uma pessoa "nascida na cidade de Nazaré".

Monica Buonfiglio - TERRA BRASIL
15/03/2006 02:04
 
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A Importância do Gato na Meditação

por Paulo Coelho

Um grande mestre zen-budista, responsável pelo mosteiro de Mayu Kagi, tinha um gato que era sua verdadeira paixão na vida. Assim, durante as aulas de meditação, mantinha o gato ao seu lado – para desfrutar o mais possível de sua companhia.
Certa manhã, o mestre – que já estava bastante velho – apareceu morto.
O discípulo mais graduado ocupou seu lugar.
– O que vamos fazer com o gato? – perguntaram os outros monges.
Numa homenagem à lembrança de seu antigo instrutor, o novo mestre decidiu permitir que o gato continuasse freqüentando as aulas de zen-budismo.
Alguns discípulos dos mosteiros vizinhos, que viajavam muito pela região, descobriram que, num dos mais afamados templos do local, um gato participava das meditações. A história começou a correr.
Muitos anos se passaram. O gato morreu, mas os alunos do mosteiro estavam tão acostumados com a sua presença que arranjaram outro gato. Enquanto isso, os outros templos começaram a introduzir gatos em suas meditações: acreditavam que o gato era o verdadeiro responsável pela fama e a qualidade do ensino de Mayu Kagi, e esqueciam-se de que o antigo mestre era um excelente instrutor.
Uma geração se passou, e começaram a surgir tratados técnicos sobre a importância do gato na meditação zen. Um professor universitário desenvolveu a tese – aceita pela comunidade acadêmica – de que o felino tinha a capacidade de aumentar a concentração humana e eliminar as energias negativas. E assim, durante um século, o gato foi considerado parte essencial no estudo do zen-budismo naquela região.
Até que apareceu um mestre que tinha alergia a pêlos de animais domésticos e resolveu tirar o gato de suas práticas diárias com os alunos.
Houve uma grande reação negativa – mas o mestre insistiu na decisão. Como era um excelente instrutor, os alunos continuaram com o mesmo rendimento escolar, apesar da ausência do gato.
Pouco a pouco os mosteiros – sempre em busca de idéias novas e já cansados de ter que alimentar tantos gatos – foram eliminando os animais das aulas. Em 20 anos surgiram novas teses revolucionárias – com títulos convincentes como “A importância da meditação sem o gato”, ou “Equilibrando o universo zen apenas pelo poder da mente, sem a ajuda de animais”.
Mais um século se passou, e o gato saiu por completo do ritual de meditação zen naquela região. Mas foram precisos 200 anos para que tudo voltasse ao normal, já que ninguém se perguntou, durante todo esse tempo, por que o gato estava ali.
Um escritor, que depois de séculos tomou conhecimento desta história, deixou registrado no seu diário:
“E quantos de nós, em nossas vidas, ousam perguntar: por que tenho de agir desta maneira? Até que ponto, naquilo que fazemos, estamos usando ‘gatos’ inúteis, que não temos coragem de eliminar, porque nos disseram que ‘gatos’ eram importantes para que tudo funcionasse bem?”
15/03/2006 23:47
 
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Afronta para a paz




Ao receber ontem o título Doutor Honoris Causa, na Universidade Candido Mendes, no Rio, o príncipe El Hassan bin Tabal, da Jordânia, emitiu um admirável e bem-vindo recado de paz: ''Se somos civilizados, devemos achar um modo civilizado de promover a discordância sem recorrer à arte marcial''.
Que mensagens como a do príncipe jordaniano encontrem eco em todo o mundo, especialmente no Oriente Médio. Pelo que se viu ontem na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, a insensatez, a violência, o medo e o horror continuam a prevalecer. No mesmo dia em que o príncipe realizava conferência no Rio de Janeiro sobre o encontro entre a América do Sul e o mundo árabe, palestinos e israelenses protagonizavam um novo capítulo de um longo e tenebroso enredo de hostilidades.

Em resposta à ação do Exército israelense numa prisão de Jericó, na Cisjordânia, destinada a capturar terroristas, palestinos seqüestraram pelo menos 10 pessoas, nove delas estrangeiras. Israel planejou garantir a prisão de Ahmed Saadat, líder da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP). Na semana passada, o presidente da Autoridade Nacional da Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, insinuara que libertaria o terrorista - acusado de elaborar o ataque que matou o ministro israelense de Turismo Rehavam Zeevi, em 2001. ''Se a ANP não é capaz de manter os assassinos detidos, nós sabemos fazer justiça'', afirmou uma autoridade israelense.

O episódio encerra, mais uma vez, a possibilidade de diálogo no curto prazo entre os dois lados. E reafirma que, no Oriente Médio, inocentes civis pagam caro pelo extremismo, beligerância e dificuldade de aceitação do convívio entre contrários. Os reféns são, em geral, funcionários de organizações comunitárias.

A violência promovida por terroristas palestinos prejudica não só os civis e as esperanças de paz na região. A preservação do horror e das hostilidades é maléfica também para o Hamas, o grupo que chegou ao poder na Palestina há pouco mais de um mês. Para completar, na próxima semana os israelenses vão às urnas para escolher o novo Parlamento. O confronto ajuda a tumultuar o ambiente e jogar escombros sobre as negociações políticas entre os dois lados.

Desde que desembarcaram no poder, imagina-se que os fundamentalistas islâmicos do Hamas se curvarão à evidência de que, sem a aceitação do convívio dos contrários, não haverá salvação para a Palestina conflagrada. E o Estado palestino só existirá se for arquivada a idéia de varrer Israel do mapa do Oriente Médio. A rota da paz é complicada e perigosa. Mas não há um caminho alternativo.

A conversão aos métodos pacíficos costuma encerrar, a bala, a vida dos convertidos. Assim ocorreu na assinatura do acordo de paz entre o Egito e Israel, celebrado em 1988: resultou no assassinato do presidente egípcio Anwar Sadat. Em 1994, o primeiro-ministro Itzhak Rabin foi executado por terroristas israelenses inconformados com concessões aos inimigos palestinos.

Nos últimos anos, ocorreram poucos avanços - em grande parte pela ausência do que o príncipe El Hassan advertiu em sua passagem pelo Rio. O mundo, diz ele, precisa de ações virtuosas, balizadas pela moral e pela ética, numa luta internacional em busca de soluções pacíficas. Alcançar a paz requer ainda a disseminação da solidariedade entre os povos e da tolerância entre as religiões. Assim é possível reduzir o enorme fosso escavado por valores, idéias e hábitos distintos.

O diálogo, convém insistir, é o melhor atalho para mediar conflitos entre vozes dissonantes e aplacar a fúria dos fundamentalismos mais dementes.




Jornal do Brasil - Editorial
20/03/2006 19:44
 
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Castro Alves



O Navio Negreiro
(Tragédia no mar)


'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.


'Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro...


'Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...


'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...


Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.


Bem feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
E no mar e no céu — a imensidade!


Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!


Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!


Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia,
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
..........................................................


Por que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar — doudo cometa!


Albatroz! Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.



II



Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
As vagas que deixa após.


Do Espanhol as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Veneza dormente,
— Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!


O Inglês — marinheiro frio,
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir.. .
O Francês — predestinado —
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!


Os marinheiros Helenos,
Que a vaga jônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu!...



III



Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!
É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ...
Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!



IV



Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...


Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!


E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...


Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!


No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."


E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...




V



Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!


Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...


São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão...


São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.


Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
...Adeus, ó choça do monte,
...Adeus, palmeiras da fonte!...
...Adeus, amores... adeus!...


Depois, o areal extenso...
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.


Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...


Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...


Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!...



VI



Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto!...
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...



Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!



São Paulo, 18 de abril de 1869.
(O Poeta, nascido em 14.03.1847,
tinha apenas 22 anos de idade)


Leia versão deste poema em Inglês

Leia versão deste poema em Francês

Leia versão deste poema em Esperanto


Leia ensaio de Roberto Pompeu de Toledo sobre a Escravidão.


Leia ensaio de Hélio Pólvora sobre O Navio Negreiro

Leia ensaio de Osvaldo Chaves

Leia homenagem em Salomão

www.secrel.com.br/jpoesia/calves01.html

[Modificato da @Nessuna@ 20/03/2006 19.49]

24/03/2006 00:53
 
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Que é a vida?


LEONARDO BOFF


Da Comissão da Carta da Terra

A convenção organizada pela ONU que está ocorrendo nestes dias de março em Curitiba sobre a biodiversidade biológica, sob certo ponto de vista, é tão ou até mais importante do que aquela que ocorreu em 1992 no Rio de Janeiro. Então se tratava de ver a relação entre desenvolvimento e meio ambiente. Oficializou-se a expressão desenvolvimento sustentável. Passados mais de 10 anos constatou-se que o desenvolvimento havido se mostrou absolutamente insustentável porque praticamente todos os itens ambientais pioraram. Viu-se que pertence à lógica deste tipo de desenvolvimento devastar ecologicamente e criar desigualdades sociais. Agora a humanidade lentamente está se dando conta de que ele pode ameaçar a vida de Gaia e o futuro da humanidade. Por isso o tema mais urgente e fundamental é: como garantir e salvar a vida?
Neste contexto convém refletirmos rapidamente sobre o que é a vida. As respostas consagradas é que ela provém de Deus ou que ela é habitada por algo misterioso ou mágico. Mas nossa visão mudou radicalmente quando em 1953 Crick e Watson decifraram a estrutura de uma molécula do ácido desoxirribonucléico (DNA) que contém o manual de instruções da criação humana. A molécula DNA consiste em múltiplas cópias de uma única unidade básica, o nucleotídeo, que ocorre em quatro formas: adenina (A), timina (T), guanina (G) e citosina(C). Esse alfabeto de quatro letras se desdobrava num outro alfabeto de vinte letras que são as proteínas. Formam o código genético que se apresenta numa estrutura de dupla-hélice ou de duas cadeias moleculares. Ele é o mesmo em todos os seres vivos. Watson e Crick concluiram: ''A vida nada mais é que uma vasta gama de reações químicas coordenadas; o 'segredo' desta coordenação é um complexo e arrebatador conjunto de instruções inscritas quimicamente em nosso DNA'' ( DNA, Companhia das Letras, 2005, p. 424).

Com isso a vida foi inserida no processo global da evolução. Após a grande explosão do big bang há 15 bilhões de anos, a energia e a matéria liberadas foram se expandindo, se densificando, se complexificando e criando novas ordens à medida em que avançava. Alcançado um nivel alto de complexidade da matéria, irrompeu a vida como um imperativo cósmico. A vida representa, pois, uma possibilidade presente nas energias originárias e na matéria primordial. A matéria não é ''material'', mas um campo altamente interativo de energias. Este evento maravilhoso ocorreu num minúsculo planeta do sistema solar, a Terra, há 3,8 bilhões de anos. Mas ela não detém, segundo o prêmio Nobel de Medicina de 1974, Christian de Duve, a exclusividade da vida. Em seu livro Poeira vital , ele escreve: ''O universo não é o cosmo inerte dos físicos com uma pitada a mais de vida por precaução. O universo é vida com a necessária estrutura à sua volta; consiste em trilhões de biosferas geradas e sustentadas pelo restante do universo'' (Objetiva, 1997, p. 383).

Não precisamos recorrer a um princípio transcendente e externo para explicar o surgimento da vida. Basta que o princípio da complexidade e de auto-organização de tudo, o princípio cosmogênico, esteja presente naquele pontozinho primordial que, primeiro se inflacionou, e depois explodiu, este sim criado por uma inteligência suprema, um infinito amor e eterna paixão. A vida, esta floração maior do processo da evolução, hoje está ameaçada, por isso a urgência de cuidá-la.




Leonardo Boff é autor de Ética da vida.
27/03/2006 08:26
 
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Gregório de Matos



Biografia




Poeta barroco brasileiro, nasceu em Salvador/BA, em 20/12/1623 e morreu em Recife/PE em 1696. Foi contemporâneo do Pe. Antônio Vieira. Amado e odiado, é conhecido por muitos como "Boca do Inferno", em função de suas poesias satíricas, muitas vezes trabalhando o chulo em violentos ataques pessoais. Influenciado pela estética, estilo e sintaxe de Gôngora e Quevedo, é considerado o verdadeiro iniciador da literatura brasileira.

De família abastada (seu pai era proprietário de engenhos), pôde estudar com os jesuítas em Salvador. Em 1650, com 14 anos, abala para Portugal, formando-se em Direito pela Universidade de Coimbra em 1661. É nomeado juiz-de-fora em Alcácer do Sal (Alentejo) em 1663. Em 1672 torna-se procurador de Salvador junto à administração lisboeta.

Volta ao Brasil pouco depois de 1678. Quarentão e viúvo, tenta acomodar-se novamente na sociedade brasileira, tarefa impossível. Apesar de investido em funções religiosas, não perdoa o clero nem o governador-geral (apelidado "Braço de Prata" por causa de sua prótese) com seu sarcasmo. Mulherengo, boêmio, irreverente, iconoclasta e possuidor de um legendário entusiasmo pelas mulatas, pôs muita autoridade civil e religiosa em má situação, ridicularizando-as de forma impiedosa.

Provocando a ira de um parente próximo do governador-geral do Brasil, foi embarcado à força para Angola (1694), pois corria risco de vida. Na África, curte a dor do desterro, espanta-se diante dos animais ferozes, intriga-se com a natureza, dá vazão ao seu racismo e se arrisca à perda da identidade. Sua chegada à Luanda coincide com uma crise econômica e com uma revolta da soldadesca portuguesa local. Gregório interferiu, pacificou o motim, acalmou (ou traiu?) os revoltosos e, como prêmio, voltou para o Brasil, para o Recife, onde terminaria seus dias.

Sua obra poética apresenta duas vertentes: uma satírica (pela qual é mais conhecido) que, não raro, apresenta aspectos eróticos e pornográficos; outra lírica, de fundo religioso e moral.

Ao contrário de Vieira, Gregório não se envolveu com questões magnas, afetas à condução da política em curso: não lhe interessavam os índios, mas as mulatas; não o aborreciam os holandeses, mas os portugueses; não cultivou a política, mas a boêmia; não "fixou a sintaxe vernácula", mas engordou o léxico; não transitou pelas cortes européias, mas vagabundeou pelo Recôncavo.

É uma espécie de poeta maldito, sempre ágil na provocação, mas nem por isso indiferente à paixão humana ou religiosa, à natureza, à reflexão e, dado importante, às virtualidades poéticas duma língua européia recém-transplantada para os trópicos. Ridicularizando políticos e religiosos, zombando da empáfia dos mulatos, assediando freiras e mulatas, ou manejando um vocabulário acessível e popular, o poeta baiano abrasileirou o barroco importado: seus versos são um melting pot poético, espelho fiel de um país que se formava.

Finalmente, o que muitos não devem saber é que Gregório também é considerado antecedente do nosso cancioneiro, pois fazia "versos à lira", apoiando-se em violas de arame para compor solfas e lundus. O lundu, criado nas ruas, tinha ritmo agitado e sincopado, e melodia simples com resquícios modais, sendo basicamente negro. Do lundu vieram o chorinho, o samba, o baião, as marchinhas e os gêneros de caráter ritmado e irreverente.

Poemas : www.secrel.com.br/jpoesia/grego.html

[Modificato da @Nessuna@ 27/03/2006 8.26]

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Em Todos os Nomes, José Saramago, o quase
Nobel, constrói outra metáfora engenhosa

Diogo Mainardi

Por mais aborrecido que seja, é obrigatório começar falando do Nobel. Deviam tê-lo dado a José Saramago. Preferiram Dario Fo. O primeiro teria conferido prestígio ao prêmio. O segundo, pelo contrário, só obtém certo prestígio graças ao prêmio. É a regra secreta do Nobel: aumentar a própria importância atestando a subalternidade dos escritores. Desta vez, no entanto, tudo parecia correr bem. Aqueles que freqüentam os alegres bastidores da academia sueca, em estreito contato com os Josué Montello e José Sarney locais, juravam que o vencedor seria um escritor de língua portuguesa. Quem melhor, nesse caso, do que Saramago? É ou não é o maior escritor vivo da nossa língua? À espera da notícia, pronta para entrevistá-lo no momento da proclamação, a televisão portuguesa já estava estacionada em frente a sua casa, na distante ilhota de Lanzarote. Os jornais já tinham preparado cadernos especiais a seu respeito. De fato, nada poderia ter sido mais oportuno. O plano era perfeito. No dia 9 de outubro, ele emplacaria o Nobel. No dia 14, voaria para a Feira do Livro de Frankfurt, cujo país homenageado, neste ano, é Portugal. No dia 23, enfim, seria lançado simultaneamente no Brasil e em Portugal seu último romance, Todos os Nomes (Companhia das Letras; 280 páginas; 20 reais). O romance, na verdade, nem precisaria ser grande coisa. Comercialmente, funcionaria mesmo assim. Bastaria que Saramago fizesse o mínimo indispensável, publicando um livro qualquer, sem correr muitos riscos.

José Saramago, porém, é um escritor generoso, que, em vez de se poupar, em vez de viver de renda, em vez de fazer cálculos mesquinhos, prefere correr riscos. Ele se arrisca no terreno mais perigoso da literatura: as grandes metáforas. Inventa suas grandes metáforas e leva-as até as últimas conseqüências, sem medo, sem hesitações, sem se esconder atrás de cômodos subentendidos. A idéia é uma só, e ele a acompanha fanaticamente até o fim. Em seu romance precedente, Ensaio sobre a Cegueira, de 1995, uma misteriosa epidemia cegava todos os habitantes de uma cidade. Desde A Peste, de Albert Camus, ninguém tentava algo do gênero. Em Todos os Nomes, mais do que Camus, Saramago recorda Kafka. Há aquele mesmo desejo de revelar todos os símbolos de modo transparente, colhendo cada uma de suas implicações. Há aquele mesmo humorismo aflitivo, em que os protagonistas são jogados nas situações mais ridículas, sendo manipulados por uma força maior, coagidos a seguir uma lógica perversa que, em momento algum, conseguem entender. Há, por fim, aquela mesma imagem alegórica da burocracia. O romance se desenvolve dentro de uma repartição pública, com suas escrivaninhas rigorosamente alinhadas conforme os vários graus da hierarquia. Trata-se da Conservatória Geral do Registo Civil, um escritório que reúne, em dois imensos arquivos separados, todas as certidões de nascimento e atestados de óbito do país. É ali que trabalha o Sr. José, o único personagem dotado de nome em Todos os Nomes.

Cumplicidade O Sr. José é um funcionário-modelo. Apesar de pertencer ao escalão mais baixo, sendo um mero auxiliar de escrita, cumpre seus deveres profissionais com dedicação absoluta: nunca falta, nunca fica doente, nunca desobedece às ordens dos superiores. Nas raras horas de folga, sua única distração é colecionar notícias a respeito das 100 maiores celebridades nacionais, tanto faz se atores, arquitetos, jogadores de futebol, músicos, especuladores ou assassinos. Um dia, escarafunchando os documentos dessas celebridades, cai-lhe nas mãos, por acaso, a certidão de nascimento de uma mulher desconhecida. A partir de então, nada mais volta a ser como antes. O Sr. José perde totalmente o interesse por suas celebridades e começa a investigar a vida da mulher desconhecida. O primeiro passo é procurá-la no endereço que consta da certidão de nascimento. Como já se passaram mais de trinta anos, é claro que ela não mora mais lá. Munido de falsa credencial, o Sr. José indaga entre os vizinhos até encontrar a madrinha da mulher desconhecida. A madrinha havia perdido a afilhada de vista, mas sugere que o Sr. José consulte a lista telefônica. É um duro golpe para o Sr. José, que, "à procura do que estava longe e oculto, era incapaz de ver o que se encontrava diante dos olhos e ao alcance da mão". Com efeito, como um detetive às avessas, quanto mais tortuosa é a busca, mais satisfeito ele fica, pois seu real objetivo não é encontrar a mulher desconhecida, mas a busca em si. O Sr. José vai se tornando uma pessoa completamente diferente. Chega a invadir uma escola durante a noite, atrás dos boletins escolares da mulher desconhecida.

O desempenho do Sr. José no escritório também já não é o mesmo de antes. A sua obsessão cresce a tal ponto que, repetidas vezes, falta ao emprego para prosseguir a caça à mulher desconhecida. O Conservador Geral, chefe do departamento, que até então sempre havia punido com severidade os funcionários negligentes, parece assistir com certa cumplicidade às peripécias do Sr. José. A grande metáfora está armada. De um lado, encontra-se o Conservador Geral, onisciente como Deus. Diz o Sr. José: "O cérebro do meu chefe não só conhece os nomes de todas as pessoas que estão vivas e de todas as que morreram, como poderia dizer-lhe como se chamarão todas as que vierem a nascer daqui até ao fim do mundo". Do outro lado, encontra-se o Sr. José, homônimo de José Saramago, instrumento nas mãos do chefe em sua luta contra o Caos. Este é representado por um pastor que vaga pelo cemitério alterando a posição das lápides, de modo que os vivos já não possam chorar por seus mortos. Quando se rompe essa tênue ligação com os vivos, os mortos desaparecem de uma vez por todas, eliminando qualquer chance de dar um sentido às suas vidas passadas. O Sr. José, com um simples gesto, usando a mesma arma do pastor, ou seja, modificando a posição de uma lápide, acrescenta caos ao caos, para que, num futuro distante, o próprio pastor, na tentativa de aumentar a confusão, casualmente restabeleça um pouco de ordem, um pouco de sentido. Deus, portanto, é um burocrata incompetente que não consegue pôr em ordem o escritório. Precisa da ajuda dos escritores, ou, mais modestamente, dos auxiliares de escrita, que nunca esquecem os mortos.

Segurança petulante É difícil tratar o tema da morte, ainda mais em tom de humor. José Saramago o faz com uma segurança quase petulante, desafiando os lugares-comuns. A morte é um labirinto escuro? Pois José Saramago transforma o arquivo dos mortos num gigantesco labirinto escuro, em cujos meandros um historiador de heráldica se perde por dias e dias, escapando por pouco da morte. Quando precisa buscar um documento no arquivo dos mortos, o Sr. José se acautela amarrando um barbante ao tornozelo, apelidado de "fio de Ariadne" pelos funcionários da Conservatória Geral. Depois se joga lá dentro, com sua lanterninha, em meio a papéis carcomidos por ratos, acometido por terríveis vertigens cada vez que sobe uma escada, antecipando todas as desgraças que lhe podem ocorrer, os Minotauros que pode encontrar. É improvável que José Saramago sinta os mesmos temores, as mesmas vertigens do Sr. José. Pelo contrário: ele dá a sensação de perambular com grande desenvoltura no arquivo dos mortos, nessa tarefa incessante de decretar a vida e a morte de seres imaginários. Na epígrafe do romance, é citado o bíblico Livro das Evidências: "Conheces o nome que te deram, não conheces o nome que tens". José Saramago, como o Sr. José diante das lápides do cemitério, aumenta a confusão de nomes, na esperança de que um dia, por puro acaso, um nome acabe por encontrar seu dono.

Trecho
"A decisão do Sr. José apareceu dois dias depois. Em geral não se diz que uma decisão nos aparece, as pessoas são tão zelosas da sua identidade, por vaga que seja, e da sua autoridade, por pouca que tenham, que preferem dar-nos a entender que reflectiram antes de dar o último passo, que ponderaram os prós e os contras, que sopesaram as possibilidades e as alternativas, e que, ao cabo de um intenso trabalho mental, tomaram finalmente a decisão. Há que dizer que estas coisas nunca se passaram assim. (...) Em rigor, não tomamos decisões, são as decisões que nos tomam a nós. A prova encontramo-la em que, levando a vida a executar sucessivamente os mais diversos actos, não fazemos preceder cada um deles de um período de reflexão, de avaliação, de cálculo, ao fim do qual, e só então, é que nos declararíamos em condições de decidir se iríamos almoçar, ou comprar o jornal, ou procurar a mulher desconhecida. É por estas razões que o Sr. José, mesmo que o submetessem ao mais apertado dos interrogatórios, não saberia dizer como e porquê o tomou a decisão."
05/04/2006 07:38
 
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A vingança das galinhas




A galinha talvez seja a primeira ave a ter sido domesticada há cerca de 12 mil anos quando o ser humano começou a ficar sedentário. Desde então as galinhas têm um destino sinistro: raramente morrem de morte natural. São mortas para o consumo humano. Na perspectiva delas, a vida é simplesmente uma tragédia. Normalmente as galinhas eram e são criadas ao ar livre, perambulando ao redor das casas. Ainda hoje as ''galinhas caipiras'' são preferidas por serem muito mais saudáveis. Modernamente, com a sociedade da produção industrial, elas foram transformadas em máquinas para produzir carne e ovos. Fechadas, milhares delas, em aviários nos quais em cada metro quadrado são criadas de 10 a doze, enganadas pela iluminação que lhes tira a percepção da noite, alimentadas por promotores de crescimento e de antibióticos para crescerem até um ponto comercialmente ideal - 40 dias -, elas são submetidas a grande padecimento. Se Gandhi, o Dalai Lama ou qualquer pessoa sensível ao sofrimento visitassem um desses currais aviários, seguramente se indignariam e até chorariam de compaixão. Mas nossa espécie se especializou em submeter impiedosamente todas as demais para tirar proveito delas mesmo que implique grande sofrimento.
Sabemos hoje que todos os seres vivos formamos uma única comunidade de vida, pois somos portadores do mesmo alfabeto genético - as quatro bases fosfatadas e os 20 aminoácidos. Por que então impor este padecimento na forma de crueldade para com nossos familiares e parentes naturais?

Depois de séculos de violência, as galinhas agora estão nos dando o troco. É a vingança das galinhas. Ela vem sob a forma da gripe aviária que está atingindo outros seres vivos e pode alcançar também os humanos. É o famoso virus H5N1. Virus aviários sempre existiram em formas não-letais. Agora este H5N1 se revela uma cepa patogênica. Se sofrer mutações que o tornaria capaz de transmitir-se aos seres humanos, poderá se replicar loucamente e matar entre 150 milhões a um bilhão de pessoas, consoante previsões científicas. Surgido pela primeira vez em 1997, em Hong-Kong, agora atingiu quase metade do mundo. Não existe um antídoto que o elimine, apenas possui efeito limitante. É o tamiflu que não age profilaticamente, apenas 18 horas após a infecção. Foi desenvolvido a partir de um ácido extraido de vagens de anis estrelado encontradas em algumas províncias da China. A companhia farmacêutica norte-americana Gilead Sciences - da qual o secretário da Defesa do governo Bush, Rumsfeld, foi presidente e é sócio - desenvolveu o antivírus. Cedeu a licença exclusiva de produção à Roche suíça, que está lucrando milhões de dólares e reluta em subceder licenças de produção por causa da não anuência dos acionistas.

Hoje é sabido: a origem da gripe não provém de galinhas criadas ao ar livre mas das práticas avícolas industriais e pela utilização de ''subprodutos'' da criação avícola como ração industrial. A Fundação BirdLife demonstrou que o padrão de focos da gripe segue as rotas das estradas e das vias férreas e não as rotas dos vôos de aves migratórias. A gripe é consequência do manejo cruel que nós seres humanos temos feito com as galinhas confinadas. Aí está o nicho de reprodução do vírus. É uma doença sistêmica. Ela demanda uma forma de relação com os seres vivos que não implique crueldade mas racionalidade e compaixão.



Leonardo Boff, autor de A água e a galinha, entre outros livros, escreve às sextas-feiras no Jornal do Brasil
09/04/2006 20:02
 
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A maçã e a pérola

Todas as manhãs o rei poderoso e rico de Bengodi recebia as ofertas dos seus súditos. No meio dos outros, sempre pontual, aparecia também um mendigo silencioso, que trazia ao rei uma maçã. Depois retirava-se. O rei, habituado a melhores presentes, aceitava a oferta, mas logo que o mendigo virava costas começava a zombar dele, seguido por toda a corte. O mendigo não desanimava. Voltava em cada manhã com a sua oferta. O rei aceitava-a e punha-a numa cesta ao lado do trono. A cesta continha todas as maçãs trazidas pelo mendigo com gentileza e paciência. Por fim, já transbordava. Um dia o macaco predilecto do rei pegou num daqueles frutos e deu-lhe uma dentada. Depois deitou-o fora aos pés do rei: O soberano, surpreendido, viu no coração da maçã uma pérola brilhante. Maravilhado, o rei mandou chamar o mendigo e interrogou-o. “Trouxe-vos todas estas ofertas, Majestade”, respondeu o homem, “para vos fazer compreender que a vida vos oferece todas as manhãs um dom extraordinário que esqueceis e deitais fora, porque estais rodeado de demasiadas riquezas
16/04/2006 00:39
 
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PÁSCOA E CHOCOLATE
O nascimento de uma tradição




Maria Pia



Renascimento ou a alegria da passagem de um tempo escuro e triste para um mundo iluminado: assim foi, durante séculos, celebrada a Páscoa pelos antigos. Esta celebração marcava o fim do inverno e a chegada da primavera no Hemisfério Norte. Nessa estação, os antigos povos pagãos europeus homenageavam Ostera, deusa germânica da Primavera, que segurava um ovo na mão. A deusa e o ovo eram símbolos da chegada de uma nova vida.



O significado dos símbolos Pascais do Cristianismo


Os elementos hoje presentes nos ''símbolos pascais'' nos remetem a esta mensagem da vida que ressurge depois do rigor invernal. Pode ser que para nós, do Hemisfério Sul, eles não tenham muita força e significado, mas os assimilamos como tal. O ovo nos remete à deusa Ostera e o coelho é representativo desse período, pois é o primeiro animal que reaparece depois do inverno e tem um grande poder reprodutor. Outros símbolos da Páscoa Cristã são a Cruz da Ressurreição (que traduz, ao mesmo tempo, sofrimento e ressurreição), o Cordeiro (simboliza Cristo, que é o cordeiro de Deus, e se sacrificou em favor de todo o rebanho), o Pão e o Vinho (representando o corpo e o sangue de Cristo, que eram dados aos seus discípulos para celebrar a vida eterna) e o Círio (grande vela com cinco cravos, representando as cinco chagas de Cristo nas mãos, nos pés e no peito).




A origem da data da Páscoa


A palavra Páscoa vem do hebraico Pessach, a chamada Páscoa Judaica, que começou a celebrar-se há cerca de 3.500 anos, quando os hebreus, pelas mãos de Moisés, iniciaram o ''êxodo'', comemorando, assim, a passagem da escravidão do Egito para a libertação (passagem através do Mar Vermelho). Já no cristianismo, o significado da Páscoa é diferente. Ela, na realidade, culmina com os eventos da Semana Santa no Domingo de Páscoa, com a ressurreição de Cristo.



Em 306 DC., quando Constantino se tornou imperador e o cristianismo deixou de ser ilegal, ficou definido que a Páscoa seria comemorada no primeiro domingo após a lua cheia do equinócio da primavera. Isso significou que a Páscoa seria uma data móvel, que aconteceria anualmente, sempre entre os dias 22 de março e 25 de abril. O Concílio de Nicéia, em 325 DC., definiu essa data com a recomendação de que caísse num domingo e nunca no dia da Páscoa Judaica.





A tradição do coelho e dos ovos de Páscoa
A tradição do coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães em meados de 1700 e, no Brasil, só a partir de 1913, com a vinda dos imigrantes alemães para o Sul do País, que este costume foi introduzido. Já a tradição do ovo de Páscoa remonta aos missionários que visitaram a China, onde há muitos séculos já existia o hábito de presentear os amigos com os ovos cozidos e coloridos na Festa da Primavera, exatamente na época que se comemora a Páscoa.

Assim, desde a Idade Média, o ovo enfeitado, como um presente da Páscoa, juntamente com a imagem do coelhinho, representando a fertilidade, passou a simbolizar a data. E o hábito de enfeitar os ovos de galinha ou pata logo evoluiu para os ovos de chocolate. No Século 18, a Igreja adotou oficialmente o ovo como símbolo da ressurreição de Cristo, santificando um costume originalmente pagão. No início, eles foram feitos de açúcar e enfeitados, mas a partir de 1828, começaram a ser industrializados.




Pierre Marcolini


O célebre chocolateiro belga, 39 anos, é um artesão fora do comum. Reconhecido como o melhor do mundo em 1995, já levou por sucessivas vezes o mesmo título. O seu segredo reside no fato de elaborar seu próprio chocolate a partir das melhores favas e cacau que ele seleciona através do mundo. Na Marcolini, os chocolates são trabalhados com três tipos de cacau: o criollo (importado da Venezuela), o forasteiro (plantado na África) e o trinitário (de Trinidad e Tobago). A isso, Marcolini acrescenta o seu poder criativo e se transforma num alquimista do gosto e dos sabores.




Fouquet e Fauchon em Paris


Em Paris, a Maison Fouquet, na rue François 1er, aberta em 1928, é sinônimo de qualidade na arte do chocolate. A loja é freqüentada pelo jetset internacional e pelos famosos e milionários pedestres da Avenue Montaigne. Para a Páscoa, Fouquet oferece uma infinidade de produtos em chocolate, que vão desde os ovos, sinos, peixes, galinhas, coelhos, todos guarnecidos de pequenos ovos recheados e de outras guloseimas. Já a qualidade da Maison Fauchon, situada no número 26 da Place de la Madeleine, começa pela seleção das favas de cacau proveniente de Côte D'Ivoire, do Equador e de Trinidad Tobago e prossegue no savoir-faire da transformação. Os mestres do chocolate chez Fauchon nos convidam a sucumbir ao chocolate que funde na boca, fabricados no respeito da tradição há um século. Para a Páscoa de 2006, eles criaram o ''Ovo Diamante''. Essa pequena jóia das criações Fauchon é apresentada num estojo rosa. Resplandecente, o ovo diamante em chocolate negro é feito artesanalmente e guarda 150g de pedras preciosas em chocolate negro e praliné. É realmente um deleite para os olhos e para o paladar.




La maison du chocolat faz furor em Nova York


A famosa La Maison du chocolat, desde a sua criação por Robert Linxe em 1977, cultiva com paixão o gosto e a excelência dos chocolates feitos artesanalmente, com uma apresentação elegante e fina. Ela, desde que pousou em Manhattan, é o ponto in dos chocólatras da big apple.




O chocolate no Brasil


O Brasil é o quinto maior produtor de chocolate no mundo. Na época da Páscoa, a fabricação aumenta. São ovos para todos os gostos. Para mim, os melhores e mais requintados são o Chocolat du Jour, em São Paulo; a Patti Piva, na Daslu; e a tradicional Kopenhagen. Mas, no Brasil, ainda existem muitos artesãos na arte de fabricar chocolates.
JB Online
17/04/2006 06:55
 
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Cristo Redentor do Corcovado- uma lição de amor
Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro

Cristo Redentor do Corcovado - mensagem religiosa e história
Com 32 páginas, de autoria de Mons. Maurilio Cesar de Lima, a obra, dirigida a catequistas, professores e ao público em geral, revela com clareza as refe-rências sagradas da imagem do Redentor, bem como a heróica história de sua construção, cuja idéia gênese teve origem no último quartel do século XIX.

Cristo Redentor do Corcovado - uma lição de amor
Com 20 páginas, coloridas, desenhadas em quadrinhos, com diferentes ativi-dades, a narrativa foi criada especialmente para crianças. Escrito e ilustrado pela professora Renata de Faria Pereira, o livro apresenta como protagonistas um pássaro-professor, uma turminha de crianças e o próprio Cristo.
*Clique e conheça algumas imagens do livro.

Distribuição gratuita
Os livros serão distribuídos gratuitamente a estudantes de catequese paroquial e de 2a. à 5a. série do Ensino Fundamental, mediante a participação do cate-quista ou do professor em Encontros de Formação.

A idéia
"As imagens, como retratos, comunicam lembranças e significados, e o ensino religioso, no Brasil e em nossa Arquidiocese, pode contar com a mais desta-cada imagem de Jesus já construída em algum lugar do mundo. (...) Nas salas de aula ou nos cursos de catequese, a imagem do Cristo Redentor do Corco-vado pode representar um importante instrumento para o ensino religioso. Vamos colocá-la em destaque. Vamos aproveitar a imagem mais conhecida do nosso país para promover a mensagem de Jesus. O significado religioso do Cristo da cidade do Rio de Janeiro poderá alcançar o mundo inteiro. Basta que saibamos valorizá-lo." * Mons. Maurilio Cesar de Lima

Encontros de formação e
atividade complementar de passeio-aula
Serão realizados Encontros de Formação para catequistas das paróquias da Arquidiocese, nos Vicariatos, e para professores do Ensino Fundamental e cate-quistas de demais instituições, no Centro Paroquial anexo à Igreja São Judas Tadeu. Além das orientações sobre o sentido religioso da imagem, o projeto oferece, como atividade complementar, o caderno do passeio-aula "Caminhos do Rio - Roteiro: Cristo Redentor". Os catequistas e professores participantes receberão, no encontro, um exemplar de cada publicação e serão credenciados a receber gratuitamente, também, um exemplar do livro "Cristo Redentor do Corcovado - uma lição de amor" e do caderno "Caminhos do Rio" para cada um de seus alunos. Os professores receberão os livros dos estudantes no dia do passeio-aula ao Cristo e os catequistas das paróquias, através da Pastoral Catequética. * As datas dos encontros serão divulgadas em breve.


Um pouco da história
“A idéia da construção de uma imagem a Jesus foi originalmente proposta, em 1888, pela princesa Isabel que, ao invés de aceitar a construção de um monu-mento em sua honra no alto do Corcovado, em razão da libertação dos escra-vos, pediu que fosse erguida uma imagem ao Sagrado Coração de Jesus, afirmando ser Ele o Verdadeiro Redentor dos homens. Em um poema publicado em 1903, o padre Pedro Boss dizia que o Corcovado era o único pedestal do mundo especialmente criado para receber a imagem de Jesus. Em 1922, sob a liderança de Dom Sebastião Leme, um concurso, entre três engenheiros, deu vitória ao projeto de Heitor da Silva Costa, depois modificado para o Cristo que conhecemos hoje, segundo o traço do artista Carlos Oswald. A obra gigantesca, em concreto armado, realizada às custas de óbulos e contribuições de milhares de brasileiros, desenvolveu-se sobre o penhasco, durante cinco anos, de 1926 a 1931. O querer e a força da fé em Cristo, reunidos à técnica e à arte de engenheiros, artistas, operários e colaboradores, resultaram no maior monumento do mundo que representa Jesus.” * Mons. Maurilio Cesar de Lima
20/04/2006 03:43
 
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Vinicius de Moraes
www.viniciusdemoraes.com.br/

[Modificato da @Nessuna@ 20/04/2006 3.46]

24/04/2006 06:54
 
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Quinta-feira, 27 de abril de 2006

Dalai Lama chega ao Brasil e dá palestras em São Paulo
Agência Estado


10:46 26/04


O Brasil recebe hoje, pela terceira vez, a ilustre visita do líder máximo do budismo tibetano, Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama (oceano de sabedoria, em sua língua natal), considerado pelos budistas como a reencarnação do Buda da Compaixão. Prêmio Nobel da Paz de 1989, ele já esteve no País para falar sobre questões ambientais em 1992, e, em 1999, sobre educação. Desta vez, o foco de três dias de palestras será saúde.
Amanhã, o Dalai Lama falará sobre treinamento da mente no budismo tibetano. Na sexta-feira, sobre a interação entre religião e ciência, mais especificamente, os benefícios da meditação para o cérebro. Além da platéia de leigos, estarão presentes médicos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), co-realizadora da palestra. No final, o evento será aberto a perguntas.


Lotação esgotada


Mas o sorridente Dalai Lama não vai desapontar a audiência que prefere ouvir suas receitas de felicidade e compaixão a considerações sobre saúde e ciência.


Além das palestras pagas - R$ 120 ao vivo, lotação esgotada, e R$ 70 via telão, ainda com ingressos disponíveis -, será possível ver o tibetano em dois eventos abertos e gratuitos (veja ao lado) em que a conversa será mais abrangente, incluindo celebração inter-religiosa.


Líder político pop


Aos 70 anos, o religioso passa seis meses do ano em viagens pelo mundo, pregando a paz e os preceitos do budismo para multidões em clima de show de rock. Nas prateleiras de livros de auto-ajuda, há mais de 50 títulos de sua autoria - só no Brasil, vendeu cerca de 900 mil exemplares. Dois filmes já foram feitos por Hollywood sobre o tibetano: Kundun e Sete anos no Tibet, ambos de 1997.


O Dalai Lama é também um líder político. Coordena o governo do Tibete no exílio em Dharamsala, no norte da Índia, para onde se refugiou em 1959, aos 25 anos. Antes, tentou negociar durante nove anos com a China, que invadira o país para incorporá-lo como território. Em 2003, a causa sofreu um importante revés: a Índia reconheceu que o Tibete pertence à China. Mas não suspendeu o asilo a seu hóspede mais popular.



29/04/2006 07:01
 
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